Vince Neil: o primeiro solo do então ex-frontman do Motley Crue
Resenha - Exposed - Vince Neil
Por Ricardo Cunha
Fonte: Esteriltipo
Postado em 06 de abril de 2019
Aproveitando a euforia causada pelo filme The Dirt, do Motley Crue, achamos legal falar de um dos momentos mais marcantes dessa história. Exposed, primeiro disco solo do então ex-frontman Vince Neil, retrata o momento difícil pelo qual passaram ambos os lados e, hoje, simboliza de certa forma a sobrevivência de todos os envolvidos. Logicamente – claro – depois de superadas as tretas que causaram a separação da banda.
Ao lado da enfadonha separação dos caras do Van Halen de seu antigo e eterno frontman, David Lee Roth, nenhum outro fracasso de banda vs. cantor da cena pop-rock repercutiu mais do que o divórcio do Motley Crue do cantor Vince Neil em 1992.
Em 27 de abril de 1993, o diabo loiro, como artista solo, conseguiu o seu primeiro grande feito em relação aos seus antigos companheiros de banda, batendo-os em vendas de discos por quase um ano, com o lançamento de seu primeiro álbum, Exposed.
Além do mais, enquanto o novo Motley Crue tentava e falhava em emplacar algum hit nas rádios baseado em sua nova "filosofias" de vida – leia-se: longe das drogas – Neil foi esperto o suficiente para continuar fazendo exatamente aquilo sabia fazer melhor.
Como resultado, músicas como Can’t Have Your Cake, Fine, Fine Wine e o primeiro single do disco, You’re Invited (But Your Friend Can’t Come)," embalaram várias festas no melhor estilo rock ‘n’ roll com letras indecentes e incrivelmente banais, muitas vezes soando descaradamente iguais ao próprio Motley Crue.
Naquele momento, os músicos contratados para co-escrever o material solo de Vince faziam pleno sentido para alguém determinado em defender seu estilo, e isto incluía nomes como o talentoso Jack Blades, que emprestou a balada obrigatória Can’t Change Me, e contribuiu para outras músicas, o ex-triturador de guitarra Billy Idol, Steve Stevens e o recém admitido para a banda de Ozzy, Phil Soussan.
A banda de estúdio de Neil foi completada pelo ex-baterista do Enuff Z’Nuff, Vik Foxx. Após um sério desentendimento entre Stevens e Soussan (que acabou por impetrar uma ação contra a banda por causa de composições sem créditos para si no referido álbum), o guitarrista Dave Marshall (Chanteuse Fiona) e o baixista Robbie Crane (Ratt) foram trazidos para a turnê subsequente, que curiosamente teve a banda de Vince abrindo para o Van Halen.
Mas apesar da turnê de alto nível, vídeos musicais e canções que caíram no gosto dos fãs, o disco não foi além de um respeitável número 13 na parada "pop" norte americanas e nem conseguiu disco-de-ouro (muito valorizado à época) muito aquém dos multi platinados aos quais o Motley Crue se acostumara.
E mais, a despeito do sucesso conquistado, talvez, naquele período conturbado para todos os lados, o maior consolo de sua carreira solo tenha sido ver seus antigos companheiros de banda experimentar um pouco de decadência, quando o LP que levou o nome da banda, juntamente com seu novo vocalista, John Corabi, se mostrou um verdadeiro fracasso comercial e quase pôs fim a tudo.
De todo jeito, Vince passou por todo tipo de prova. Além de ter encarado seus próprios demônios, lidou com a perda de sua filha por motivo de câncer.
Felizmente, para alegria de muitos, voltou à banda em 1997 e "foram felizes para sempre!"
Referências: Ultimate Classic Rock.
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