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Purpled by Marks: as metamorfoses do Deep Purple

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Fonte: Deep Purple.net e Wikipedia
Postado em 26 de março de 2013

O Deep Purple é uma banda hoje considerada clássica e icônica no Rock pesado. O que pouca gente sabe é que os diferentes chamados "marcos" da banda propiciaram a ela uma variação de estilo musical bem ampla, passando do Rock psicodélico e experimental dos anos 60 e início dos 70 e mais tarde construíndo sua fama com o Hard Rock para depois mudar seu approach novamente para uma sonoridade que ao mesmo tempo era Hard mas passava no meio dos anos 90 a adquirir nuances mais sulistas e pouco carregadas de peso.

Verdade seja dita, o Purple realmente é reconhecido pela maioria do público do Hard Rock como a banda de Blackmore, Gillan, Glover, Lord e Paice, a banda que gravou sucessos clássicos como "Highway Star", "Smoke on the Water", "Speed King" e para muitos também, a banda de Blackmore, Coverdale, Hughes, Lord e Paice, com seus clássicos "Burn", "Mistreated", "Stormbringer" e outras pedradas.

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Portanto o que eu pretendo mostrar aqui, aproveitando inclusive o ressurgimento da banda com seu mais novo álbum, "Now What?!", são as inúmeras facetas que o grupo adquiriu durante sua longa existência, sejam essas muito ou pouco reconhecidas, para que principalmente as pessoas que pouco conhecem o grupo também possam começar a apreciá-los. Este é o guia que irei construir para que o fã de Rock e Metal esteja mais familiarizado com essa que é uma das bandas mais importantes que a história do Rock já conheceu.

Vamos então separar adequadamente a história da banda pelos seus marcos (MKs), que acho a separação mais adequada para ela, sem falar que é a mais usada por todas as pessoas que a curtem.

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MK 1 (1968-1969):

Integrantes:

Rod Evans - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Nick Simper - baixo
Jon Lord - teclado e órgão
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

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Essenciais ao vivo:

Uma sonoridade ainda bastante primária e minimalista, com nuances experimentais e tendência à prática do Rock psicodélico e ao som Progressivo, contendo uma grande gama de covers com o estilo e assinatura da banda nessa época é o que nos oferece a primeira encarnação do Deep Purple.

Por que vale a pena conferir?

"Porque é o Deep Purple?" Não, mas sim porque é uma fase no mínimo interessante. O minimalismo do som, por mais contraditório que possa parecer, faz os arranjos musicais serem bem ricos em harmonizações e nos traz uma banda ainda à procura de sua própria identidade, como o terceiro disco claramente nos mostra. Essa é uma fase do Purple que pode se assemelhar muito à sonoridades de grupos como Pink Floyd, Caravan ou ELP, essa veia sonora é latente, apesar disso o Purple já nos dá sinais bem claros da sonoridade que os fez ficarem conhecidos, aquela pesada, com riffs marcantes, melodias pesadas e solos alucinantes.

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Músicas que caracterizam esse marco:

Aqui teremos que dar exemplos isolados, pois existem as covers, portanto será o único marco em que vou dividir os exemplos.

Covers:

- Hush

- Help

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- River Deep, Mountain High

Originais:

- Mandrake Root

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- Anthem

- The Painter

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MK 2

Integrantes:

Ian Gillan - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Roger Glover - baixo
Jon Lord - teclado e órgão
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

Fase 1 (1969-1973):

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Fase 2 (1984-1989):

Fase 3 (1993):

Essenciais ao vivo:

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Este é o marco mais querido e icônico da banda, aquele pelo qual o grupo ficou realmente imortalizado na história. Pergunte a qualquer pessoa fã de Rock e mais especificamente fã da banda e qualquer um irá dizer algo como "comece pelo Machine Head" ou então "ouça o Made in Japan". Esta é a força que este marco tem, seu poder de fogo está impresso em cada nota tocada, cada solo, cada arranjo e cada esgoelada furiosa que o "silver throat" Ian Gillan dava em seu microfone. O som pesado aqui praticado e eternizado ainda faz parte do imaginário de qualquer pessoa. O grande destaque desse marco em especial, certamente é a primeira fase, em que a banda se encontrava em seu mais absoluto auge.

