RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Nikki Sixx (Mötley Crüe) anuncia estar passando por terapia EMDR

A habilidade de Ozzy na música que espanta Zakk Wylde; "ele domina como ninguém"

"Era um pecado mortal você dizer que gostava de Led Zeppelin nos anos oitenta", diz Lobão

O que mapa astral de Eloy Casagrande pode dizer sobre ida ao Slipknot, segundo astróloga

A participação do Barão Vermelho na campanha de vacinação contra o sarampo

Robert Trujillo, do Metallica, descreve a "coisa mais importante" para tocar em uma banda.

A banda de hard rock que nos anos 80 disputou quem ficava mais tempo sem tomar banho

Como era conviver com o precoce Eloy Casagrande na época da escola, segundo astróloga

O elemento que fez a diferença no álbum mais bem-sucedido no Mötley Crüe

Como era trabalhar com Dave Mustaine no Megadeth, segundo o lendário Chris Poland

O gênero onde Ellefson teria ganho muito dinheiro; "Dane-se. Eu toco Rock 'N' Roll de graça"

O melhor solo do saudoso Dimebag Darrell no Pantera, segundo Rex Brown

O clássico álbum dos Beatles que teve seu lado B rejeitado por John Lennon; "lixo"

Por que Barão Vermelho fez mais sucesso que Skid Row no Hollywood Rock, segundo Frejat

Dream Theater - Uma apresentação de encher os olhos, três horas que passaram muito


Stamp

O clássico que imortalizou a carreira do "Elvis do Mal", Glenn Danzig.

Resenha - Danzig III: How The Gods Kill - Danzig

Por Fernando Claure
Postado em 29 de fevereiro de 2024

Após o sucesso de "Danzig II: Lucifuge", Glenn Danzig percebeu que as suas experimentações e flertes com outros gêneros musicais poderiam resultar em grandes sucessos. O álbum, que teve um toque mais criativo de Glenn, trouxe músicas como "Blood and Tears" e "I’m The One", uma balada e uma faixa de blues rock, respectivamente, que mostraram a versatilidade do vocalista para compor músicas fora do espectro do horror punk e do heavy metal. Essa maleabilidade criativa resultou no terceiro projeto da banda, "Danzig III: How The Gods Kill".

Danzig - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Em entrevista à Seconds Magazine, em 1997, Glenn comentou sobre o papel de Rick Rubin nos álbuns do grupo e ecoou o sentimento de que o produtor da American Records tinha suas preferências para produzir: "[Rick Rubin] odiava tudo digital. Você não podia nem colocar uma harmonização digital nos vocais, Rubin teria um ataque cardíaco. Esse é um dos motivos do porquê Danzig III soa tão diferente. Eu pude brincar com muitas coisas", disse o "Elvis do Mal".

Na cópia usada para essa resenha, um relançamento de 2007, a maioria dos elementos do LP original foram mantidos. Tanto a capa do álbum quanto a do single "Dirty Black Summer" foram feitas pelo artista suíço H.R Giger, mais conhecido por ter feito o design dos Xenomorfos, do filme "Alien". A arte original foi alterada para o álbum. Uma figura fálica foi substituída por uma espada com o logo da banda na parte da guarda, imaginado por Giger.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O álbum começa com "Godless", uma abertura furiosa que brinca com a técnica de breakdown e idealiza o que o ouvinte pode esperar pelo resto do LP. De acordo com uma entrevista de Glenn para a Clyde 1 Radio da Escócia, em 1992, a letra fala sobre "[...] a frustração que eu vejo em muitas pessoas na América ou até mesmo aqui, na Europa, que estão tendo com a religião- especialmente o Cristianismo".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Em seguida, "Anything", uma das minhas composições favoritas de todo o catálogo de Danzig, flui como uma declaração de amor ardente e incorrupto. O instrumental de Chuck Biscuits, John Christ e Eerie Von casa perfeitamente com a letra de Glenn: nem tão pesada, nem tão leve. A terceira faixa "Bodies" surge como a primeira música de blues rock do álbum. O ritmo que a banda usa para iniciar junto com o estilo vocal de Glenn é o resultado da criatividade e experimentação que o conjunto apresentou no projeto anterior com "I’m The One" e "Killer Wolf". Danzig agora demonstra como nunca seu grande alcance vocal, quase como uma prévia para a próxima.

