Helloween: review do EP "Light The Universe"
Resenha - Light The Universe - Helloween
Por Glauco Silva
Postado em 08 de abril de 2007
Nota: 7
Como viúvo direto da geração Hansen/Kiske, já pego qualquer coisa do Helloween com um pé atrás, esperando uma pá de ‘lálálá’ irritante, feito nas coxas e previsível – afinal, eles criaram o que se convencionou chamar de "heavy melódico" sem dar conta que, anos depois, isso geraria crias descartáveis, cheias de técnica mas desprovidas de talento.
E não é que, apesar disso, esse EP acabou me agradando? O destaque é sem dúvida "Revolution", que começa muito bem, poderosa, mas que se perde um pouco no refrão fraquinho. A se elogiar a força da cozinha atual e a competência do guitar Sascha Gerstner, arregaçando as mangas sem ficar na sombra do Weiki.
Já a faixa-título é um equívoco... o que seria a atração principal, o dueto com a tão incensada Candice Night, infelizmente é arruinado pela própria – até o limitado (mas, convenhamos, esforçadíssimo) Andi Deris soa como grande vocalista na faixa. A voz dela soa pastosa, forçada mesmo, tipo "chega aí no estúdio, precisamos de uma mina badalada pra gravar". Não sei se foi lance contratual/gravadora ou de camaradagem, mas o resultado é absolutamente pífio: melodia e arranjos óbvios, lembrando muito – como observou muito bem o colaborador Fernando De Santis – a música "Goodbye Jenny", do play solo de Andi.
Já a versão ao vivo de "If I Could Fly" em Sampa tem altos e baixos... a se louvar: a qualidade da gravação, o reconhecimento ao nosso público, e a escolha de uma música um tanto sombria – na verdade, uma das poucas que me chamou a atenção na carreira contemporânea do Helloween, com toques que chegam mesmo a lembrar o Samael (!) da era "Passage". Mas, infelizmente, mostram que já enveredaram pelo "truque" popularizado pelo Manowar: ao vivo, jogam a afinação láááááááááá embaixo porque o vocal não se mantém – e isso em música que o próprio Deris gravou em estúdio.
De modo geral, cumpre bem o papel que se espera de um EP: ser item pra colecionador, dar uma geral no trampo atual da banda, e servir de aperitivo a um álbum que vem na seqüência - no caso, ao-vivo.
Acima de tudo, parabéns à iniciativa da Hellion por colocar no mercado brasileiro um digipack extremamente caprichado (e com videoclip-bônus, que não assisti – acho que sou o único que apanha desses disquinhos híbridos pra PC.
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