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Por que vale a pena conferir?

Por todas as razões exemplificadas anteriormente e mais: esta formação foi a que demonstrou a melhor química entre os seus integrantes, tanto em termos musicais quanto em termos dinâmicos nos shows. Claro, exceto pela fase 3, em que os nervos já estavam acabados e já não havia mais espaço para a química, porém, tudo isso é mais do que verdade se levarmos em conta as duas fases anteriores desse que foi realmente um verdadeiro marco na história da banda e do Rock pesado.

Músicas que caracterizam esse marco:

- Speed King

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- Child in Time

- Black Night

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- Demon's Eye

- Highway Star

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- Smoke on the Water

- Lazy

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- Woman from Tokyo

- Knocking at Your Back Door

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- Perfect Strangers

- Bad Attitude

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- The Battle Rages On

- Anya

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MK 3 (1973-1975):

Integrantes:

David Coverdale - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Glenn Hughes - baixo, vocais
Jon Lord - teclado e órgão
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

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Essenciais ao vivo:

A terceira fase da banda pode ser considerada como talvez a segunda mais querida fase por todos os fãs, especialmente porque conta com o "cobra branca" David Coverdale e o baixista e também vocalista Glenn Hughes. Com dois vocalistas, a banda então alcançaria altos voos, pois a forma de impôr a voz de Coverdale faria as partes sonoras mais cruas enquanto que a potente e estridente voz de cantor soul de Hughes ficaria responsável pelas partes agudas, os berros que Gillan dava nas músicas. O duo se provou certeiro também nas composições novas, onde se destacaram bastante e deram uma guinada no som da banda muito mais puxado para o Metal, um som bem mais agressivo, algo que pode ser classificado como próximo do som do Whitesnake que conhecemos hoje. Tanto é que Coverdale até hoje canta músicas de sua época do Purple em shows da banda.

Por que vale a pena conferir?

Eu poderia apenas dizer que é porque é uma das melhores fases do Purple em toda a história da banda, e este motivo por si só já é suficiente; porém também destaco imensamente a química da banda ao vivo como se pode ver nas turnês europeias da época assim como o fato de que este foi o embrião que originou mais tarde o Whitesnake, banda de Coverdale da qual Jon Lord e Ian Paice também fizeram parte durante um período inicial. E isto não é somente interessante como também épico e avassalador na humilde opinião desse que vos fala. Creio que para que você, querido leitor não se deixe influenciar pelo meu enorme fanatismo pelo Purple ou o Whitesnake, apenas me resta voltar à primeira afirmação que fiz nesse parágrafo. É uma das melhores fases da banda e todo fã de Hard Rock deve ir atrás.

Músicas que caracterizam esse marco:

- Burn

- Mistreated

- Stormbringer

- Lady Double Dealer

- Soldier of Fortune

MK 4 (1975-1976):

Integrantes:

David Coverdale - vocais
Tommy Bolin - guitarra
Glenn Hughes - baixo, vocais
Jon Lord - teclado e órgão
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

Essenciais ao vivo:

