Wishbone Ash: Rock 'n' Roll se faz com "suor".
Por Leonardo M. Brauna
Fonte: wikipedia
Postado em 29 de novembro de 2012
Dois irmãos GLENN e MARTIN TURNER do condado de Devon, Inglaterra uniram-se a STEVE UPTON (um jovem músico que havia feito trabalhos entre a Alemanha e o país britânico) para formarem uma banda. Deram a seu grupo o nome de EMPTY VESSELS, trocando-o logo em seguida para TANGLEWOOD. O ano era 1966, os três rapazes para conseguirem mais atenção saem de sua cidade rumando para Londres.
Lá encontraram muita dificuldade em divulgar a sua música e a falta de apoio quase os fez desistir quando como num passe de mágica receberam um convite para abrir o show do THE YARDBIRDS. Na platéia estava um homem chamado MILES COPELAND que se impressionou com o som do TANGLEWOOD, então se ofereceu para ser empresário da banda. Um dos irmãos, GLEN, decidiu voltar para a sua terra natal, mas MARTIN e STEVE resolveram ficar em Londres acompanhados de MILES.
Para cobrir a lacuna deixada o empresário começou a fazer uma convocação pela cidade a fim de encontrar um guitarrista. DAVID TED TURNER e ANDY POWEL agradaram à dupla, então eles escolheram usar as duas guitarras, o som "Rock" da banda com as duas novas aquisições passou a ter mais influências do "Soul" levadas por POWEL, e DAVID usava uma linha mais "Bluesy". O quarteto agora percebeu que pelos motivos da mistura musical, tinham que mudar de nome, foi aí que em 1970 começa a trajetória do WISHBONE ASH.
O recomeço também não foi fácil, Londres estava amarrotada de artistas procurando espaço, mesmo assim eles ensaiavam as músicas para o "primeiro" show. MILES "sentou" com o produtor do DEEP PURPLE e conseguiu um contrato, o "cartola" gostou muito da música do grupo e os encaminhou à Decca Records com boas indicações. Na época enquanto quase todas as bandas disputavam a tapas um contrato no "império americano" o WISHBONE ASH conquistou logo de primeira. A sorte estava lançada.
No mesmo ano o ‘Debut’ auto intitulado saia, o segundo, "Pilgrimage", veio em 1971, na turnê eles fizeram shows abrindo para o THE WHO. O momento foi tão "mágico" para banda que nesse período músicas como "Time Was" e outras foram compostas para o seu maior clássico, o álbum "Argus" de 1972. Nessa época a revista "Melody Maker" o escolheu como o melhor disco de 1972.
Agora com mais respaldo do público e da mídia, a banda sai para compor o seu quarto álbum, para isso pegaram todo o seu material e foram para longe da cidade preferindo se isolar. O lugar escolhido era mesmo bem rústico se limitando em uma cabana longe de TV, rádio ou telefone. (alguém se lembrou da pré-produção do LED ZEPPELIN III?) o resultado desse confinamento foi "Wishbone Ash Four", em 1973.
O primeiro ao vivo veio em seguida, "Live Dates". Essa foi a última turnê para DAVID TED TURNER, sendo substituído por LAURIE WISEFIELD (ex – HOME). A estréia de LAURIE foi em "There’s the Rub" (1974) gravado na terra do Tio San. As coisas mudaram ainda mais, e a banda a partir daí adotou os EUA como seu novo lar.
Os ingleses assinaram com a Atlantic Records, e mais duas obras foram lançadas, "Locked In" em 1975 e "New England" também de 1976 precedido de mais um ao vivo, "Mother of Pearl: Live", esse já foi o segundo nesse formato no mesmo ano. Em 1977 resolveram "desacelerar" mais o som, e lançam um álbum com mais destaque vocal e "sofisticação", "Front Page News".
