Shadowside: Heavy Metal vigoroso e brasileiro
Resenha - Theatre Of Shadows - Shadowside
Por José Antonio Alves
Postado em 28 de outubro de 2011
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Vocal feminino há muito tempo deixou de ser exclusividade de bandas de symphonic/gothic metal, cada vez mais cresce a lista de vocalistas nos mais diversos estilos do Metal que são front women de grande qualidade. Na metade da década passada a SHADOWSIDE, liderada pela vocalista Dani Nolden, começou a ganhar destaque através do lançamento do debut "Theatre of Shadows". Confesso que só por volta de 2008 conheci a banda, por meio da música Highlight, mas esta já me surpreendeu pelo vocal diferenciado assumido. Finalmente ouvindo todo este álbum, é fato que ele é uma das jóias raras do metal nacional da última década.
A intro "Enter The Shadowside" é breve, e mostra um belo arranjo orquestral que rapidamente dá espaço a um primeiro contato com a voz de Dani Nolden em "Vampire Hunter" e também à majestosos riffs durante a música. "Highlight" nos mostra passagens marcantes e também um belo trabalho vocal de Dani Nolden, bem encaixados também com a bateria de Fabio Buitvidas.
O álbum segue com a ótima "We Want a Miracle" e um arranjo orquestral combinado a um ritmo mais cadenciado de início. Destaque também para a ótima letra desta canção, mostrando também as habilidades de composição da banda. Em seguida surge "Illusions", minha favorita e talvez a mais "Power metal" do álbum, com algumas pitadas de Thrash. Considero neste álbum uma das faixas que melhor demonstra o potencial desta vocalista, desde o vocal em tons mais cadenciados até os mais agressivos e agudos. Outro destaque é o arranjo de teclado muito bem inserido e, mais uma vez, a letra, que entre outras coisas, diz que "O mundo que você está vendo é cheio de ilusões, injetadas em suas veias, mágica para seu cérebro. Como uma droga que assume o controle de sua alma, enganado por um sonho, não irá ajudar se você gritar".
Para acalmar (mas não muito), o álbum segue com a bela "Queen of The Sky", e mais uma passagem orquestral bem inserida, caminhando lado a lado com riffs poderosos de guitarra. "Believe in Yourself" chega para ser uma das melhores do álbum, evidenciando certa influência do Iron Maiden (logo de início temos uma batera bem a la Be Quick Or Be Dead), Dani Nolden reafirmando seu potencial vocal em um refrão contagiante, combinado a mais um grande solo mais rock and roll, que logo dá lugar ao virtuosismo característico do Heavy Metal.
"Tonight" segue a levada característica do álbum, mais um competente trabalho do baterista Fabio Buitvidas. Em seguida, outra faixa que com certeza merece destaque no álbum, "Kingdom of Life". Pode ser esta a música que retrata melhor a mescla de elementos que compõem este álbum, já que temos aqui uma letra bem feita, melodia grandiosa, unida ao peso das guitarras e bateria, Dani Nolden mostrando mais uma vez um vocal potente e mais limpo a certa altura, eliminando quaisquer resquício de dúvida que possa ter ficado sobre a competência e versatilidade nos vocais, adicionando-se um ritmo mais cadenciado e uma boa passagem mais progressiva que logo dá lugar ao que é o heavy metal: solos, boa pegada na batera e um belo refrão mais uma vez para fechar.
"Red Storm", e seu ritmo mais JUDAS PRIEST nos leva também a algumas passagens do Hard Rock. Em seguida, os dois atos que fecham a obra: "Shadow Dance" e seu ritmo empolgante somado com outro refrão para não sair da cabeça, conduzido por mais um solo arrematador, e com algumas passagens que nos lembram HELLOWEEN e GAMMA RAY. Finalmente, "Here To Stay" apresenta o peso característico do álbum todo, mais uma com notória influência do HELLOWEEN, e uma melodia bem feita para fechar.
Após ouvir este disco, é fato que paramos para pensar no quão boas são as bandas daqui, pois sim, podemos ter Heavy Metal brasileiro de qualidade ecoando pelos quatro cantos do país e pelo mundo. Realmente não haveria uma faixa mais apropriada para encerrar este álbum, pois essa banda realmente veio aqui para ficar.
Formação neste álbum:
Dani Nolden: vocais/teclado
Bill Shadow: guitarra (hoje ex-membro, atualmente lugar ocupado por Raphael Mattos)
Ricky Slater: guitarra (hoje ex-membro)
Lucas De Santis: baixo (hoje ex-membro, atualmente lugar ocupado por Ricardo Piccoli)
Fabio Buitvidas: bateria
Faixas - Theatre Of Shadows:
1. Enter the Shadowside (instrumental)
2. Vampire Hunter
3. Highlight
4. We Want a Miracle
5. Illusions
6. Queen of the Sky
7. Believe in Yourself
8. Tonight
9. Kingdom of Life
10. Red Storm
The Theatre of Shadows
11. act. 1 - Shadow Dance
12. act. 2 - Here to Stay
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Por que Angra não chamou Marco Antunes de volta, segundo Rafael Bittencourt
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
Candidata a Miss Mundo Chile leva death metal ao concurso de beleza
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto


