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Cantil 64: motocicletas & rock n' roll no interior gaúcho

Por Paulo Finatto Jr.
Fonte: Whiplash!
Postado em 26 de junho de 2011

Na década de sessenta, o jornalista norte-americano Hunter Thompson (1937-2005) conviveu por um ano com o ousado grupo de motoqueiros Hell’s Angels. O resultado da extravagante experiência conquistou certo reconhecimento nas páginas de "Hell’s Angels – Medo e Delírio sobre Duas Rodas" (1965), o retrato mais completo sobre o fenômeno das gangues de motociclistas e o seu envolvimento com a contracultura da época. A obra, que é considera um clássico do new journalism, nunca cogitou a possibilidade de que, quase cinquenta anos depois, o movimento ainda conquistasse adeptos mundo afora.

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O pacato município de Glorinha – distante cerca de 40 km da capital gaúcha – é a prova de que a fama do Hell’s Angels gerou consequências que o escritor norte-americano nunca imaginou que um dia se concretizaria. O bar Cantil 64, inspirado nos estabelecimentos de beira de estrada da famosa Route 66, é um espaço distinto e dedicado exclusivamente ao público que aderiu à filosofia das motocicletas e do rock n’ roll dos anos setenta. De certo modo, a ideia nasceu a partir de um antigo sonho de Iver Daneo, 47 anos, que possui em seu atelier de marcenaria a sua verdadeira fonte de renda. "Sempre curti nesse negócio de motocicleta e rock n’ roll. Ou seja, nada mais natural do que ter um bar desses como meu hobby", revela o proprietário durante a visita que fizemos em maio passado.

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Para concretizar o sonho de muitos anos, Daneo investiu cerca de R$ 100 mil na reforma do imenso casarão, construído praticamente na beira da rodovia Free-Way, principal acesso que liga a capital gaúcha às demais cidades da região metropolitana. Como o Cantil 64 não nasceu com a ambição de ser a principal atividade de seu proprietário (que é um restaurador artístico reconhecido inclusive internacionalmente), não existe por trás do bar a necessidade do retorno financeiro imediato. "Espero o prestígio de quem curte essa filosofia de vida. O bar está em ascensão e se o negócio for autossuficiente já é o bastante para mim", define Daneo. Na inauguração do estabelecimento, em dezembro de 2010, cerca de oitocentas pessoas visitaram o Cantil 64 para conhecer o local e assistir o show do renomado grupo gaúcho THE TRAVELLERS.

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De certo modo, a pequena cidade de Glorinha (que não possui mais do que sete mil habitantes) precisava de um lugar que pudesse servir como referência para o público aficionado não apenas pelas motocicletas, mas principalmente pelo rock n’ roll. O Cantil 64, que pode ser apontado como um projeto pioneiro sem outros representantes e concorrentes inclusive na capital gaúcha, ainda almeja conquistar o rótulo de point obrigatório para o movimento em todo o estado. "Existia a necessidade de um lugar assim por aqui. Quem está na estrada, com a sua moto, provavelmente gostaria de encontrar um bar, no estilo norte-americano e dedicado ao rock n’ roll", define Daneo. As palavras do proprietário traduzem a verdade. O público do Cantil 64 é constituído por moradores da região metropolitana e arredores, que encontraram no bar o que Hunter Thompson descreveu como o ambiente que motivou o surgimento da contracultura norte-americana quase cinquenta anos atrás.

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Hell’s Angels vs. Sem Remorso

Não só do rock n’ roll e das bebidas alcoólicas que vive o Cantil 64. A casa, onde por anos funcionou um restaurante de comida italiana e passou mais de uma década com as portas fechadas, serve como sede do grupo de motociclistas Sem Remorso, que Iver Daneo faz parte. Certamente, a relação íntima com a motocicleta foi fundamental para que o marceneiro concretizasse o sonho de um dia abrir um bar como o Cantil. Para ele, falta espaço para os motociclistas no Rio Grande do Sul. "Esse público, mais do que nunca, aproveita um momento econômico aquecido. A prova é o encontro que realizamos para os fãs de Harley-Davidson aqui, que reuniu mais de oitenta pessoas", destaca Daneo.

