Judas Priest: O tempo passa mas não para eles
Resenha - Battle Cry - Judas Priest
Por Jeferson Alan Barbosa
Postado em 16 de maio de 2016
Aproveitei o friozinho da tarde do sábado passado para conferir o novo DVD do Judas Priest "Battle Cry - Live in Wacken 2015" tendo a impressão de que iria assistir algo já visto em lançamentos passados.
No entanto, é impressionante como algumas bandas, nesse caso o Judas Priest, conseguem sempre surpreender os fãs apresentando algo diferente e ao mesmo tempo conseguem manter o alto nível técnico adquirido com o passar dos anos.
Fica evidente nesse show que a banda ainda tem muito fôlego e lenha para queimar mesmo tendo anunciado a aposentadoria um punhado de vezes, em outras palavras, um show impecável!
O ponto negativo do DVD é a qualidade das imagens que deixa um pouco a desejar, fora isso o show é perfeito, considerando-se também a feliz escolha do repertório feita pela banda.
O destaque sem dúvida fica por conta do Sr. Robert Halford, como canta esse Senhor.
Apesar dos seus 64 anos Mr. Halford, também conhecido como "Metal God," título mais que merecido, atravessa os anos dando a impressão que sua voz poderosa parece ser imortal.
Alterna como pouco graves e agudos subindo e descendo o tom da voz em uma performance de tirar o fôlego, e que fôlego!!! Não desafina em momento nenhum, com sua experiência e conhecendo muito bem todo o repertório, ele sabe exatamente onde conter-se nas interpretações e quando é necessário entra com tudo com um vocal esganiçado mostrando uma vitalidade que achávamos estar perdida há severos anos visto a idade desse senhor.
Como exemplo é só conferir "Devil’s Child" que exige manobras vocais que ele realiza com maestria, assim como "Victim of Changes" e "Jawbreaker". No caso de "Beyond The Realms Of Death", minha favorita, podemos considerar uma verdadeira aula de técnica de Mr. Halford.
Entre as novas músicas escolhidas para o repertório, "Reedeemer Of Souls" título do último trabalho se mostra uma "pedrada" ao vivo, uma escolha perfeita, uma música recente já com status de clássica.
Outro aspecto a ser considerado e que fica muito evidente nesse show, é sobre o novato guitarrista Richie Faukner que revitalizou completamente o som das guitarras gêmeas do Priest, encaixando solos diferentes em trechos específicos em alguns dos clássicos da banda apresentados ao vivo.
Outro momento curioso é ver um garoto emocionado, e ao que parece, debutando em um show de tamanha proporção, se esvair em lágrimas após a performance de "You’ve Got Another Thing Comin". Eu mesmo já presenciei fato muito semelhante ao assistir o Judas Priest no Rock in Rio de 91 no Maracanã (o melhor que já assisti até hoje), ao ver um garoto * (naquela época assim como eu), aos prantos ao presenciar emocionado a performance matadora do Priest na tour do disco Painkiller.
O tempo passa mas não para o Priest!
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