Faixa título do álbum, "How The Gods Kill" é o evento principal de "Danzig III", mesmo sendo apenas a quarta música. O uso do breakdown é o que faz o instrumental fluir, e somados aos gritos melancólicos de Danzig, acabam desenvolvendo uma melodia sombria como nunca antes presente em uma composição na carreira de Glenn até este ponto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O fim de "How The Gods Kill" ainda percorre no começo da faixa seguinte, "Dirty Black Summer". Isso é comum nos álbuns, mas é algo que particularmente me incomoda, porque os primeiros 41 segundos da faixa são sons ambientes tenebrosos. John Christ abre com um riff básico, mas contagiante, que prende o ouvinte na letra sobre as histórias de Glenn (um pouco dramatizadas para se encaixar no tema sombrio do álbum) durante os verões em Lodi, Nova Jérsei, sua cidade natal.

Danzig inicia a segunda parte do LP com a sua agressividade e atitude confrontativa mais fortes como nunca em "Left Hand Black". É possível sentir pela música inteira a ferocidade dos instrumentos no fundo, como as batidas fortes de Chuck Biscuits e a estrutura de titânio que o baixo de Eerie Von providencia para segurar o peso da voz de Danzig e a fúria da guitarra de John Christ.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Originalmente, a sétima faixa do álbum "Heart of The Devil", que conta com um ritmo de blues e uma letra sobrenatural, que juntos criam uma melodia sinistra que exala poder, maliciosidade e superioridade de um ser muito poderoso, teria o músico de blues Willie Dixon junto com Glenn nos vocais, mas infelizmente Dixon faleceu antes que a colaboração pudesse ser gravada. Em entrevista para a Revolver Magazine em 2022, Danzig explicou: "geralmente, quando você me ouve gritando e uivando em uma música, tem muito a ver com Willie Dixon".

Primeira balada após "Blood and Tears" em "Danzig II", "Sistinas" foi uma das quatro músicas do projeto a receberem um videoclipe. É uma canção melancólica e emotiva sobre depressão e solidão de uma pessoa incapaz de formalizar uma relação. A entrega vocal dolorosa de Glenn te faz sentir a soledade relatada como se você fosse o protagonista da faixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Se você se acalmou e baixou sua guarda com "Sistinas", a nona e penúltima faixa do LP, "Do You Wear The Mark", vem como um soco na cara. Durante a música inteira, é claro o flerte dos instrumentistas em simplesmente explodirem e tocarem o mais pesado e rápido possível, o que acaba acontecendo no final. Por mais que a voz de Danzig seja forte e exalte a sua presença em todas as outras canções, são os instrumentos que se destacam nesta música. Christ, Eerie e Biscuits criam uma harmonia caótica e perfeita para o álbum, no melhor estilo Danzig.

Para encerrar, "When The Dying Calls" traz uma melodia balanceada, nem tão calma como "Anything", nem tão pesada como "Left Hand Black". Essa estrutura funciona como um excelente encerramento para o álbum, apesar de não ser um dos maiores destaques de todo o projeto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"Danzig III: How The Gods Kill" é um produto único. Após anos com os Misfits e o Samhain, seguido por "Danzig" e "Danzig II: Lucifuge", o vocalista finalmente conseguiu elaborar um som baseado em heavy metal e blues que poderia existir apenas pela criatividade de Glenn Danzig. A produção, os teclados, as letras, os instrumentos de John, Eerie e Chuck, todos estes elementos foram aprimorados e refinados e juntos, vieram a formar o álbum mais polido e impactante de Danzig. 10/10.

Faixas:

1. Godless
2. Anything
3. Bodies
4. How The Gods Kill
5. Dirty Black Summer
6. Left Hand Black
7. Heart of the Devil
8. Sistinas
9. Do You Wear The Mark
10. When The Dying Calls

Vocal e teclado: Glenn Danzig
Guitarra: John Christ
Baixo: Eerie Von
Bateria: Chuck Biscuits
Produção: Glenn Danzig e Rick Rubin

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Selo: American Recordings
Tempo: 48min e 59s

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Fernando Claure

Jornalista formado em 2023, cresci ouvindo Sabbath e Metallica com o meu irmão mais velho e hoje escuto de tudo e mais um pouco. No momento meu ato favorito é o Nine Inch Nails, mas é capaz que mude daqui a um tempo. Se pudesse pegar três ídolos pessoais, estes seriam Iggy Pop, Glenn Danzig e Trent Reznor.
Mais matérias de Fernando Claure.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS