Helloween: motivo de orgulho para os fãs brasileiros
Resenha - Helloween - Live In São Paulo
Por Rodrigo Simas
Postado em 23 de novembro de 2007
Nota: 8
Gravado na turnê do controverso "Keeper Of The Seven Keys: The Legacy" (2005), "Live In São Paulo" é motivo de orgulho para os fãs brasileiros, que mostram mais uma vez ser uma das melhores – senão a melhor – platéia do mundo.
Sendo a primeira turnê com a nova formação (com Dani Löble na bateria), promovendo um disco que dividiu opiniões entre fãs e crítica e que definitivamente não conseguiu superar os históricos "Keepers", o Helloween apostou em um set list diferente e arriscado, com alguns clássicos do passado que haviam sido deixados de lado nos últimos anos, faixas do "The Legacy" e os sucessos já conhecidos. Acabou pisando na bola em algumas escolhas, mas acertou em cheio na maioria.
Se a gravação não é impecável, ela não prejudica o desempenho da banda, que parece estar bastante unida, com Andi Deris dominando o público (depois de quase 15 anos no Helloween, ele não precisa provar mais nada e já é respeitado pela grande maioria dos fãs) e o guitarrista Sascha Gerstner totalmente entrosado com Michael Weikath.
É nesse clima que "The King For A 1000 Years" abre o show, com seus épicos 13 minutos de duração, mudanças de andamento e instrumental intrincado. "Eagle Fly Free" é a próxima. A música, presente em todas turnês do Helloween desde seu lançamento, é tudo o que os fãs precisavam para fazer o Credicard Hall vir abaixo.
Se nem tudo são acertos, a primeira pisada de bola vem com "Hell Was Made In Heaven", do fraco "Rabbit Don’t Come Easy". A música nem é ruim, mas com tantas opções melhores é difícil imaginar porque a banda escolheu exatamente essa faixa para representar o disco de 2003 (sem contar que deixou de fora do set músicas de discos como Master Of The Rings, de 1994, o primeiro da fase Andi Deris).
Mas os clássicos continuam e, representando os "Keepers", a música "Keeper Of The Seven Keys" na íntegra e a balada "A Tale That Wasn’t Right" com certeza fizeram a alegria de todos os presentes. "Mr. Torture", uma das melhores do Dark Ride (2000) mantém a energia no máximo e "If I Could Fly" desempenha bem seu papel (e tem boa recepção do público, mesmo sendo uma das mais fracas da apresentação).
Quer mais? Os alemães emendam na seqüência "Power" e "Future World", e pisam na bola pela segunda vez com a chatíssima "The Invisible Man" (com quase 9 minutos) que fecha a primeira parte do show. De volta para o bis, o divertido single "Mrs.God" esquenta a galera para os últimos dois clássicos: a inesperada "I Want Out" e a óbvia (mas muito bem vinda) "Dr.Stein". De bônus, o outro épico do "The Legacy", "Occasion Avenue", gravada em Tokyo e "Halloween", gravada na República Tcheca.
Um ótimo registro para fãs e para a banda, que mantém a bandeira de maior ícone do heavy metal melódico mundial, mesmo depois de muitos altos e baixos e muitas mudanças de formação. Se depender desse show em São Paulo, as abóboras ainda têm muitos dias das bruxas pela frente.
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