Resenha - Witch Way - Randy Coven
Por Daniel Dutra
Postado em 09 de junho de 2004
Nota: 9 ![]()
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Quarto trabalho solo de Randy Coven (Ark, ex-Yngwie Malmsteen), Witch Way chega ao Brasil com um bônus que compensa toda a probreza do encarte: quase a íntegra do primeiro e único álbum do CPR, projeto do baixista ao lado do guitarrista Al Pitrelli (Savatage, ex-Megadeth, Alice Cooper, Asia, Widowmaker e várias outras bandas) e do baterista John O'Reilly (ex-Rainbow), além de vários convidados especiais. Lançado em 1992 e até então fora de catálogo, Coven, Pitrelli, O'Reilly é, apesar de dois covers, um disco instrumental espetacular.

Não há muito o que falar de CPR; Two Girls, com ótimo solo de piano de Jimmy Yaeger; Minute Mouse, riff de Pitrelli e solo de Steve Morse (Deep Purple) sensacionais; Sbace Secrets, que, na verdade, chama-se Sbass Secrets; a rock'n'roll Screamin Scrantin, que, vá lá, originalmente tem como nome Screaminin Scranton; E-11 e Vinyl Frontier, ambas com um show à parte de Pitrelli nos riffs, solos e temas. São sete músicas para fazer a alegria de quem gosta de instrumental recheado de toques de jazz, fusion e funk - apesar de as ótimas With You e Mutley, por questão de espaço, não terem sido incluídas.
Mas ainda há mais CPR em três das melhores faixas do CD. Pitrelli esbanja feeling e um tema de rara beleza em Monday, uma de suas duas composições no álbum (a outra é Minute Mouse). Back in Black é sempre uma boa para os ouvidos e aqui ganhou os vocais de Randy Jackson (ex-Zebra) e solos de Vito Bratta, ex-guitarrista do White Lion. Mas apesar de o clássico do AC/DC ser sempre um arrasa-quarteirão (bêncão, Angus Young!), foi em I Wish que o CPR fez bonito. Ao pegar a música de Stevie Wonder, presente na obra-prima Songs in the Key of Life, o trio chamou Zakk Wylde, à época recém-saído da banda de Ozzy Osbourne, e entregou a ele os solos e os vocais - além de Yaeger ter reproduzido com teclados os metais originais da canção. Ficou sensacional.
Pronto, você já tem vários motivos para comprar Witch Way, mas as faixas inéditas não podem ser ignoradas. Contando com a ajuda dos bateras John Macaluso (Ark e ex-TNT e Yngwie Malmsteen) e Joe Chirco; dos guitarristas Leslie West (Mountain), Jim Hickey, Scott McGills e novamente Pitrelli; e de Delmar Brown e Paul Morris (ex-Rainbow) nos teclados, Coven gravou um ótimo trabalho de fusion suingado. E apesar da liberdade aos outros músicos - há grandes momentos de guitarra e a performance sempre irrepreensível de Macaluso - quem manda mesmo é o baixo.
Claro, o disco é de Randy Coven, mas o cara toca muito e bonito. Funk You tem slaps precisos e um tema instrumental bem acompanhado por uma vocalização bem funcional. Poem tem uma linha de baixo arrasadora e as ótimas Island Dream e Darklight são absolutamente musicais, a última com o bom uso do piano. Os excelente vocais de Delmar Brown acrescentam muito ao funk de Love Kitchen, enquanto Tree II e Therapy são bem agradáveis. O baixista ainda deu um ar mais jazzy a Riders on the Storm, do The Doors, e a transformou num dos momentos mais bacanas do trabalho.
Hellion Records: www.hellionrecords.com.br
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