Em 1978 a banda retorna às raízes com "No Smoke Without Fire". O álbum contém canções escritas principalmente por LAURIE e MARTIN, esse também foi produzido pelo mesmo produtor de "Argos", DEREK LAWRENCE. Já em 1979 o grupo chama NIGEL GREY para produzir o próximo, "Just Testing" que saiu em 1980. Mais um membro fundador pula fora, agora foi a vez de MARTIN, entrando em seu lugar o baixista JOHN WETTON (ex – KING CRIMSON, URIAH HEEP). Ele faz a sua estréia em "Number the Brave" de 1981 fazendo vocal em uma das faixas. O baixista então não continua na banda que vai para o ASIA dando lugar a TREVOR BOLDER. Nesse período a cantora CLAIRE HAMILL também integrava a banda.
Em 1982 o grupo investiu numa musicalidade mais pesada em "Twin Barrels Burning", gravado no "Sun Studios" esse registrou pegou "carona" com a NWOBHM que a própria banda serviu de influência atingindo o 22º posto no Reino Unido. Em 1983 BOLDER vai para o URIAH HEEP deixando a vaga para o ex – TRAPEZE, MERVYN SPENCE. A característica "Metal" ainda era presente em "Raw to the Bone" (1985), e esse trabalho não fez o W.A. atingir posições nas paradas, em seguida, depois de onze anos na banda, LAURIE pula fora sendo substituído por JAMIE CROMPTON (ex – SUZI QUATRO)que não demorou muito a ceder o posto para PHIL PALMER. A "turbulência" não pára por aí, no início de 1986, SPENCE também sai e é substituído por ANDY PYLE (ex – KINKS).
MILES COPELAND que com o passar do tempo havia conseguido contrato para produzir o THE POLICE e aberto o próprio selo, "IRS Records", entrou em contato com ANDY POWELL e DAVID TED TURNER mais uma vez e fez a volta da formação original do WISHBONE ASH para o álbum "Nouveau Calls" (1987), MARTIN TURNER também retornara, assim o time ficou completo mais uma vez. O álbum impressiona o público por ser todo instrumental e a turnê coloca a banda novamente em grandes palcos. Em 1989 "Here to Hear" é lançado e ele traz de volta os vocais que haviam sido dispensados no álbum anterior. Suas músicas foram escritas pelos fundadores MARTIN e TED TURNER.
A virada da década foi marcada pela saída do último membro original até então "intacto", STEVE UPTON que anunciava a sua aposentadoria, para acompanhar a banda foi escolhido o baterista ROBBIE FRANCE que entrou em estúdio e até fez alguns shows, mas a banda resolveu contratar RAY WESTON. "Strange Affair" (1991) foi o álbum lançado dessa formação que credita os dois bateristas. Em 1992 com a saída definitiva de MARTIN TURNER da banda, entra em seu lugar o baixista ANDY PYLE que tocou com ela antes da reunião. Sai o ao vivo "Wishbone Ash Live in Chicago", e em 1994, TED TURNER vai embora novamente, ANDY POWELL então consegue entrar para o "G20" dos melhores guitarristas de todos os tempos da revista Rolling Stone.
Entre lançamentos ao vivo e coletâneas, o grupo só entrou em estúdio novamente em 1996 com "Illuminations", sua formação era: ANDY POWELL (vocal, guitarra), ROGER FILGATE (Vocal, baixo), MIKE STURGIS (bateria) e TONY KISHMAN (vocal), além dos convidados: MARK TEMPLETON (teclados), MIKE MINDEL (teclados) e PAUL AVGERINOS (teclados, backing vocal). Foi um momento difícil para a banda tento que receber "apoio financeiro" dos fãs para produzir o álbum.
"Trance Visionare" foi lançado em seguida e dividiu o gosto do público pelo ritmo "Dance" do álbum, por outro lado ele foi muito aceito no Reino Unido figurando algumas de suas músicas no "Top 100" das "danceterias" daquela região. Como essa experiência levou resultados positivos, em 1997 resolveram "atacar" novamente com outro lançamento "Techno", "Psychic Terrorism". É uma espécie de continuação do anterior que tem como membros: POWELL (guitarra, vocal), MARK BICH (guitarra, vocal), BOB SKEAT (baixo) e RAY WESTON (bateria).
