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"Dreams Of Gods and Men" e o dinamismo de trabalho complexamente multiforme

Resenha - Dreams Of Gods and Men - Myatan

Por Marcelo R.
Postado em 23 de janeiro de 2025

Texto originalmente publicado no site Rock Show, acessível por meio do seguinte link.

Senta, que lá vem história (quem quiser seguir diretamente à análise do álbum, basta rolar a página para baixo, ao próximo subtópico, reservado à resenha propriamente dita. De todo modo, gostaria de deixar registrado esse depoimento pessoal, cuja leitura convido enfaticamente).

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Analisar um trabalho do saudoso conjunto paulistano Myatan resgata-me diversas memórias afetivas, tão nostálgicas quanto agradáveis.

Logo nos primeiros anos da minha adolescência, identifiquei o rock e, em especial, o heavy metal, como gêneros de minha preferência, algo que ainda cultivo com entusiasmada e fervorosa paixão.

Há algumas décadas, a já extinta loja Anubis representava verdadeiro point para todo aficionado por boa música. Parada obrigatória!

Situada no shopping da cidade dos exageros, aquele aconchegante reduto, guarnecido com ótima acústica e com inumerável variedade de títulos, abriu-me as portas para caminhos de infinitas descobertas.

O dono da loja, Denílson, marcantemente conhecido pelo carisma e pelo conhecimento musical enciclopédico, sabia orientar cada cliente, segundo o gosto de preferência individual, com sugestões sempre cirúrgicas.

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Ingressei nesse universo musical do heavy metal, naturalmente, por meio das bandas mais conhecidas e populares. No meu caso, foi o Iron Maiden quem, lá atrás, abriu-me essas portas.

Particularmente, porém, sempre me maravilhei com o underground. Essa é uma narrativa que, aliás, sempre repito: a cada visita à loja Anubis, extasiava-me a garimpagem de CDs, sempre ao passar os dedos e os olhos por todas aquelas fileiras de caixas de acrílico.

Observava aquelas capas tão marcantes: algumas épicas, algumas mais líricas e introspectivas, mas todas tão singulares e magnéticas a esse observador, recém-ingresso nesse novo mundo que se abria aos seus olhos.

Dando asas e vazão à imaginação, tentava vislumbrar, em reflexão íntima e em longa viagem, o panorama musical contido naqueles itens, que me pareciam tão distantes (a um estudante sem renda própria). Cada um deles, um tesouro recôndito a ser descoberto e apreciado.

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Meu interesse por música underground iniciou-se precocemente.

Na Anubis, sempre enquanto passava os olhos pelas fileiras de CDs e observava todo aquele trabalho gráfico tão notável e chamativo, eu me perdia no insistente pensamento de que, em incontáveis recantos, existiam inumeráveis bandas que, a todo o momento, criavam excelentes composições e traziam à luz numerosos trabalhos.

O universo musical, refletia eu, expandia-se para muito além do lugar-comum. Assim, se não nos limitássemos sempre, exclusivamente às mesmas bandas, seria possível abrir o arco para tesouros recônditos. Bastava procurá-los. Desenterrando-os com o interesse de quem sabe da infinitude do universo musical, seria possível descobrir as preciosidades injustamente à sombra, que habitam os submundos interiores do underground.

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Com esse pensamento fixo e com essa determinação – que adotei precocemente, como fã e ouvinte de música –, eu sempre passava os olhos, atento, pela fileira de CDs da Anubis.

Numa dessas tantas visitas à nostálgica loja, deparei-me com a capa de um CD que estampava o calendário asteca. Chamou-me a atenção.

Pedi ao dono da loja a gentileza de colocar o material para tocar.

Com a especial acústica que revestia aquela loja, a experiência sonora sempre alcançava outra dimensão naquele acolhedor reduto.

Logo nas primeiras notas, as introduções marcantes e as estruturas complexas das faixas demonstravam, já em poucos segundos, que aquele conjunto era diferenciado.

Adquiri prontamente o material. O título: Myatan – Into the last skyline beyond the sun, lançado no ano 2000.

