Slash: Show impressionante em Belo Horizonte
Resenha - Slash (Galopeira, Belo Horizonte, 15/03/15)
Por Phillipe Scarpelli
Postado em 31 de março de 2015
Um encontro até então inédito, do público mineiro com o guitarrista da cartola, assim como com Myles Kennedy and the Conspirators, seria sediado na casa de Shows Galopeira em Belo Horizonte, e confesso que mal poderia esperar para tal fato acontecer logo, sendo um grande fã da antiga banda do guitarrista, mas também de seus excelentes lançamentos solos, seja o homônimo Slash de 2010, Apocalyptic Love de 2012 e World on Fire de 2014. Ótimos albuns, solos fantásticos, como seria de se esperar.
Após uma abertura com o Dj do Jota Quest, foi informado a todos que esperariam alguns minutos para o começo do show para que todos entrassem na casa. Passados 10 minutos, entra a tão esperada atração, brincando com os fãs que estavam a frente do show, com sua Gibson em mãos. Logo após a contagem para a primeira música começa e You're a lie começa, para frenesi geral. Um peso impressionante no tom da guitarra de Slash é logo percebido, embora todos os instrumentos fossem perfeitamente distintos, inclusive ressalvas para a acústica do lugar que é excelente, e suportou bem os 128 decibéis daquela noite. Logo após nova contagem, entra Nightrain, música de Appetite for Destruction e uma das melhores composições do guitarrista, entra em cena, e o povo grita junto cada palavra do refrão, e logo então temos o solo de Slash, que acaba de acordar quem não estava tão entusiasmado. Excelente execução de Myles, que canta muito, muito mesmo.
Depois de Standing in the Sun, que também foi muito bem executada, começa Ghost, faixa do disco de 2010 do guitarrista, muito bem recebida pelo público, sendo um dos destaques do show. Back from Cali muito bem recebida, executada e todos presentes cantaram seu refrão. Wicked Stone começa com sua bateria forte e pesada e Slash entrando firme, outro destaque do show, solo impressionante, timbre perfeito do guitarrista. 30 Years to Life também soa muito bem, mas é a música seguinte que trata de tirar todo mundo do chão, Mr. Brownstone, também do Guns, executada muito bem pela banda que arrebenta em todos os sentidos e depois a banda emenda com You Could be Mine e a sensação nessa música foi impressionante, com todos pulando e cantando a plenos pulmões cada frase da música, e Slash fazendo um solo visceral.
Logo após, Myles dá lugar a Todd Kerns, baixista da banda, que assumiria os vocais em 2 músicas. Dr. Alibi, composição de Slash com Lemmy, é cantada pela voz impressionante do baixista, que casa bem com a música. Após um silêncio momentâneo após o término da música, os primeiros acordes de Welcome to The Jungle são tocados e a casa vem abaixo. Pessoas chorando não foram raras durante a execução dessa música e claro, ouvir um hino do Hard Rock, ao vivo, com seu riff tocado pelo seu compositor original, é de se explicar cada arrepio que senti. Terminada a música, Myles retorna para o seu ofício, adentra o palco e começa "The Dissident", música de "World on Fire", muito bem recebida, com o refrão entoado pela platéia que fez bonito. Em seguida Myles brinca com a platéia a lá Freddy Mercury, brincando com sua voz, subindo e descendo o tom para que todos pudessem repetir o som. Incrível o carisma do frontman.
Outra música de World on Fire é tocada, e então Rocket Queen começa, com sua bateria e baixo reconhecíveis, e então se vê o guitarrista solando por 20 minutos aproximadamente, depois voltando para a música e a terminando com maestria. Após 2 músicas de World on Fire, "Battleground" e "World on Fire", Slash troca para sua guitarra de dois braços e toca "Anastasia" que enlouquece. Logo após a música, talvez as notas mais conhecidas do Rock N' Roll aparecem no show, Sweet Child O' Mine, que tem até o riff cantado por cada um dos presentes. Pessoas se abraçando são visíveis neste ponto do show, talvez incrédulos que estão vendo ao vivo algo tão lendário quanto essa música.
Logo após, Myles apresenta a banda e é apresentado pelo guitarrista, num dos raros momentos em que este se dirige a platéia e Slither toma conta do lugar, que canta também euforicamente a música do Velvet Revolver.
A banda volta logo depois de Slither, para o Bis, e toca Paradise City, e a casa vem abaixo, pra terminar com chave de ouro e papel picado, impressionante performance de todos da banda nessa música, e Slash que se sobressai em todos os momentos, tamanha sua precisão em tocar as antigas e novas músicas da sua carreira. Show impressionante, que termina com o guitarrista prometendo uma volta a Belo Horizonte, para entusiasmo de quem esteve lá.
Setlist:
You're a Lie
Nightrain
(Guns N’ Roses cover)
Standing in the Sun
Ghost
(Slash cover)
Back from Cali
(Slash cover)
Wicked Stone
30 Years to Life
Mr. Brownstone
(Guns N’ Roses cover)
You Could Be Mine
(Guns N’ Roses cover)
Doctor Alibi
(Slash cover) (Todd Kerns on lead vocals)
Welcome to the Jungle
(Guns N’ Roses cover) (Todd Kerns on lead vocals)
The Dissident
Beneath the Savage Sun
Rocket Queen
(Guns N’ Roses cover)
Battleground
World on Fire
Anastasia
Sweet Child O' Mine
(Guns N’ Roses cover)
Slither
(Velvet Revolver cover)
Encore:
Paradise City
(Guns N’ Roses cover)
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