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Pitty: Coragem de lançar um álbum de rock no atual cenário

Resenha - SETEVIDAS - Pitty

Por Jean Carlo B. Santi
Postado em 17 de agosto de 2014

Aos metaleiros "xiitas" de plantão: se vocês clicaram neste link menos para saber sobre o novo álbum da Pitty, e mais para deixarem seu comentário de ódio e desprezo vindos do fundo de uma alma amargurada, por favor, não se deem ao trabalho. Esta matéria é direcionada para as pessoas amantes da boa música e que mantém suas mentes e ouvidos abertos a todas as possibilidades, se despindo de qualquer preconceito.

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Pois bem: também não se trata de um movimento Pró-Pitty criado por um fã-clube da nossa cantora baiana. É apenas uma mal elaborada resenha de um roqueiro já quase quarentão, que resolveu driblar o ócio com esta tarefa um tanto quanto árdua.

E o que me chamou atenção para escrever sobre o novo álbum da Pitty? Dentre milhares de justificativas plausíveis, o fato é que, com a aposentadoria precoce da Rita Lee (tá bom, eu sei que a nossa eterna rainha do rock nacional não é nenhuma garotinha, mas são tantos "anciãos" do rock por aí ainda "quebrando tudo", que podemos chamar de precoce sim), restaram pouquíssimas mulheres no papel de líderes de suas respectivas bandas no rock brasileiro. E, aos 37 anos, ver a Pitty ainda com a "faca nos dentes" e com coragem suficiente para lançar um álbum de rock no atual cenário nacional, tão desgastado e carente, já chama atenção suficiente.

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Mas vamos ao que interessa. Eis que em Julho deste ano, sai Setevidas (estilizado em caixa alta e tudo junto, SETEVIDAS). Foram quatro longos anos sem lançar nenhuma música inédita, onde neste meio tempo nossa baianinha ainda se aventurou em um projeto mais intimista, o AGRIDOCE, junto com seu fiel escudeiro, o guitarrista Martin Mendonça, que também assina as guitarras de SETEVIDAS.

São dez faixas, todas inéditas, tendo como abertura a faixa Pouco. Talvez a escolha desta faixa para abrir o álbum tenha sido proposital, pois nela já é perceptível a tentativa de Pitty e sua trupe de tentar trazer um ar de novidade ao som da banda, com alguns efeitos vocais e riffs marcantes e com peso bem dosado. Não chega a se destacar, mas aguça nossa curiosidade sobre o que está por vir. Deixa Ela Entrar vem em sequência, esta já mais ao estilo Pitty, se comparado aos álbuns anteriores. Por isso vai agradar aos velhos fãs, mas não traz nada que agregue algo mais à discografia da banda.

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A terceira faixa Pequena Morte, é candidata a mais fraca do álbum, e não merece mais delongas. Um Leão vem em seguida, e nos dá um lampejo de esperança, pois nos brinda com um experimentalismo instrumental interessante e com uma letra bem inspirada. O que já podemos perceber até aqui é uma Pitty com letras um pouco menos clichês quando lembramos os primeiros dois álbuns, o que é um processo natural de seu amadurecimento como artista. As letras estão mais profundas, mais bem elaboradas, mais focadas no existencialismo, deixando muito mais à mostra suas emoções. Lado de Lá vem para fechar a primeira metade do álbum, e infelizmente, não cumpre bem este papel. Mérito sim por se arriscarem em uma sonoridade quase progressiva, e pelo esforço do guitarrista Martin, porém acabou não dando muito certo.

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Respiramos fundo e continuamos, ainda falta metade do álbum. A sexta música intitulada como Olho Calmo traz um grande alento para quem estava ávido por uma grande faixa que pudesse salvar o disco, é sem dúvida a que mais se destaca. Muito mais pela letra forte, com inspirada atuação da Pitty, e esta, exalando emoção a cada palavra, e pela guitarra pesada e cadenciada, além do belíssimo trabalho de teclados, contribuindo na criação de um ambiente sombrio e intenso. É provável que não agrade aos fãs mais tradicionalistas, mas sem dúvida pode ser uma isca para que novos ouvintes se tornem admiradores do trabalho da Pitty. Boca Aberta é mais uma faixa que chama atenção pela veia poética da Pitty e menos pelo trabalho instrumental. De qualquer forma, vale a pena conferir.

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A Massa, com perdão do trocadilho infame, mas inevitável, é realmente "massa"! Com um riff que nos convida a balançar a cabeça pra frente e pra trás, a música de destaca fácil no álbum. Sete Vidas, faixa que dá nome ao álbum, me traz a impressão de que a banda acabou deixando o melhor para o final, ou seja, estratégia que, a meu ver, pode não ser a mais adequada, considerando que alguns ouvidos afoitos podem não se interessar em ouvir o disco até este ponto... Mas sem dúvida vão perder uma grande faixa, uma das melhores, e séria candidata a ser a mais radiofônica.

Décima e última, Serpente é de novo uma aposta ousada de Pitty, com uma sonoridade que lembra mais uma trilha sonora para mobilizações do tipo "Salve a África", ou ainda no estilo "We Are The World", enfim, pode agradar alguns, infelizmente, não a mim...

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Enfim, como é praxe em resenhas de álbuns, nos vemos obrigados a dar nota, muito embora acho esta tarefa sempre injusta de alguma forma. Mas aí vai: pelo som apresentado, a nota é 6, mas pela atitude latente e pelo sangue roqueiro sempre presente na veia de Pitty, esta merece nunca menos que 10. Que esta grande artista, que bebeu da mesma água que Raul Seixas e Camisa de Vênus, e que, como estes, levou o rock baiano ao mainstream do rock nacional, ainda tenha a mesma força e bravura de agora para continuar empunhando a bandeira do rock verde e amarelo, e que possa ainda nos brindar com muitos outros trabalhos pela frente.

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Sobre Jean Carlo B. Santi

Jean Carlo B. Santi é Administrador de Empresas e Pós-Graduado em Marketing. Músico amador, atua também como baterista numa banda que toca covers de classic rock. Ainda criança, pôde conhecer através de um tio bandas como Queen, Pink Floyd, Gênesis, Nazareth, U2, Bon Jovi, Guns'n'Roses... Mais tarde, descobriria por conta própria que havia muito mais no rock, e desde então, nunca mais encontraria o caminho de volta do limbo de onde vivem todos estes seres fantásticos e surreais, habitantes deste mundo à parte chamado rock'n'roll.
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