Chrome Division: Shagrath exibindo influência de Motorhead
Resenha - Booze, Broads And Beelzebub - Chrome Division
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 10 de outubro de 2008
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Sempre é gratificante saber que aquele rock´n´roll básico e pesadão sempre terá espaço garantido entre o público. Tanto que, o que inicialmente parecia ser apenas um mero projeto envolvendo alguns músicos famosos na cena Black Metal querendo fazer algo mais despojado, deu tão certo logo no seu álbum de estréia, "Doomsday Rock 'N Roll" (06), que rapidamente o tal projeto aí se transformou numa banda de verdade.

O grupo em questão é o Chrome Division, que chega agora com seu novo registro, "Booze, Broads And Beelzebub". Shagrath e sua trupe de desordeiros continuam corajosos em exibir muito de sua influência de Motorhead, em maior ou menor grau, e em várias faixas. Mas a tendência aqui é uma maior preocupação com as vozes de fundo, que estão realmente explosivas e debochadas, preparadas cuidadosamente para serem urradas em uníssono por quem quer que as escute.
O resultado é um rock´n´roll bastante rude e ainda assim divertido, beirando o Heavy Metal propriamente dito em inúmeras ocasiões. Mesmo que esta fórmula se torne levemente – e friso, levemente!!! – desgastada ao longo da audição, ainda assim o Chrome Division consegue se manter suficientemente interessante, em especial pelo belo trabalho das guitarras (que riffs bem sacados!) e a voz esporrenta movida a uísque barato de Eddie Guz, perfeita para a sonoridade proposta pela banda.
Assim, não faltam boas composições e até alguns hinos, como a espetacular faixa-título (a melhor!), o roll simplista da grudenta "Wine Of Sin", ou o poderio de "Life Of A Fighter" e "Hate This Town", que deverão ter uma grande recepção entre o público quando executadas ao vivo. O grupo até preparou sua própria versão para "Sharp Dressed Man" (ZZ Top), que fatalmente ficou mais veloz, mas nunca descaracterizando a canção original. E o caro leitor pode ter a certeza de que há muitas outras canções pesos-pesado espalhadas pelo repertório...
Um segundo registro geralmente passa a ter uma recepção mais analítica por parte de boa parte do público, e muitos alegarão que "Booze, Broads And Beelzebub" não possui o impacto de seu antecessor. Certo, mas e daí? O Chrome Division pode ser canastrão, mas continua convencendo por toda a distorção barulhenta com aquele cheiro de rock clássico, irreverência e brutalidade, perfeito para ser apreciado ao lado de seus bons amigos-bebedores-de-cerveja e, principalmente, daquela garota legal que te acompanha por aí! Para que mais?
Formação:
Eddie Guz - voz
Shagrath - guitarra
Ricky Black - guitarra
Bjorn Luna - baixo
Tony White - bateria
Chrome Division - Booze, Broads And Beelzebub
(2008 - Nuclear Blast Records / Laser Company Records – nacional)
01. The Second Coming (Intro)
02. Booze, Broads And Beelzebub
03. Wine Of Sin
04. Raven Black Cadillac
05. Life Of A Fighter
06. The Devil Walks Proud
07. Hate This Town
08. The Boys From The East
09. Doomsday Riders
10. Lets Hear It
11. Sharp Dressed Man
12. Bad Broad (Good Girl Gone Bad)
Homepage: www.chromedivision.com
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
Ian Gillan atualiza status do próximo álbum do Deep Purple
Show do Slipknot no Resurrection Fest 2025 é disponibilizado online
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Ian Gillan nem fazia ideia da coisa do Deep Purple no Stranger Things; "Eu nem tenho TV"
Os 10 melhores discos de metal progressivo lançados em 2025, segundo a Metal Hammer
Os clássicos de rock/metal da suposta playlist vazada de Donald Trump
Vibraram por abrir pro Ozzy, mas depois viram que o bagulho era louco; "levei muita cusparada"

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