A quarta fase da banda, e uma das mais conturbadas além da Fase 3 da MK 2, foi uma fase curta mas que produziu bons frutos, apesar de ter terminado tragicamente. Após esta fase, o Deep Purple "acabaria" pela primeira vez. Tommy Bolin tinha a ingrata tarefa de calçar os sapatos que um dia foram de Ritchie Blackmore. Felizmente, pelo menos em estúdio, o guitarrista fez bonito e produziu alguns clássicos para a posteridade, mas ao vivo... seu envolvimento com as drogas às vezes o deixava impossibilitado de tocar, mas outras vezes ele conseguia produzir bons resultados, o problema é que o último show com esta formação realmente sinalizou o fim da banda, de tão terrível que foi a empreitada, fim esse que durou pelo menos até os anos 80. Para completar, Bolin morreria de intoxicação no mesmo ano que a banda acabou, pondo assim o que muitos acreditavam ser um fim definitivo na banda, já que Blackmore estava com seu Rainbow, Coverdale estava no Whitesnake e Gillan estava com sua banda solo. Naquele momento não haveria mais Deep Purple. Pelo menos não até a ressurreição do monstro em 1984, na forma da clássica e icônica MK 2 de que já falamos, após um longo período de turbulências e farsas mal explicadas por parte do ex-vocalista Rod Evans.

Por que vale a pena conferir?

Vale muito a pena ter contato, mesmo que breve, com a brilhante passagem e performance de Bolin no Purple, pois ele certamente não era um Blackmore, longe disso, mas era igualmente fantástico. Quando ele estava bem, sua interação com a banda era impecável, suas contribuições atingiram a alta expectativa que era esperada. Além do mais vale assistir os últimos momentos de Coverdale e Hughes na banda, antes de seguirem caminhos separados, juntos com os remanescentes da banda e Bolin para um último momento marcante em suas carreiras juntos. O final dessa jornada deles juntos pode lá não ser bonito, mas a jornada em si é sim algo fantástico e que jamais será repetido por ninguém.

Músicas que caracterizam esse marco:

- Gettin' Tighter

- Dealer

- This Time Around / Owed to 'G

- You Keep on Moving

MK 5 (1989-1992):

Integrantes:

Joe Lynn Turner - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Roger Glover - baixo
Jon Lord - teclado
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

Essenciais ao vivo:

Nenhum! A banda simplesmente não deixou nenhum registro ao vivo oficial dessa formação. Porém, se você é curioso e gosta de escarafunchar a internet à procura de bootlegs raros, há uma ou duas opções por aí que podem satisfazer sua curiosidade, como esta:

Com o despacho de Ian Gillan do Deep Purple novamente, a banda assume nova identidade sonora e novos rumos com seu novo vocalista Joe Lynn Turner, advindo do Rainbow de Ritchie Blackmore em sua época mais comercial. Aliás, a sonoridade da banda aqui não é nada mais do que isso, uma cópia do Rainbow comercial, ou como os fãs gostam de falar, esta é a "rainbowrização" do Purple. E para desgosto de Blackmore, o golpe acabou não dando certo mesmo, porém rendeu mais visibilidade à Turner que acabaria tendo uma razoavelmente boa carreira solo e mais tarde até trabalharia em parceria com outro ex-membro da banda, Glenn Hughes no famoso Hughes/Turner Project.

Vale a pena conferir?

Humm... sim e não. De fato, as opiniões divergem aqui. Claro, há desapontamentos no caminho, e o fato de uma banda como o Purple que gravou clássicos como "Smoke on the Water" e "Highway Star" estar precisando atualizar seu som para o Pop Rock dos anos 80 para sobreviver é de fato preocupante, mas também existem algumas gemas que a banda gravou nesse período e que merecem ser conferidas. É preciso que deixemos claro que se alguém ainda espera que a banda volte a sua glória e consagração dos anos 70, bom, isso é algo que não vai mais voltar a partir daqui. Em termos desse marco, temos por vezes de fazer vista grossa ao fato do disco levar o nome "Deep Purple", se conseguir fazer isso, até que achará o único trabalho gravado pela banda nesse período um bom disco de Rock oitentista, nada mirabolante mas bom, do contrário, é melhor não se arriscar.

Músicas que caracterizam esse marco:

- King of Dreams

- Fire in the Basement

- Fortuneteller

- Wicked Ways

MK 6 (1993-1994):

Integrantes:

Ian Gillan - vocais
Joe Satriani - guitarra
Roger Glover - baixo
Jon Lord - teclado
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

Nenhum!! Não há absolutamente nenhum registro em estúdio do Deep Purple com Joe Satriani.

