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Rammstein: ótimo disco fez espera valer a pena

Resenha - Rammstein - Rammstein

Por Victor de Andrade Lopes
Postado em 06 de junho de 2019

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Foram praticamente 10 anos de espera desde o ótimo Liebe ist für alle da, mas o sexteto alemão de metal industrial Rammstein finalmente marcou a década de 2010 com um trabalho de inéditas. A obra não tem título, mas vem sendo informalmente batizada com o próprio nome do grupo e assim será doravante denominada.

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À expectativa acumulada pôde ser dada toda a vazão necessária. E o mais curioso (e talvez admirável) disso é que Rammstein nem é lá um disco espetacular que te faz ficar boquiaberto logo de cara. Na verdade, ele é bastante pé no chão e a banda parece tê-lo feito de forma bem tranquila, como se o lançamento viesse após um intervalo mais convencional (dois ou três anos).

O que não quer dizer que ele demore para empolgar, absolutamente. Na verdade, ele abre com uma tríade de arrebentar. O cartão de visitas é "Deutschland", um trabalho no melhor estilo Rammstein, termo que aqui significa "uma música que causou polêmica pelo conteúdo das letras e pela estética do vídeo correspondente". Problematizar a própria história é pisar em ovos para o povo alemão, que vive sob o espectro do passado nazista.

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Depois temos "Radio", um dos destaques, pois equilibra de forma sublime o lado metal com o lado eletrônico do grupo. E, fechando a tal tríade, "Zeig Dich", aberta por um coral em latim que não é um mero enfeite: é a ambientação necessária para uma letra que critica a Igreja Católica.

O humor característico da banda não passou batido, tampouco. "Ausländer", cuja título significa "estrangeiro", leva-nos a crer que ouviremos palavras sobre a atual crise migratória na Europa tão ácidas quanto as da faixa de abertura, mas na verdade a peça pode ser entendida também como a história de um reles mulherengo, que "coloniza" mulheres às dezenas e vai trocando-as sem nunca se estabelecer em nenhuma. Não por um acaso, seu ritmo bebe bastante do eurodance. O vídeo correspondente, de qualquer forma, optou por representar a interpretação mais crítica e nos rendeu um retrato caricato da colonização da América.

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"Sex" é outra que parece uma coisa, mas no fim é outra. Quero dizer, se "Pussy" (do álbum anterior) foi tão chocante na letra e na estética do clipe, o que esperar de algo batizado com um nome tão direto? Nada de mais, na verdade. Estamos falando do momento menos interessante deste lançamento.

Muito mais chocante é sua sucessora "Puppe", que trata de prostituição (possivelmente infantil) de uma forma tão incômoda e visceral que faz "Deutschland" parecer uma apresentação de stand-up - e ela perderia metade de sua força sem a magnífica performance vocal de Till Lindemann.

A segunda metade do álbum começa com a forte "Was Ich Liebe", marcada por um dos riffs mais poderosos do disco, seguida pela balada acústica e crua "Diamant".

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A reta final fica a cargo da tríade "Weit Weg", "Tattoo" e "Hallomann". A primeira faz par com "Radio" ao misturar brilhantemente elementos eletrônicos kraftwerkianos com o peso característico do Rammstein, evocando o riff de "Perfect Strangers", do Deep Purple. "Tattoo" surpreende com guitarras de thrash oitentista e Rammstein se encerra com mais uma canção incômoda: "Hallomann", sobre um sequestrador de crianças.

O que mais chama a atenção neste lançamento não é apenas a qualidade em si - é a capacidade do grupo de encarar de maneira fria e natural o fato de ser um dos álbuns mais aguardados da década. E, em vez de entregar um trabalho burocrático só para satisfazer anseios alheios, ou de entregar algo que arrisca pra todos os lados e no fim não acerta em nada, o sexteto coloca no mercado um produto que daqui a décadas provavelmente continuará sendo citado como um dos melhores itens de sua discografia.

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Um aspecto em que eles se arriscaram e acertaram foi na adoção de novos sons nas guitarras de Richard Z. Kruspe e Paul Landers. Para quem está acostumado ao som riff-centrista e grave dos alemães, é agradável ser surpreendido com dedilhados rápidos ("Deutschland"), riffs com notas altas ("Zeig Dich") e influências de thrash ("Tattoo"), entre outros momentos memoráveis nas seis cordas.

Os outros quatro membros também não devem nada aos fãs e à crítica: Christoph Schneider dosa sua intensidade na bateria de maneira impecável a cada momento; Till segue penetrando nossas mentes com sua voz tenebrosa, Oliver Riedel ganha uma faixa guiada por seu baixo ("Hallomann") e Christian Lorenz continua provando que você não precisa solar até sangrar os dedos tampouco simular uma orquestra de cem integrantes para tornar seu teclado indispensável na construção do som da sua banda.

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Abaixo, o vídeo de "Radio":

Track-list:
1. "Deutschland"
2. "Radio"
3. "Zeig Dich"
4. "Ausländer"
5. "Sex"
6. "Puppe"
7. "Was Ich Liebe"
8. "Diamant"
9. "Weit Weg"
10. "Tattoo"
11. "Hallomann"

Fonte: Sinfonia de Ideias
http://bit.ly/2019rammstein

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Sobre Victor de Andrade Lopes

Victor de Andrade Lopes é jornalista (Mtb 77507/SP) formado pela PUC-SP com extensões em Introdução à História da Música e Arte Como Interpretação do Brasil, ambas pela FESPSP, e estudante de Sistemas para Internet na FATEC de Carapicuíba, onde mora. É também membro do Grupo de Usuários Wikimedia no Brasil e responsável pelo blog Sinfonia de Ideias. Apaixonado por livros, ciências, cultura pop, games, viagens, ufologia, e, é claro, música: rock, metal, pop, dance, folk, erudito e todos os derivados e misturas. Toca piano e teclado nas horas livres.
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