O próximo estudiado é um acústico lançado em 1999, "Bare Bones" que faz algumas releituras de clássicos, assim como outras canções. Para este álbum a banda trouxe alguns convidados como a ex-vocalista CLAIRE HAMIL e um conjunto de músicos que os acompanharam na turnê até 2000 para comemorar o trigésimo aniversário. O disco foi produzido pelo próprio POWELL. Em 2001 BEN GRANFELD substitui MARK, e de "bem" com os fãs eles saem para cumprir a extensa agenda. "Bona Fide" de 2002 é o álbum de inéditas desde "Illuminations", também foi o único que contou com o guitarrista GRANFELD, a banda sai em excursão com SAVOY BROWN para a maioria das datas nos EUA. BEN resolveu ausentar-se para investir na sua carreira solo, assumindo em seu lugar, MUDDY MANNINEM que era seu professor. Nesse álbum também trabalha BOB SKEAT no baixo.
Já em 2006 o registro foi "Clan Destiny" com a estréia de MUDDY. Em 2007 WESTON deixa o grupo alegando não ter mais disposição para trabalhar em turnês constantemente e que queria se dedicar em algo diferente chega então JOSEPH CRABTREE (ex – PENTAGRON) para comandar as baquetas. Ele completou os compromissos da banda na América e estreou o novo álbum, "The Power Eternity" em 2007. Só em 2011 os britânicos lançaram o seu último trabalho, "Elegant Stealth", que conta com dois convidados ilustres, DON AIREY (DEEP PURPLE, OZZY OSBOURNE, BLACK SABBATH) e PAT McMANUS (MAMAS BOYS, CELTUS, PAT McMANUS BAND). O disco foi gravado na Inglaterra com o produtor TOM GREENWOOD ao lado de POWELL, as mixagens foram feitas na Alemanha. Nele contém uma faixa escondida, "Invisible Thread" que começa após um minuto do término do álbum.
Em 2004 MARTIN TURNER fundou um grupo paralelo e deu o nome de MARTIN TURNER’S WISHBONE ASH que vem lançando álbuns desde então. A banda toca o catálogo do W.A. e já gravou DVDs, discos ao vivo e um estudiado em 2008. Em agosto de 2012 em Bedfordshire, TED TURNER, LAURIE WISEFIELD e STEVE UPTON se juntaram ao grupo de MARTIN e fizeram uma apresentação para convidados, tendo quatro integrantes da formação clássica. Bom para os fãs que têm aí agora duas bandas WISHBONE ASH para contemplar.
[an error occurred while processing this directive]DISCOGRAFIA:
1.Wishbone Ash (1970)
2.Pilgrimage (1971)
3.Argus (1972)
4.Wishbone Four (1973)
5.Live Dates (1974)
6.There's the Rub (1974)
7.Locked In (1975)
8.The King Will Come: Live(1976)
9.New England (1976)
10.Mother of Pearl: Live (1976)
11.Front Page News (1977)
12.No Smoke Without Fire (1978)
13.Just Testing (1980)
14.Live Dates II (1980)
15.Number the Brave (1981)
16.Twin Barrels Burning (1982)
17.Raw to the Bone (1985)
18.Nouveau Calls (1987)
19.Here to Hear (1989)
20.Strange Affair (1991)
21.The Ash Live in Chicago (1992)
22.Live in Geneva (1995)
23.Illuminations (1996)
24.Trance Visionary (1997)
25.Psychich Terrorism (1998)
26.Bare Bones (1999)
27.Live Dates III (2000)
28.Bona Fide (2002)
29.Almighty Blues Live (2003)
30.Clan Destiny (2006)
31.The Power of Eternity (2007)
32.Elegant Stealth (2011)
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