Essenciais ao vivo:

Também nenhum! Mas como já disse antes, há sempre para os curiosos as opções de bootlegs, como este:

O sexto marco da banda aconteceu por acidente. Ritchie Blackmore, mordido e indignado com os rumos da banda simplesmente a deixou no meio da turnê do disco The Battle Rages On..., só que a banda ainda tinha que cumprir contratos de shows no Japão e finalizar seus compromissos. Portanto resolveram ir rapidamente atrás de um novo guitarrista e por sorte encontraram Satriani, que ficou durante um ano fazendo turnê com a banda como músico convidado. O rumo musical aqui simplesmente não se altera em relação à MK 2, apenas a guitarra ganha outras nuances com a entrada de Satriani, mas nada que represente uma mudança ou transição.

Vale a pena ir atrás?

Honestamente? Só pela curiosidade mesmo. Sim, Satriani confirma sua posição de excelente guitarrista com a banda e salva a pátria aqui, preparando terreno para a futura entrada de Steve Morse na banda, e com a saída de Blackmore, a banda até se sentiu mais livre para colocar nos sets dos shows com Satriani, músicas que não tocavam com Blackmore há tempos. Sim, Satriani deu novo vigor para a banda seguir caminho. Mas nada além disso. Vale somente como um pedaço interessante de história da banda mas que pode facilmente ser saltado, uma vez que o próprio Satriani não mostrava disposição para assumir compromissos com a banda permanentemente, como ele mesmo disse, apesar de ter sido convidado. E sim, ele faz juz ao legado da banda, mas basicamente se limita a fazer o que já estava estabelecido antes na banda em termos de arranjos, apenas sendo ele mesmo nos solos, essa é a única diferença. Fãs e admiradores do trabalho do Satriani como eu, ou talvez você que me lê, podem achar muito legal conferir esse pedaço de história do Purple. Outras pessoas podem não achar assim tão interessante.

Uma observação importante de se fazer: durante o período com Satriani, existiram pessoas pagantes dos shows que descobriam na última hora que Blackmore não estaria presente e se recusavam a ir ao show, pedindo seu dinheiro de volta. Opiniões a parte, por aí já dá pra se ter uma grande idéia da força e da importância incontestável do legado de Blackmore para a banda. É fato. Portanto é natural que a sua ausência vá causar estranheza para muitas pessoas a partir de então.

Músicas que caracterizam esse marco:

Também nenhuma. No entanto, colocarei aqui algo para registro histórico e para satisfazer a curiosidade de muitos de como a banda soava com Satriani:

- Ramshackle Man

- Maybe I'm a Leo

- When a Blind Man Cries

MK 7 (1994-2002):

Integrantes:

Ian Gillan - vocais
Steve Morse - guitarra
Roger Glover - baixo
Jon Lord - teclado
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

Essenciais ao vivo:

E aqui começa a sétima encarnação do Purple com o guitarrista que figura até hoje na formação da banda, Steve Morse. Com Morse, o Purple contraiu uma sonoridade um tanto diferente daquela que tinha no passado. Sem mais a influência e a sombra clássica de Blackmore, o Purple enveredou por uma sonoridade bem mais sulista, bastante característica da outra banda de Morse, o Dixie Dregs. O resultado é muito bom, na minha opinião e dá um sopro de ar fresco na sonoridade da banda, mantendo ela atual e relevante, especialmente no álbum em que Morse estréia. O som da banda ainda assim mantém o seu relativo peso, mas a guitarra adquire nuances bem diferentes daquela que os fãs de Blackmore estavam acostumados. Tem gente que gosta muito, tem gente que odeia. Independente de que lado você esteja, verdade seja dita: o próprio Blackmore tem sua parcela de culpa, uma vez que ele tentou lá atrás levar a banda para rumos não tão agradáveis na MK 5. A aceitação de Morse pelo público não foi tão fácil, mas com o tempo muita gente viria a aprovar sua chegada, especialmente após o seu álbum de estréia com a banda ser lançado.

