Resenha - 7 - Ira!
Por Anderson Nascimento
Postado em 04 de maio de 2003
ANO: 1996
Como quem luta por um prato de comida, o IRA! estréia pela Paradoxx Music com o mais raivoso e pesado disco de sua carreira. A capa da obra já anuncia o que o ouvinte vai encontrar no disquinho. Lançado em 1996, "7", é um disco sem experimentalismos e focado no rock'n'roll básico.
A garageira "Na minha mente" abre o disco apresentando um vocal quase ensandecido de Nasi e um riff que não sai da nossa cabeça, mesmo na primeira audição, o fim da música também é super bacana e mais parece com o fluxo de adrenalina sendo interrompido antes de se espalhar no cérebro. "Me perco nesse tempo" tem como marca registrada a massa sonora que cobre os vocais de Nasi e Scandurra. O disco prossegue com o "semi-hino" dos IRA! maníacos "É assim que me querem", música que até hoje faz ferver os shows da banda. A porrada "Que fim levou Paris!" com os soturnos vocais de Nasi prepara o ouvinte para a versão violenta do antigo sucesso na voz do Rei Roberto "Você não serve pra mim" provando que desde sempre, quando o IRA! se propõe a fazer uma cover eles fazem bem feito. Falando em cover, "Haiô Silver" ganha uma versão de Nasi com banjo, gaita e muita guitarra. "Eu quero sempre mais" nos deixa respirar finalmente remetendo-nos a "Pictures of Lily" do The Who. E para não dizer que não falei de flores, Edgar Scandurra canta a bela balada "Girassol". Colocando novamente o pé no acelerador e contrastando com "...Como eu sou girassol, você é meu sol...", Nasi canta seu sentimento romântico para com alguém "Te odeio (isso é o amor)". O disco segue com "Difícil é viver" e nos brinda com mais uma cover, desta vez "The house of rising sun" dos Animals, numa versão muito mais rápida do que a original. Pra finalizar o disco empunha "Nasci em 62" em versão ao vivo gravada com a participação de Arnaldo Antunes.
O único ponto negativo do cd é que a primeira faixa, que é multimídia, é lida pelo cd player, e se você não lembrar de pular, a mesma faz aquela chiadeira. Hoje este disco tornou-se um tanto quanto difícil de ser encontrado nas lojas, mas você pode encontrá-lo no site da Paradoxx Music. Fica então a sugestão para que esta pérola seja conhecida pela nova geração que curte IRA! e, sobretudo, o Rock.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Ouça "Body Down", primeira música do projeto Stanley Simmons
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Régis Tadeu explica o que está por trás da aposentadoria do Whitesnake
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Os melhores álbuns de metal e hard rock em 2025, segundo o Consequence
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire



"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
A opinião de Humberto Gessinger sobre Nasi se posicionar politicamente em show
A diferença fundamental entre o Ira! e os Paralamas do Sucesso, segundo Nasi
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


