Resenha - Sleepy Buildings - Gathering
Por Sílvio Costa
Postado em 12 de março de 2004
Não é possível medir a beleza. O Gathering prova isto no seu segundo álbum ao vivo, que traz canções de todos os seus seis discos de estúdio anteriores (de ...Always, de 1992 até If_Then_Else, de 2000)em arranjos semi-acústicos. É uma experiência única, onde o instrumental parece ter sido elaborado de modo a valorizar ainda mais a belíssima voz de Anneke van Giersbergen, numa autêntica viagem através de vocalizações angelicais e músicas que dispensam qualquer comentário adicional.
A escolha do repertório não poderia ser mais adequada. Concentrando-se em músicas mais atmosféricas, de modo que se adequassem mais facilmente à proposta semi-acústica, a banda distribui com generosidade temas belíssimos como "Saturnine", "Shrink" (que quase não sofreu mudanças, já que a versão original é, basicamente, um dueto de voz e piano), dentre outras. Incrível mesmo é o fato de as músicas mais antigas (como "Like Fountains, do álbum Almost a Dance, de 1993) terem ficado tão boas quanto as composições mais recentes, já com Anneke nos vocais.
"Locked Away" ficou muito parecida com a original - presente no genial "How to Measure a Planet?" - aqui, entretanto, há apenas um violão (tocado pela própria Anneke) e o piano de Frank Boeijen e alguns efeitos. Não seria preciso mais para fazer uma grande abertura. Na seqüência, uma das mais belas canções da banda - "Saturnine" - também com poucas mudanças em relação à versão original.
Os pontos negativos ficam por conta da ausência de mais músicas do "Nighttime Birds" (1995), além da presença de duas faixas que, à primeira vista, não ficaram tão boas em suas versões semi-acústicas. "Eleanor" - um dos maiores clássicos da banda até hoje - ficou irreconhecível, além de ter perdido alguns de seus elementos essenciais (também ninguém ia querer pedal duplo em um disco com esta proposta) e "In Motion part II" também perdeu a pegada, ficando muito cheia de efeitos de teclado, com pouco espaço para o feeling presente na versão original.
A única faixa inédita - que dá nome ao álbum - é uma belíssima interpretação de Anneke. Trata-se de uma canção simples, mas bem construída e muito bela. Chega a lembrar, vagamente, alguma coisa de MPB (!), especialmente no arranjo, mas com aquela linha melódica que só o Gathering consegue ter.
Tracklist:
01. Locked Away
02. Saturnine
03. Amity
04. The Mirror Waters
05. Red is a Slow Colour
06. Sleepy Buildings
07. Travel
08. Shrink
09. In Motion Part II
10. Stonegarden
11. My Electricity
12. Eléanor
13. Marooned
14. Like Fountains
Line-up:
Anneke van Giersbergen - Vocals, acoustic guitars
René Rutten - Acoustic and Electric Guitars
Hans Rutten - Drums and Percussion
Frank Boeijen - Keyboards and Synthesizers
Hugo P. Geerligs - Bass
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Poucas horas após deixar o Arch Enemy, Alissa White-Gluz lança primeira música de seu álbum solo
Fabio Lione e Angra comunicam fim da parceria
Arch Enemy anuncia a saída da vocalista Alissa White-Gluz
Rick Wakeman passa por cirurgia para implante de válvula no cérebro
A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Mystic Festival terá cerca de 100 bandas em 4 dias de shows; confira os primeiros nomes
Tobias Forge quer praticar mergulho para tornar uso de máscara no palco menos claustrofóbico
As duas únicas camisas de futebol permitidas nos shows do Oasis em São Paulo
O membro do Angra que contribuiu demais para reunião da formação "Rebirth"
Angra fará show com formação de "Rebirth" no Bangers Open Air 2026
O cara que canta muito, mas Malcolm Young disse que jamais poderia entrar no AC/DC
O cantor que Robert Plant admite que nunca conseguiu igualar
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião

Ingressos à venda para show do The Gathering com Anneke van Giersbergen no Brasil