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À época, a internet não era tão popular e, justamente por isso, não era tão fácil encontrar informações mais específicas sobre determinados assuntos.

A respeito do Maytan, não encontrei fontes mais detalhadas ou atuais. De todo modo, com a aquisição que realizei na loja Anubis, tinha comigo, desde então, mais um item que hoje forma a coleção dos meus tesouros injustamente recônditos.

Dando um salto no tempo...

Recentemente, passei a frequentar clubes de leitura com assiduidade (atividade especialmente impulsionada a partir da pandemia).

Tornei-me amigo da responsável por um grupo desenvolvido na cidade vizinha. Ela, que não pertence ao mundo do rock, fez-me uma sugestão, em algum momento do ano passado: recomendou-me que adicionasse, em rede social, um amigo dela, da cidade de São Paulo. Isso porque ele tem/tinha locadora e, assim, compartilhava gostos comuns por materiais físicos, como discos, CDs e fitas cassetes, especialmente de rock, ponto comum de nossa preferência. Atendi.

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Para abreviar essa já longa narrativa: notei, meio por acaso, num dia aleatório, que esse amigo comum seguia a página do Myatan em rede social. Aquilo me intrigou e fui, então, ligando os pontos.

Percebi que o prenome do baixista do Myatan, Kleber, coincidia com o do amigo comum. Disparei-lhe, assim, a pergunta e, pouco depois, recebi a resposta. Era o baixista-fundador da banda, Kleber Kamal. Coincidência tão improvável quanto extremamente grata. Mais um músico junto a quem tive a alegria e o privilégio de estreitar amizade.

Em 2008, o Myatan lançou seu segundo material completo ("full-length"), intitulado Dreams of Gods and Men. Infelizmente, pouco tempo depois, a banda encerrou as atividades, após a estreia de um EP.

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No contexto dos fatos que compartilhei acima, adquiri, recentemente, o álbum Dreams of Gods and Men. E, aproveitando esse mesmo timing, resolvi, agora em 2025, escrever resenha póstuma de um álbum que compõe as fileiras dos melhores frutos desse nascedouro tupiniquim de tesouros recônditos.

A resenha.

Avança-se, então, à análise de Dreams of Gods and Men, após essa longa digressão introdutória, incluída pelo prazer pessoal de revivência dessa memória afetiva e, ainda, dessa curiosa soma de coincidências. Esse é um depoimento pessoal que gostaria de deixar registrado.

Em relação à formação do álbum anterior, Dreams of Gods and Men operou apenas uma mudança na formação, com troca de vocalistas. Assumiu o posto o exímio cantor Rodrigo Loretti, que vitaminou a energia do conjunto, com seu estilo versátil, dinâmico e afinadíssimo (atributos revisitados e contextualizados ao longo da análise, nos momentos adequados).

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Dreams of Gods and Men é inaugurado com a faixa Equilíbrio, canção instrumental que soma aproximadamente 3 minutos.

Nessa abertura de cortinas da rica e multivariada jornada musical de Dreams of Gods and Men, Equilíbrio dá o tom, desde logo, à feição geral do álbum. Trata-se de composição pesada, técnica, cadenciada, com quebras de tempo e explosões sonoras, executada com coesão e equilíbrio entre todos os instrumentos, oportunizando espaço para o protagonismo de todos os integrantes, elevados em qualidade técnica.

Equilíbrio é permeada por uma aura enigmática, com contornos e atmosfera de suspense, que preparam o ouvinte para a jornada iminente, já à espreita.

Após envolver e dominar o espírito do ouvinte nesse singular clima de apreensão e tensão, The Mind Abyss toma de assalto, entrando galopante em cena.

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Com seu andamento rítmico situado no entremeio do moderado e do veloz – sem, porém, exageros frenéticos –, The Mind Abyss deflagra a sua descarga épica, à qual concorrem linhas técnicas de bateria e excelente ambiência preenchida pelas paisagens criadas pelos teclados. Há, ainda, ótimos e vivazes arranjos de guitarras-gêmeas.

