Sodom: Os anos 90 não foram fáceis para o Thrash
Resenha - Tapping The Vein - Sodom
Por João Moreira
Postado em 04 de setembro de 2017
Nota: 8 ![]()
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Os anos 90 não foram fáceis para o Thrash e disso você já sabe. Praticamente todas as bandas expoentes do gênero se modificaram de alguma forma nesse período, seja no conceito ou na musicalidade. Algumas se transformaram completamente e deixaram para trás qualquer vestígio de crossover, algumas prezaram pela técnica, outras migraram para o hip hop ou new metal. Com o SODOM não foi diferente. A banda flertou em maior grau com o Death Metal e se reinventou em "Tapping The Vein", soando como nunca soara nos álbuns anteriores.
O ano era 1992. Nos EUA, o METALLICA quebrava recordes com o Black Álbum, o MEGADETH subia nas paradas com "Countdown to Extinction" e o PANTERA havia lançado "Vulgar Display of Power". Na Alemanha, o KREATOR já havia se reinventado em "Coma of Souls" e grandes lançamentos também estavam por vir no ano seguinte, como o SEPULTURA em "Chaos A.D". Ou seja, a responsabilidade era grande.
Tom Angelripper, Andy Brings e Chris Witchhunter (R.I.P) então, se reuniram para criarem um dos grandes alguns de Thrash da década de 90, que manteve a cena viva até o trôpego retorno nos anos 2000. Por um caminho distinto e juntos do produtor Harris Johns – que já havia trabalhado com KREATOR, TANKARD, EXUMER e até os RATOS DE PORÃO no início das respectivas carreiras -, a banda lançou um álbum consistente, experimental e alucinante. Não necessariamente nessa ordem.
São 11 faixas para 46 minutos de pancadaria e peso. A primeira parte do álbum inicia com "Body Parts", um thrash/death muito bem executado e que torna impossível não sair resmungando o refrão por aí. A faixa seguinte é outra joia, e "Skinned Alive", dá a impressão de que Witchhunter sabia que não seguiria mais na banda a partir de então. São pouco mais de 2 minutos de riffs e viradas incessantes que impressionam - riffs bem trabalhados, inclusive, são grandes pontos de "Tapping the Vein". Outra faixa a ser mencionada é "Deadline", com bastante velocidade. Seguindo, o lado A é fechado com "The Crippler", onde Angelripper talvez apresente o melhor vocal em todos os álbuns do SODOM, assumindo o posto de melhor faixa do disco.
A segunda parte do disco é aberta por "Wachturm", música gravada em alemão e que consegue manter a audição em um nível consistente. Esta é seguida pela faixa-título, aumentando a velocidade mais uma vez com mais um vocal primoroso e refrão cativante. Outro destaque vai para a última música, "Reincarnation", que em mais de sete minutos flerta entre velocidade e cadência de peso, finalizando o álbum com grande louvor.
Por fim, diferente do SODOM atual, o disco cobre áreas com maior velocidade e uma produção mais suja, mas que não diminuem seu brilho. Há 25 anos atrás, com o desafio de possuir a qualidade necessária e soar inovador em meio a tantos excelentes discos lançados no início dos anos 90, o álbum merecia maior destaque e talvez tenha passado desapercebido para muitos. Entretanto, estes não se arrependeriam em lhe dar uma nova chance.
Tracklist
1 – Body Parts (3:02)
2 – Skinned Alive (2:27)
3 – One Step Over The Line (5:07)
4 – Deadline (3:52)
5 – Bullet In The Head (3:01)
6 – The Crippler (4:10)
7 – Wachturm (3:47)
8 – Tapping The Vein (5:11)
9 – Back To War (3:14)
10 – Hunting Season (4:28)
11 – Reincarnation (7:49)
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