Ideologia Rock: O Golpe de Estado do Rock Nacional
 Por David Oaski
Por David Oaski
Fonte: Ideologia Rock
Postado em 21 de julho de 2013
Conheci o Golpe de Estado no ano passado, quando baixei o primeiro álbum da banda, homônimo, lançado em 1986. De cara não pude crer como aquela banda era pouco celebrada e reconhecida nos dias atuais, pois as melodias eram incríveis, as letras muito bem elaboradas e a banda possuía um entrosamento fantástico entre si.
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Minha curiosidade aumentou e segui ouvindo os outros álbuns da banda: "Forçando A Barra", de 1988; "Nem Polícia Nem Bandido", de 1989; "Quarto Golpe", de 1991; e "Zumbi", de 1994. A apreciação foi aumentando gradativamente a cada álbum, assim como a qualidade sonora da banda ia se aperfeiçoando a cada novo lançamento.
Na sua fase clássica, a banda era formada por Catalau (vocais), Paulo Zinner (bateria), Nelson Brito (baixo) e Helcio Aguirra (guitarra) e juntos faziam um hard rock cru, com pitadas de blues e até heavy metal, só que ao contrário da maioria de seus contemporâneos, faziam letras em português, sendo essas com uma qualidade invejável a bandas de maior reconhecimento na mídia. Pra se ter uma noção do respeito que o Golpe tinha na cena rock, eles tem parcerias com gente do naipe de Branco Melo e Arnaldo Antunes (Titãs) e Rita Lee, além de terem se apresentado ao lado do Ira!, entre outras bandas.
O ótimo vocalista Catalau também compunha a maior parte das letras da banda e escreveu coisas sensacionais, como "Paixão", "Olhos de Guerra", "Velha Mistura" e "Caso Sério". A cozinha formada por Zinner (que depois tocaria na banda da Rita Lee) e Nelson também é algo a ser destacado, pois além de muito entrosados preenchem devidamente cada espaço da melodia, que é capitaneada por Helcio, certamente um dos melhores guitarristas do Brasil, vide a variedade de riffs e qualidade dos solos da discografia do Golpe.
Por fazer um tipo de som visto pelas rádios e gravadoras como pouco acessível, o Golpe de Estado sempre ficou relegado ao segundo ou terceiro escalão do rock nacional, sendo pouco reconhecido fora da sua cidade natal, São Paulo. Enquanto bandas da época (segunda metade da década de 80) faziam um som mais comercial, como Legião Urbana, Capital Inicial, Biquini Cavadão e RPM, o Golpe preferiu seguir seus ideais e fazer aquilo que eles realmente acreditavam. No entanto, apesar da boa repercussão dos discos e shows bem requisitados em São Paulo, eles não chegaram perto de alcançar as massas como os outros citados.
Chega a ser revoltante ver tantas bandas medíocres fazendo sucesso dentro do cenário do rock nacional e notar como o Golpe de Estado nunca recebeu o devido reconhecimento, mas de qualquer forma, os álbuns e vídeos da apresentações estão na Internet pra qualquer um que tenha curiosidade localizar.
É fundamental ressaltar que a banda segue na ativa, com Helcio e Nelson da formação original, o talentoso vocalista Dino Linardi (Catalau virou evangélico e conta histórias parecidas com as de Rodolfo, ex-Raimundos) e Roby Pontes na bateria. Eles seguem fazendo diversos shows Brasil afora e lançaram um álbum ano passado: "Direto do Fronte", com participação de Dinho Ouro Preto no primeiro single: "Rockstar", que brinca com os perrengues da profissão de roqueiro que a banda conhece bem.
Se não conhece o Golpe de Estado, corra atrás do material, pois é hard rock do bom, feito por músicos honestos e talentosos, que seguiram ao pé da letra a ideologia rock n’ roll.
David Oaski
Disponível também em:
http://rockideologia.blogspot.com.br/2013/07/o-golpe-de-estado-do-rock-nacional.html
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