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A filosofia old school do Sem Remorso, comprovado a partir do estilo customizado das motos ou através do modo característico que os seus integrantes se vestem, vem aproximado o grupo a outros apaixonados pelas motocicletas, independente de serem membros de motoclubes ou não. O ódio e a violência incontrolada que marcaram a ascensão e a queda do Hell’s Angels no passado não representam o dia a dia do Sem Remorso, constituído atualmente por onze membros. Pelo contrário, o que se percebe é uma amizade forte e praticamente rara nos dias de hoje. "Recentemente, acolhi três viajantes. Eles dormiram, tomaram banho e se alimentaram aqui no bar", conta Daneo.

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A segurança do local – com estacionamento próprio e fechado – assim como da região (que possui índices de criminalidade baixíssimos) é o fator que permite uma tranquilidade ímpar para os que estão de passagem pelo bar. Não há dúvidas de que os motociclistas que veem o Cantil 64 na beira da estrada ficam empolgados e se apaixonam pelo estabelecimento.

Rock n’ roll e muitas outras coisas no cardápio

Em funcionamento às quintas e às sextas a partir das 19h, o bar possui uma proposta verdadeiramente diferenciada aos sábados. Nesses dias, a casa abre às 11h e oferece duas ou três opções de almoço por um valor de, em média, R$ 12. A experiência de colocar bandas ao vivo à tarde e à noite vem funcionando satisfatoriamente bem e agradando o público, principalmente o de meia-idade adepto à filosofia da motocicleta. De acordo com o proprietário, os mais velhos não costumam frequentar o Cantil 64 pelas madrugadas adentro. "Isso acontece porque Glorinha ainda tem características interioranas. No entanto, estamos trazendo um público seleto, já que a gente sabe que a cultura do rock n’ roll não é para todos", define Daneo.

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Se o repertório semanal da casa parece bem definido – o Cantil 64 não abre precedentes para gêneros populares como o sertanejo universitário ou até mesmo para o pop/rock (apesar dos constantes assédios) –, Iver Daneo ainda se mostra aberto ao que deve formar o cardápio definitivo da casa. "Além dos petiscos, nossas cozinheiras estão capacitadas para preparar o que os clientes quiserem, como carreteiro de charque, feijoada, mocotó e até mesmo aquele sopão para os dias mais frios do ano", afirma. Para atender o público, rotulado de "muito exigente" pelo proprietário da casa, o Cantil possui uma completa carta de vinhos e uma imensa lista de destilados e de cervejas, praticamente de todas as marcas e de todos os tipos. Além disso, "se um grupo grande programar e quiser vir para cá, temos a estrutura para fazer churrasco e até pratos especiais, como peixes e saladas variadas", complementa Daneo.

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A verdade é que os frequentadores do Cantil 64 experimentam uma viagem única dentro do bar. É como se entrássemos em um túnel do tempo e resgatássemos toda a cultura dos anos sessenta, tanto na música como no visual do estabelecimento. O bar temático segue a estética das motocicletas e das pin-ups, além de ser uma espécie de show-room para o trabalho de Iver Daneo, que construiu em seu atelier cada objeto decorativo encontrado dentro do estabelecimento que comporta tranquilamente mais de mil pessoas em sua área interna e externa.

O público fiel do bar, que possui uma cultura musical bem definida, vem em busca do rock n’ roll clássico, que costuma ser executado por bandas novas e alternativas. Os grupos de rockabilly e de blues costumam se apresentar frequentemente no bar, que possui um repertório sonoro verdadeiramente amplo, que varia desde os hits do CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL até os DVDs mais recentes de nomes modernos como BLACK LABEL SOCIETY e MÖTLEY CRÜE.

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No caminho para virar uma referência

Por mais que ainda esteja em processo de fidelizar o público e cobrir os custos – que giram em torno de R$ 3 a R$ 4 mil por mês – o Cantil 64 certamente já cravou o seu nome em Glorinha como um lugar não só para os motociclistas, mas para os que amam ama a essência do rock n’ roll. "A ideia é que o Cantil seja mesmo um ícone no Rio Grande do Sul e, por que não, no Brasil. Tanto é que no fim do ano queremos fazer um encontro sul-americano para os apaixonados por Harley-Davidson", antecipa Daneo. Se ainda não conquistou nem a metade do prestígio que merece, o Cantil 64 é uma iniciativa que satisfez, acima de qualquer outra coisa, os desejos pessoais de seu proprietário. "Ver que isso faz um monte de gente feliz não tem preço. Estou tranquilo e feliz porque todos vêm aqui querendo voltar. Acredito que fiz minha parte", defende.