Após essa epopeica e eletrizante introdução, Rodrigo Loretti ganha os holofotes, derramando, imponente, sua voz à canção. Demonstrou, já nos primeiros versos, que a sua eleição ao posto de vocalista foi decisão acertadíssima.

Com afinação, estilo potente e capacidade para alcançar, com segurança, tons agudos, altos e cristalinos, Rodrigo Loretti delegou a The Mind Abyss tratamento cuidadoso, conferindo-lhe vividez, alma e energia, tudo à merecida altura de composição tão intrincada e técnica.

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Aliás, a participação de Rodrigo Loretti assim se caracterizou ao longo de todo o percurso das camadas complexas de Dreams of Gods and Men, como se verá.

O álbum avança, então, para Torment in Skyrise.

Mantendo alta a temperatura de Dreams of Gods and Men, mas com prevalência de bases mais pesadas, a canção abre espaço aos primeiros contornos da notória versatilidade de Rodrigo Loretti. O vocalista adotou, aqui, estilo menos agudo e mais rouco, que se acomodou e se adaptou, com excelente precisão, ao modo também mais agressivo e direto dessa faixa.

Essa canção contém elementos que me resgataram influências de Wizards e Shining Star, apenas para citar algumas elogiáveis alusões.

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Realms of Injustice, emendada, possui ritmo ainda mais veloz e pesado. Essa faixa rememora estilo de heavy metal em sua linha mais tradicional, flertando, até mesmo, com influências de thrash metal, em minha percepção. Isso tudo potencializado pelos trabalhos tétricos de guitarra-base e pelo estilo especialmente agressivo das linhas vocais, ainda mais rasgados em comparação com a faixa anterior.

Dentro desse conceito multifacetado e complexo de Dreams of Gods and Men, Realms of Injustice é, porém, modulada com algumas quebras de tempo e com um refrão melodioso, contrapesos que enriquecem a audição, tornando-a plurilateral e nada tediosa.

Experiência dinâmica de um trabalho notoriamente multiforme.

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Sem pretender esmiuçar, faixa a faixa, o trabalho – sobretudo para evitar leitura fatigante –, Forever and Ever, que se sucede, demonstra faceta ligada ao hard rock, estilo com a qual a composição guarda clara afeição.

Menos pesada e mais brilhosa, a faixa contém refrão grudento – no melhor dos sentidos –, que se impregna à cabeça e aos lábios do ouvinte, com versos que nos conduzem a cantarolá-lo, animada e indefinidamente.

Amainando ainda mais o espírito do ouvinte, Dreams of Gods and Men emenda Forever and Ever com Lapse of Reason. Escolha certeira nessa espiral de apaziguamento dos ânimos pré-iniciada com a faixa anterior.

Lapse of Reason é uma balada belíssima, sentimental e profunda, concebida ao estilo violão e voz. Aqui, o Myatan provou seu domínio sobre amplo diâmetro de técnicas e influências. No contrafluxo da tendência das faixas anteriores, o conjunto demonstrou que, mesmo adotando fórmula mais minimalista, alcança resultados surpreendentes.

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Lapse of Reason contém contornos românticos. Em meio a uma ambiência acústica que dita o tom delicado da canção (incrementada por algumas incursões de vocal feminino), Rodrigo Loretti executou linhas vocais modeladas com surpreendente feeling.

Há alternâncias entre timbres mais graves com outros mais agudos – sempre limpos e cristalinos –, o que reforça que Rodrigo Loretti é cantor que domina, com segurança, a sua técnica. Não precisa esconder a voz por trás dos instrumentos. Garante-se, o que, aliás, é novamente testemunhado, mais adiante, na dramaticidade da belamente melancólica e introspectiva A Soul of Mine.

E assim, em meio a essa intrincada rede de influências e camadas, Dreams of Gods and Men se desenvolve e evolui.

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Inside Magika, faixa instrumental, destaca-se pelo protagonismo de cada um dos integrantes, que se revezam na exibição – no melhor dos sentidos – de sua técnica, numa canção multicolorida, vivaz e pesada. Essa característica e esse protagonismo são, de certa forma, revisitados durante a longa introdução de Throughout Madness, com algumas incursões, inclusive, de rock progressivo.

