Kamikaze: a lenda do Heavy Metal Nacional
Por Alex Ferreira
Fonte: kamikaze
Postado em 08 de janeiro de 2013
Em 1986 a cena roqueira de Belo Horizonte fervia, de Metal só havia sido lançado o split-album Sepultura/Overdose pelo selo Cogumelo Records. A cidade se agitava em grandes festivais de rádios, e era fundado o primeiro estúdio verdadeiramente de rock de BH: o JG Estúdio.
O Kamikaze formado por quatro jovens, Reginaldo Silva guitarra, Gustavo Duarte baixo, Guilherme Bizotto vocal e João Guimarães bateria, o que vinha ser uma das mais importantes bandas de Rock e Heavy Metal desde país, marcando com seu som contagiante gerações após gerações.
Oriundo do projeto Tribo de Solos, o estúdio começou suas atividades com o Sepultura (os dois primeiros LP's foram gravados lá), mas já lançava de forma independente o primeiro EP do grupo Kamikaze, que estourou nas rádios com "Machado de Guerra" e se tornou o hino de toda uma geração de roqueiros do Brasil.
1. Trilha do Metal
2. Força Motriz
3. Machado de Guerra
4. Agora É Com Você
O EP continha outros petardos como "Trilha do Metal", "Força Motriz" e "Agora é com você". Após participar de uma coletânea da BMG "Rock Forte".
O Kamikaze gravou seu primeiro álbum intitulado "Kamikaze II", em 1990 pela Cogumelo Records.
1. Jogo Sujo
2. Blues De Ninguém
3. Guerra Do Pó
4. Viva Por Você
5. Machado De Guerra
6. Hey Amigo
7. Roleta Russa
8. You Can Blow It With Your Fingers
O texto abaixo de autoria do jornalista e crítico Kiko Ferreira indica bem a qualidade do som feito pelo Kamikaze.
Cinco anos depois de surgir no então efervescente cenário do rock mineiro o Kamikaze mostra por que foram um dos mais bem sucedidos sobreviventes da chamada geração 80. Sem exibir a timidez entediante de alguns grupos ou a petulância estéril de falsos veteranos, o grupo faz um rock sanguíneo, virulento, onde os decibéis funcionam a favor da música, num equilíbrio surpreendente.
O Kamikaze não guarda no bolso modernismos inconsequentes ou postura de aluguel. Vive o rock com o frescor dos anos 70, a tecnologia dos anos 80 e a postura honesta que parece direcionar a arte e a própria vida dos 90. A formação básica do baixo, bateria, guitarra, vocal, não permite truques baratos. É tocar direito, sem vacilos e com perfeita integração das partes. E com o talento dos quatro, isso fica fácil.
A voz potente de Guilherme Bizotto à frente, duelando com a guitarra de Reginaldo Silva ganha sólido apoio do baixo marcante de Gustavo e da bateria experiente de João Guimarães. Seja denunciando o vale-tudo do jogo sujo do poder (Jogo Sujo), a ruidosa guerrilha urbana (Machado de Guerra – Guerra do Pó) ou anunciando prazeres da música (Blues de Ninguém), o Kamikaze mostra que tem estilo e que está no caminho certo.
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