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Prisioneiros do Passado: melhor do blues em trilha sonora

Resenha - Trilha Sonora - Prisioneiros do Passado

Por Paulo Severo da Costa
Postado em 14 de outubro de 2012

Em papos de boteco mais desavisados, o blues parece ser sempre ter uma cara única: basta falar a respeito, que alguns já começam a brincar com algo do tipo " ta-ran-tan-tan", limitando o ritmo a algum estereótipo de boates de strip nos filmes de Hollywood. Muito mais do que um estilo musical limitado a guetos ou plantações de algodão, o blues, como qualquer gênero, foi sofrendo alterações com o tempo, incorporando novos elementos e alternado sua dinâmica. Dividido em estilos tão diversos quanto Delta blues, Texas blues, Chicago blues e vários outros, conserva sua essência rústica e sentimentalista enquanto recebe novas nuances em suas sonoridade.

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Em 1996 foi lançado "Prisioneiros do Passado", cujo título original lembra um título de blues da Decca- "Heaven Prisoner". Estrelado por ALEC BALDWIN e KELLY LINCH, o filme é ok, mostrando a história de um policial alcoólatra em investigação a um acidente aéreo. Mas o grande trunfo do filme se encontra em sua trilha sonora: misturando o blues dos anos 50 a 80 em um caldeirão de clássicos, o filme é um "random" pelos último meio século em torno do ritmo mais sofrido da história.

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Dividido entre clássicos, a trilha transita fluida por entre a crueza da versão de "Red House" segundo BUDDY GUY e a angústia incontida de ARETHA FRANKLIN em "I Never Loved a Man (The Way I Love You). O vozeirão moldado em bourbon de JOHN LEE HOOKER está lá, na irrepreensível em "I Ain´t Gonna Suffer No More" que junto a safadeza de JUNIOR WELLS EM "Good Morning little Scholl Girl" são a trilha perfeita para a sinuca do lado daquele neon de propaganda de cerveja no pub mais próximo.

Na linha do que se convencionou chamar de "swamp blues" um de seus representantes fazem bonito: enquanto o nativo de Louisiana C.C. ADCOCK faz uma versão quase surreal de "Bo´s Bounc" carregada por uma bateria psicodélica em seu início, os igualmente "novatos" THE HOAX (banda britânica liderada pelo excelente ROBIN DAVEY) e KENNY NEAL (filho de RUFS NEAL) dão show, respectivamente em "Twenty Ton Weight" (bem ao estilo despojado e houserocking de JEFF HEALEY nos anos 80) e a retrô "Baby Bee" no melhor estilo crossover entre MUDDY WATERS e ALBERT KING.

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Com essa mistura entre standards e novidades, o álbum não seria completo se não apresentasse uma linha histórica : se de um lado a eternamente regravada "Born Under a Bad Sign" de ALBERT KING figura absoluta ao lado de "The Thrill is Gone" do velho B.B., o responsável o texano incendiário STEVE RAY VAUGHAN não poderia estar ausente- aqui em uma versão esmagadora de "The Things That I Used to do" de GUITAR SLIM. A questão é: com uma trilha sonora dessas, periga a gente esquecer de assistir o filme.

Track List:

Good Morning Little Schoolgirl
Born Under a Bad Sign
Red House
Baby Bee
I Never Loved a Man (the Way I Love You)
Thrill Is Gone
Bo's Bounce
Twenty Ton Weight
Things That I Used To Do
I Ain't Gonna Suffer No More
Don't Answer the Door, Pts. 1 & 2
Good Moanin' Blues
It Hurts to Love Someone

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Sobre Paulo Severo da Costa

Paulo Severo da Costa é ensaísta, professor universitário e doente por rock n'roll. Adora críticas, mas não dá a mínima pra elas. Email para contato: [email protected].
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