Ringo Starr: em 1970, canções antigas, standards e jazz
Resenha - Sentimental Journey - Ringo Starr
Por Rodrigo de Andrade
Postado em 04 de outubro de 2010
Em 1970, quando foi anunciado o fim dos Beatles, Ringo Starr lançou nada menos que dois álbuns solo. O primeiro deles foi Sentimental Journey. Sem dúvida, um dos discos mais singulares na obra de qualquer um dos quatro rapazes de Liverpool.
Starr começou a registrar esse projeto em outubro de 1969. Um mês antes, os integrantes da maior banda de todos os tempos haviam decidido que o sonho já era. Entretanto, combinaram que manteriam a separação em segredo, ao menos até meados do ano seguinte.
Em Sentimental Journey, Ringo decidiu regravar canções antigas: standards e temas jazzísticos das décadas de 1930 e 1940. Mais que isso, ele pediu para sua própria mãe e alguns parentes escolherem o repertório. Mas a intenção era dar uma roupagem diferente para as canções. Starr solicitou que uma série de músicos se dedicasse de maneira especial criando novos arranjos para cada faixa. Entre os envolvidos que recriaram as canções estavam George Martin, Klaus Voormann, Maurice Gibb, Quincy Jones e Paul McCartney, entre outros. Na capa do álbum, uma foto do pub The Empress in Dingle (o mais próximo do local onde o baterista nasceu), com fotos dos parentes de Ringo nas janelas.
O disco foi lançado no dia 27 de março de 1970 e acabou massacrado pela crítica. Todos apontavam para o mesmo "defeito": onde está o rock’n’roll? Entretanto, a intenção definitivamente não era fazer um disco de rock. Era um álbum conceitual, composto por canções pop do período entre guerras. Mesmo assim, o título ficou bem posicionado nas paradas.
Com o passar dos anos, olhando retrospecto, se percebe que as críticas de Sentimental Journey foram exageradas. Realmente não é um disco de rock ou um dos trabalhos mais significativos da trajetória solo de um dos Beatles. E nem mesmo na carreira de Ringo, que possui tantos álbuns primorosos. Porém, se reconheceu que o ataque selvagem empreendido pela imprensa da época foi exagerado.
De qualquer forma, em 1970 o Ringão continuava em jogo, e possuia cartas bem mais interessantes na mão. Em setembro, iria lançar seu segundo solo, o interessante Beaucoups of Blues.
Texto publicado originalmente no site de (anti)jornalismo (contra)cultural Os Armênios.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
Ouça "Body Down", primeira música do projeto Stanley Simmons
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
O defeito muito grave dos baixistas de heavy metal na opinião de John Entwistle
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Site About.com elege os 5 melhores álbuns do Black Sabbath
A surpreendente banda que vocalista do Offspring considera a "número 1" do Punk Rock
A banda em que Lars Ulrich se ofereceu para tocar bateria: "ele tem meu número"



O que Ringo Starr dizia de seu antecessor; "nunca senti que ele fosse um grande baterista"
Os quatro álbuns mais terríveis lançados pelos integrantes dos Beatles nos anos 70
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



