1000hp: Um grande álbum para uma grande banda
Resenha - 1000hp - Godsmack
Por Paula Bezerra
Postado em 09 de setembro de 2014
Nota: 10 ![]()
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Godsmack é um ótimo exemplo de banda que evolui com o tempo. Com 19 anos de estrada, acabou de liberar seu sétimo disco, 1000hp, o melhor álbum do grupo até o momento.
Muito popular nos Estados Unidos e não tão conhecida no Brasil, Godsmack é composta pelo vocalista Sully Erna, que também é responsável pela maioria das composições da banda. Sully começou como baterista e essa sua experiência rende um dos momentos mais antológicos de alguns shows, com os excelentes duelos de bateria entre Shannon Larkin e Sully. Sempre uma diversão a parte. Além dos já citados Sully Erna nos vocais e guitarra e Shannon Larkin na bateria, fecham o quarteto o guitarrista Tony Rombola e o baixista Robbie Merrill.
Após um grande período sem gravar material inédito, desde 2010, já começava a me incomodar com o tamanho do hiato e um medo me invadiu, que a banda fosse cair na inatividade, ou não liberar material novo, mas para a felicidade dos fãs, rumores de um novo álbum começaram a ser divulgados e a espera não poderia ter valido mais a pena.
Godsmack tem um forte apelo ao bom e velho heavy metal, com tudo o que vem no pacote nesse estilo que tanto admiro. É sempre um prazer aliado ao som. A perda desse algo a mais me fez deixar de apreciar bandas que começaram muito bem, mas isso é outro assunto.
1000hp deixou claro que a banda está mais conectada do que nunca. O álbum mescla o estilo pesado com uma maturidade nas composições que torna o resultado sublime para os já fãs da banda e para os amantes da boa música.
Sully Erna, que também atuou na produção do álbum, provou que os anos só lhe fizeram bem. Timbre vocal firme, potente e também melodioso, quando necessário, como em "Generation Day", que de longe é a melhor música do 1000hp. Demonstra toda sua qualidade como vocalista e compositor.
A banda escolheu como ponto inicial do álbum a faixa título. Pode-se afirmar que foi uma opção sábia, pois o som pesado e gutural de 1000hp acorda até os mais céticos para a qualidade do que vem a seguir. As demais faixas alternam entre sons fortes, letras profundas e a voz ora melodiosa ora potente de Sully. Os solos de guitarra são a cereja do bolo de um material que beira ao inovador no resultado, mas com os alicerces e a tradição da banda mais presentes do que nunca.
É uma grande pena pensar que possivelmente nunca teremos o prazer de presenciar um show ao vivo do Godsmack no Brasil. Por conta de um problema que acomete o País e grande parte da América desde que o rock perdeu lugar para o pop e outros estilos mais populares, a maioria das bandas não tem a visibilidade esperada, e os promotores não se sentem empolgados para investir e trazê-las para solo nacional.
Talvez um pequeno palco no Rock in Rio no futuro. É o que nos resta esperar, já que festivais apenas voltados para o rock também se tornaram raridade aqui.
Longa vida ao Godsmack. Já sonhando com o oitavo álbum. O mundo do rock, tão carente de bandas com personalidade, só tem a agradecer e apreciar.
01 - 1000hp
02 - FML
03 - Something Different
04 - What´s Next
05 - Generation Day
06 - Locked & Loaded
07 - Living In The Gray
08 - I Don´t Belong
09 - Nothing Comes Easy
10 - Turning To Stone
11- Life Is Good (bonus) *
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