Marko Hietala: músico faz estreia solo diversa e sólida
Resenha - Mustan Sydämen Rovio - Marko Hietala
Por Victor de Andrade Lopes
Postado em 06 de julho de 2019
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Foi como "hard progressivo" que Marco Hietala, mais conhecido como vocalista e baixista das bandas finlandesas Nightwish e Tarot, definiu o som de Mustan Sydämen Rovio, seu primeiro álbum solo em pouco mais de 50 anos de vida, e para o qual ele adota a variação 'Marko' de seu primeiro nome.
O termo "hard progressivo" normalmente nos remete a nomes arrojados como Rush e Sons of Apollo, mas o som que o barbudo finlandês (que deu um pulo recente no Brasil para se casar) imprime em sua estreia a solo é, na verdade, algo um pouco mais abrangente que uma mera mistura de hard rock com progressivo.
Existem cordas suficientes para considerarmos que o trabalho engloba também os gêneros folk e sinfônico. Ao mesmo tempo, a levada das guitarras em certos momentos nos faz pensar em algo tão básico quanto heavy metal tradicional.
Como costuma acontecer em lançamentos solo de quem já carrega nas costas a experiência de décadas em nomes diversos, Mustan Sydämen Rovio não é exatamente direto. Ele propõe novas direções a todo momento, ainda que sem sair de um determinado universo musical.
Por exemplo, a abertura "Kiviä" nos leva a crer que estamos diante de uma espécie de cruzamento de Korpiklaani com Nightwish. Mas a sequência "Isäni Ääni" já direciona o som para algo mais melancólico.
"Tähti, Hiekka ja Varjo", que abre com riffs eletrônicos que deixariam o Stratovarius moderno com um sorriso no rosto, logo deságua num metal moderno com toques de power e do próprio Nightwish. O peso evolui em "Kuolleiden Jumalten Poika", com um instrumental relativamente cru, uma entrega vocal acima da média do álbum e potencial para ser single.
"Laulu Sinulle", a mais longa da vez, destoa bastante de suas companheiras ao adotar uma roupagem alternativa e altamente sintética, que lentamente se transforma no momento mais progressivo do disco - mas nem de longe o mais interessante.
Melhor é sua sucessora "Minä Olen Tie", que também evolui aos poucos, mas para algo mais empolgante, incluindo riffs fortes e um solo fritado que à primeira ouvida parece se esforçar para se encaixar na proposta mais pé no chão do lançamento, mas no fim acaba dando certo.
Na verdade, a segunda metade da obra é a sua melhor parte. "Juoksen Rautateitä" e "Totuus Vapauttaa" são sem dúvidas o ponto alto em termos instrumentais por serem dinâmicas e altamente empolgantes, com trabalhos no órgão por parte de Vili Ollila que fariam Rick van der Linden sorrir em seu túmulo, não tivesse ele sido cremado. O time do disco envolve ainda o baterista Anssi Nykänen e o guitarrista Tuomas Wäinölä.
"Unelmoin Öisin" desacelera o ritmo das coisas sem deixar a peteca cair, preparando o terreno para o encerramento acústico "Totuus Vapauttaa", carregado de emoção e recheado de cordas.
Marko Hietala faz em Mustan Sydämen Rovio uma sólida estreia solo, com muitos motivos para torcermos por uma continuação, ainda que saibamos que ela pode levar um bom tempo - principalmente porque os ensaios do novo álbum do Nightwish já começaram, conforme post recente do líder Tuomas Holopainen.
Abaixo, o vídeo de "Isäni Ääni":
Track-list:
1. "Kiviä"
2. "Isäni Ääni"
3. "Tähti, Hiekka Ja Varjo"
4. "Kuolleiden Jumalten Poika"
5. "Laulu Sinulle"
6. "Minä Olen Tie"
7. "Juoksen Rautateitä"
8. "Vapauden Kuolinmarssi"
9. "Unelmoin Öisin"
10. "Totuus Vapauttaa"
Fonte: Sinfonia de Ideias
http://bit.ly/markohietala
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


