Resenha - Firestorm - Tvangeste
Por S'lvio Costa
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Firestorm é o segundo disco do Tvangeste e, seguramente, é o que apresenta as melhores idéias da banda. A semelhança com bandas do gênero é bem grande, mas a originalidade está tanto na temática quanto na forma como as composições foram estruturadas. É claro que todos os elementos recorrentes ao black metal sinfônico estão lá: guitarras bem timbradas, blast beats insanos, mas ao mesmo tempo encobertos por belas melodias e muito peso.
As letras de Firestorm tratam da destruição – em 1255 – do vilarejo prussiano de Tvangeste pelos cavaleiros cruzados. Discurso anti-cristão? Talvez mais que isso. O Tvangeste se interessa em narrar uma saga heróica no melhor estilo Star Wars. Com direito a surgimento de herói predestinado e todo o resto.
A sonoridade meio pastosa que alguns instrumentos adquirem ao longo do disco é o maior problema aqui. Nada muito grave, mas que poderia ser resolvido com ajustes simples por parte de uma produção mais cuidadosa. A Orquestra Sinfônica Báltica aparece discreta, mas indispensável e os violinos, flautas e teclados em profusão acabam criando uma espécie de "cama" sonora para os versáteis vocais de Miron.
Misturando nacionalismo anacrônico a um black metal competente como há muito não se ouvia, o Tvangeste é uma grata surpresa nesse cenário tão saturado. Ouça faixas como "The Birth of Hero" ou "Godless Freedom" e surpreenda-se com essa brilhante descoberta vinda lá da Europa Oriental.
NOTA: 8
Banda:
Michael Miron Chirva – Voz, guitarra
Naturelle – teclados
Nikolay – guitarra
Victoria – teclados, flauta
Vano – baixo
Ekaterina – violino
Cezar - Bateria
Material Cedido por:
Hellion Records
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São Paulo, SP 01041-900.
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