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Se a marcenaria é o trabalho diário de Daneo, o bar é a sua maior paixão. Atualmente, ele passa mais tempo no Cantil 64 do que na sua própria casa e não esconde que, se um dia o estabelecimento virar a sua atividade principal, será bem-vindo. "A repercussão do bar está incrível. Já recebi duas propostas de empresários de Porto Alegre e de Florianópolis para levá-lo para as cidades. Realmente encanta as pessoas, mas não surgiu com a pretensão de virar um grande negócio. Se acontecer, ótimo", reflete. O retorno financeiro realmente não é uma prioridade do Cantil 64 – ao ponto de Daneo ainda não ter se preocupado com a divulgação do local. Porém, a programação completa encontra-se disponível no site do bar, que ainda pode se reservado para eventos fechados e encontros empresariais.

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Em contrapartida, o bar ainda sofre com o preconceito de uma cidade tipicamente interiorana e pouco acostumada com o cotidiano do rock n’ roll. "Os moradores de Glorinha olham para esse espaço como lugar sinistro. Tem gente que vem só espiar e vai embora, com medo. Eles possuem ainda aquele estereótipo na cabeça, do rock n’ roll relacionado com as drogas, do motociclista com a agressividade. Eles ficam chocados", conta Daneo. Porém, o proprietário do Cantil 64 conta que nunca enfrentou maiores problemas por causa da filosofia de vida adotada pela casa e pelos integrantes do Sem Remorso. "Tanto é que realizamos um encontro de motocicleta em parceria com a prefeitura. Os políticos daqui sabem que o Cantil é hoje uma referência para Glorinha, que traz pessoas de fora para cá. É uma das poucas atrações culturais da cidade", defende.

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Não há dúvidas de que o Cantil 64 não é um boteco qualquer. Os moradores de Glorinha, sobretudo os mais jovens, estão descobrindo o rock n’ roll e retirando o tapa-olho do preconceito cultural a partir do que Iver Daneo vem fazendo pelo gênero e, ao mesmo tempo, pelos motociclistas do Sem Remorso. Se os mais novos estão deixando de frequentar os tradicionais bailes de música sertaneja da região para se aprofundar nas raízes mais viscerais do rock n’ roll, o público mais velho também marca a sua presença, sobretudo às quintas. No entanto, para o proprietário "ainda é muito cedo para dizer que existem frequentadores assíduos. São pessoas que está conhecendo uma cultura rica, que se contagiam e que quase sempre voltam".

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Com todo um leque de facilidades oferecidas pela casa, como o sistema informatizado para o uso de cartão de crédito/débito e o estacionamento gratuito, o Cantil 64 quer agora ampliar a sua programação, sobretudo musical, com shows de bandas conhecidas pelos fãs do gênero. O espaço físico de quatro mil metros quadrados pode ser ampliado, mas por enquanto esse é um plano que ainda não passa pela cabeça de Iver Daneo. "Queremos agora realizar grandes eventos, sem deixar de valorizar as bandas que estão nos apoiando e a ajudando a manter o bar", explica Daneo.

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Da sacada do Cantil 64 é possível ver duas imensas chaminés que, mesmo durante a noite, não param de funcionar. Elas são da fábrica Fibraplac, que produz painéis em MDF utilizados na criação de diversos móveis e pisos domésticos. No entanto, Iver vê a paisagem ao redor do bar com outros olhos e faz questão de passar adiante o seu inusitado ponto de vista. "Digo para as pessoas que são os navios ancorados no porto do rio Mississippi", conta Daneo. O Cantil 64 até pode estar em Glorinha, no interior gaúcho, mas o seu espírito rock n’ roll anda de motocicleta no país em que nasceu o escritor Hunter Thompson e grupo Hell’s Angels.

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O show

Por volta da meia-noite a banda MR. BREEZE entrou em cena, no palco montado ao fundo do Cantil 64. O espaço, relativamente mais amplo se comparado com as casas da capital gaúcha, proporcionou uma disposição mais inteligente e menos apertada dos oito integrantes de um dos principais tributos ao LYNYRD SKYNYRD do país. Homero Oliveira (vocal), Pedro Leão, Robson Rodrigues e Gabriel Dau (guitarras), Guilherme Borsa (baixo), Guilherme Mittmann (teclado) e JP (bateria), que ainda contaram com as vozes de apoio de Flávia Moreira e Julia Lucas iniciaram o repertório da noite com "That’s How I Like It", uma das mais potentes faixas do álbum "Vicious Cycle" (2003).