Por que vale a pena conferir?

Lembra aquele ditado que diz "seja você mesmo"? Pois é, tanto Bolin quanto Satriani seguiram essa receita e atingiram seus objetivos, cada um a seu jeito e a seu momento. O mesmo pode ser dito aqui sobre Morse. Ele não tenta de forma alguma emular Blackmore, aliás ele se esforça para deixar bem claro para todos de que ele não é Blackmore e essa foi a razão pela qual sua entrada na banda deu tão certo. E aqui está a resposta da pergunta, vale a pena conferir esse marco por conter sabores e nuances diferentes e variadas das formações anteriores. Morse não tenta jamais estuprar o núcleo sonoro da banda de suas raízes, no entanto toca a seu jeito, com sua personalidade e com ela conquista muitas pessoas, dando um novo frescor ao som da banda. O som do Purple aqui está um pouco mudado, mas ainda assim continua contagiante, divertido e por vezes emocionante.

Músicas que caracterizam esse marco:

- Vavoom: Ted the Mechanic

- Sometimes I Feel Like Screaming

- The Aviator

- A Castle Full of Rascals

- The Purpendicular Waltz

- Almost Human

- Watching the Sky

MK 8 (2002-Presente):

Integrantes:

Ian Gillan - vocais
Steve Morse - guitarra
Roger Glover - baixo
Don Airey - teclado
Ian Paice - bateria

Álbums lançados:

Essenciais ao vivo:

Sai Jon Lord aqui devido ao cansaço dos anos e entra Don Airey, que já advinha do Rainbow e outras bandas conhecidas do mundo Metal. Aqui Morse já não é mais o "novato", cabendo agora a responsabilidade à Airey de provar que pode calçar as pesadas botas de Lord. E ele se sai muito bem, respeitando o legado da banda e dando sequência ao trabalho primoroso que Lord realizou no Purple desde a concepção da banda. Claro, assim como Morse, Airey não é Lord e não possui o mesmo carisma, mas consegue se sobressair bem na banda em seu disco de estréia junto aos velhinhos. Basicamente a sonoridade aqui dá seguimento àquela que se iniciou na banda quando Steve Morse assumiu a guitarra, com alguma alteração pequena ou outra.

Vale a pena conferir?

Bom, aquele sabor de novidade de quando Morse entrou já não está mais presente, então a pergunta que tem que ser feita aqui é "você gostou da nova sonoridade com Morse?" Se a resposta é sim, mergulhe de cabeça, caso contrário, esqueça. Morse e Airey aqui são a nova "dupla dinâmica" tomando para si a responsabilidade que anteriormente era de Blackmore e Lord. Claro, apesar de eu gostar bastante dos "novatos", jamais diria que superaram ou sequer chegaram perto de serem tão bons quanto foram seus antecessores, mas o que pode ser dito é que Morse e Airey durante estes últimos anos ajudaram a manter a chama da banda acesa e branda.

Músicas que caracterizam esse marco:

- House of Pain

- Sun Goes Down

- Silver Tongue

- Wrong Man

- Rapture of the Deep

- Hell to Pay

E eis que aqui termino meu artigo. O futuro da banda ainda é uma incógnita. Nosso saudoso Lord havia dito alguns anos atrás após sua saída que a banda continuaria seguindo em frente até que as baterias pifassem o motor de vez, dando um fim a tudo, e de acordo com Roger Glover algum tempo atrás, esse momento está mais próximo. Quer a banda dure mais uma ou duas décadas, quer acabe, não importa, seu nome já pertence à história do Rock, do Metal, da música e do mundo, com todas as suas metamorfoses, altos e baixos. São imortais ontem, hoje e continuarão sendo sempre, não importa o que aconteça num futuro próximo.

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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