The Gathering: Vocal Estranho, Instrumental Inspirado (?!)
Resenha - Almost a Dance - Gathering
Por Vitor Sobreira
Postado em 06 de setembro de 2016
Nota: 7
Antes de escrever sobre o primeiro disco dos holandeses do The Gathering ("Always...", que me chamou muito a atenção, mesmo em poucas audições), falarei sobre o segundo ("Almost a Dance") lançado cerca de 1 ano depois, porém, já apresentando algumas mudanças radicais.
Para começo de conversa, aqui os vocalistas Bart Smits e Marike Groot, foram substituídos por Niels Duffhues e Martine van Loon, o que visto de um ângulo, pode não ter sido lá muito inteligente por parte da banda, já que o primeiro vocalista, se enquadrava mais no Death/Doom Metal, com teclados bastante expressivos, proposto inicialmente. Mas, de outro ângulo, devemos levar em consideração que a sonoridade sofreu algumas modificações, se distanciando um pouco dos estilos que citei acima (mas ainda, nem de perto como aconteceria após a entrada de Anneke van Giersbergen), e indo para um lado Doom/Gothic, mais trabalhado, experimental e não tão pesado.
Para quem está conhecendo tardiamente o The Gathering, assim como eu, ao ouvir o primeiro e o segundo álbum, com certeza sentirá uma diferença, principalmente por causa dos vocais e algumas estruturas. Não que Niels tenha sido um péssimo cantor, mas em um primeiro momento, ao nos depararmos com sua curiosa e estranha voz (digna de uma banda de Alternativo, ou Grunge... Sei lá!), pensamos: "Mas que merda é esta??". Sim, pois é inegável que até o final da audição, esta questão poderá habitar nos pensamentos do ouvinte, mas que se seguir em frente, imagino que acabará "entendendo" a situação. Ainda em tempo, os vocais femininos aparecem apenas em algumas músicas, mas sem tanto alarde.
Apesar dos pesares, devo dizer que o instrumental, meu amigo, é algo de muita qualidade, e todos juntos mostram que a música feita honestamente, atinge esse efeito de nos cativar. O tecladista é um caso a aparte sempre, inserindo muito 'feeling' nos climas e atmosferas sombrias e melodiosas, enquanto que as guitarras também são muito "eloquentes", tanto nas bases e solos, conservando o ar de peso, juntamente com a bateria muitíssimo bem tocada.
Para época, e para este tipo de música, a qualidade da gravação ficou até que bem boa, e olhando bem, podemos perceber que a vontade da banda em se reinventar, fez com que este trabalho fosse mais um passo para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de mais sonoridades dentro do Metal e do Rock. Vale a pena conhecer!!
Track List:
1. On a Wave
2. Blue Vessel
3. Her Last Flight
4. The Sky People
5. Nobody Dares
6. Like Fountains
7. Proof
8. Heartbeat Amplifier
9. Passage to Desire
Line Up:
Hans Rutten -- Drums
René Rutten -- Guitars
Jelmer Wiersma -- Guitars
Martine van Loon -- Vocals (Female)
Niels Duffhues -- Vocals, Guitars (Acoustic)
Hugo Prinsen Geerligs -- Bass
Frank Boeijen -- Keyboards, Synthesizers, Samples
Lançamento: 1993 – Foundation 2000
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