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Embora a plateia do Cantil 64 não fosse expressiva – em razão da chuva que caiu durante todo o dia ou pelo fato do bar ainda estar conquistando o seu público – os poucos presentes deixaram transparecer o seu carinho pelo rock n’ roll setentista e, principalmente, pelo LYNYRD SKYNYRD. Na sequência, os anos de Ronnie Van Zant com a banda foram abordados através das clássicas "Whiskey Rock-A-Roller" e "Saturday Night Special". Entretanto, as duas faixas foram intercaladas com "Simple Man" – que é sempre um momento ímpar nas apresentações da MR. BREEZE – e pela aplaudida "On the Hunt". Em seguida, "Gimme Back My Bullets" e o hino "Sweet Home Alabama" vieram antes de "Call Me the Breeze" e de uma pequena pausa para descanso.

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Na volta da MR. BREEZE ao palco do Cantil 64, pequenos problemas técnicos – que à medida que um amplificador foi queimado foram ficando cada vez maiores – prejudicaram a sequência do espetáculo. Depois de "The Needle and the Spoon" e "Don't Ask Me No Questions", o grupo passou a atuar com apenas dois guitarristas. O som da casa, regulado de modo inconstante, variava demais e comprometia um pouco a performance dos caras. Porém, o grupo conseguiu dar a volta por cima e mostrou consistência técnica apesar dos contratempos. Na sequência, "Gimme Three Steps" e "I ain’t the One" conquistaram os mais fanáticos pelo grupo norte-americano, ao mesmo tempo em que "I Know a Little" e "That Smell" agradaram os mais saudosistas.

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Não há dúvidas de que os funcionários da casa – assim como os motociclistas do Sem Remorso – eram os mais empolgados com a apresentação da banda tributo ao LYNYRD SKYNYRD. Porém, os poucos frequentadores do local se surpreenderam com a impactante versão de "Tuesday’s Gone" assinada pelos gaúchos, provavelmente um dos principais destaques da noite. Depois de "Travellin’ Man", a MR. BREEZE comprovou o quanto domina toda a discografia da banda homenageada: a "nova" "Still Unbroken" (de "God & Guns, 2009) e "Red White and Blue" foram executadas antes da derradeira despedida com a épica "Free Bird". O encerramento foi certamente o ápice do show: os mais bêbados e os mais exaltados se concentraram em frente ao palco (pela primeira vez durante todo o espetáculo) e vibraram com cada solo da música.

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Para provar que é uma das bandas mais queridas do Cantil 64, o grupo retornou ao palco da casa para uma pequena brincadeira com os motociclistas presentes. Com a ida de Robson Nunes para a bateria e com um corajoso membro do Sem Remorso no posto de vocalista, a Mr. Breeze emendou "Born to Be Wild" (STEPPENWOLF) e "Rock n’ Roll All Nite (KISS). Em uma performance visceral, o grupo deixou Cantil 64 com a certeza de ter proporcionado mais uma grande noite ao público de Glorinha e arredores. Porém, antes de ir embora uma cortesia oferecida pela casa aos músicos e a esse que acompanhou a banda mais uma vez: uma magnífica feijoada e um ótimo carreteiro servido a nós todos por volta das 4h30 da manhã.

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Cantil 64 (em negrito)
Avenida Quatro de Maio, 563. Glorinha (RS)
http://www.cantil64.com.br

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Sobre Paulo Finatto Jr.

Reside em Porto Alegre (RS). Nascido em 1985. Depois de três anos cursando Engenharia Química, seguiu a sua verdadeira vocação, e atualmente é aluno do curso de Jornalismo. Colorado de coração, curte heavy metal desde seus onze anos e colabora com o Whiplash! desde 2000, quando tinha apenas quinze anos. Fanático por bandas como Iron Maiden, Helloween e Nightwish, hoje tem uma visão mais eclética do mundo do rock. Foi o responsável pelo extinto site de metal brasileiro, o Brazil Metal Law, e já colaborou algumas vezes com a revista Rock Brigade.
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