Encaminhando-se ao final da audição, o ouvinte é presenteado e surpreendido com outros diversos momentos saborosos, como A Life in a Thunderstorm, que amalgama influências de rock progressivo setentista e hard rock, e com a faixa-título Dreams of Gods and Men, mais curta, direta e veloz, estruturada predominantemente em elementos de heavy metal tradicional, à la Iron Maiden.

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O cerrar de cortinas de Dreams of Gods and Men foi reservado a The Unknown, faixa peculiar e um tanto enigmática.

The Unknown desenvolve-se a partir de longa introdução instrumental, que mescla baixo e teclado e à qual se aderem e se incorporam elementos de música eletrônica.

A faixa possui uma ambiência psicodélica, sideral – algo próximo ao space rock –, mas os arranjos eletrônicos conferem contornos de progressive electronic, ao estilo de bandas/artistas como Tangerine Dream e Jean Michel Jarre.

Essa longa incursão, tão singular quanto enriquecedora, é rompida com uma sequência de teclado e voz, que possui uma melancólica atmosfera e tom de despedida. O apagar de luzes ao final de uma longa, complexa e multivariada jornada.

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Assim se encerra Dreams of Gods and Men e, pouco depois, a própria trajetória da banda.

Em pesquisas que realizei, nada encontrei a respeito de outros trabalhos de Rodrigo Loretti, antes ou depois de sua participação no Myatan.

Entristece o fato de que vocalista com tamanha técnica, afinação e versatilidade não se tenha alçado a carreira mais longeva. Rodrigo Loretti demonstrou capacidade para figurar nas fileiras dos maiores cantores do Brasil e, sem dúvidas, entre os melhores vocalistas dos gêneros progressive metal e power metal.

Aliás, segundo informação que obtive, praticamente toda a banda abandonou carreira musical, envolvendo-se, atualmente, com atividades alheias à música. Isso, frise-se, após entregar materiais com tamanha qualidade técnica, além de todos os demais adjetivos e predicados já citados.

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Uma pena. Quem perde é o público que, por vezes, sem ativismo para garimpar os tesouros nacionais, condena-os a se manterem injustamente recônditos, num movimento de extinção em massa da cena.

De todo modo, desejo que essa intempestiva resenha póstuma – alusiva a um álbum que aniversariará, em 2025, seu 17º ano de nascimento – represente um registro digno à altura da qualidade musical de Dreams of Gods and Men. E que, sobretudo, sirva de convite à audição àqueles que ainda não tiveram contato com esse material.

É, em síntese, a minha homenagem a uma banda que, embora já saudosa, legou material de memorável excelência ao catálogo do metal nacional, prodigamente rico em quantidade e, sobretudo, em qualidade.

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Boa audição.

Faixas:
Equilíbrio
The Mind Abyss
Torment in Skyrise
Realms of Injustice
Forever and Ever
Lapse of Reason
Inside Magika
A Life in a Thunderstorm
Dreams of Gods and Men
Throughout Madness
A Soul of Mine
The Unknown
Formação:
Rodrigo Loretti – vocal.
Kleber Kamal – baixo.
Kleyson Kamal – guitarra.
Paulo Monserrat – guitarra.
Luiz Biank – bateria.
Fábio Luiz – teclado.

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Sobre Marcelo R.

"Marcelo R. é natural de Itu. Da fama de sua cidade, herdou alguns exageros, como o gosto pela música e pela literatura. Ávido leitor e aficionado por uma imensa gama de subgêneros do rock, possui especial paixão pelo metal nacional, do qual é incansável apoiador. É colecionador de discos, já tendo completado algumas discografias, como a do Katatonia e a do Bruce Dickinson. Nas horas vagas, é um despretensioso escritor, aventurando-se especialmente em resenhas de livros e de música. Colabora com a página Rock Show, sediada no site Medium. É formado em Direito."
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