Gathering
Postado em 06 de abril de 2006
Por Marcelo Carvalho
Traduzido e editado a partir do release de "Nighttime Birds"
A banda mais famosa da Holanda, a The Gathering, traz uma nova agradável surpresa a cada álbum lançado. Durante os 10 anos que estiveram juntos, a banda buscou sempre fazer um som para mexer com o interior, subconsciente e aura do ouvinte.
Formada em outubro de 1989, a The Gathering começou sua carreira com um som que lembrava muito o Celtic Frost e o Hellhammer antes de mudarem suas influências para um som mais atmosférico e experimental. Lançado em junho de 1992, seu disco de estréia, "Always...", tornou-se um grande hit no continente europeu. Seguindo o seu antecessor, o álbum "Almost a Dance" apresentou um trabalho menos centralizado nas guitarras, o que ocasionou as reações inesperadas do público.
Insatisfeitos com a direção musical de seu vocalista, a banda passou a procurar um vocal que incorporasse as idéias dos músicos. Então uma moça de 21 anos chamad Anneke van Giersbergen entra na banda, por ter a personalidade e visão musical que complementava perfeitamente as idéias do grupo. Ansiosos para incorporar elementos musicais de bandas como Dead Can Dance, Slow Dive e Pink Floyd no seu "metal atmosférico", a The Gathering optou por permitir que o vocal emotivo de Anneke se tornasse o centro de suas músicas.
Após assinarem um contrato com a gravadora Century Media, a banda entra em estúdio para a gravação de "Mandylion", uma inspirada criação que uniu o talento musical dos músicos com o talento do produtor Waldemar Sorychta.
Ao mesmo tempo sombrio, reminescente e emotivo, o álbum "Mandylion" serviu como um chamativo dentro de um mar de músicas despojadas de paixão.
Eles dividiram suas experiências mágicas com milhares de outros através de shows por toda a Europa, incluindo aparições em grandes festivas tais quais o Dynamo Open Air e o Pink Pop Festival. O ano de 1997 trouxe o álbum "Nighttime Birds", uma jornada de incontáveis momentos extra-corporais que vêm através de músicas que falam de memórias de muito tempo atrás, objetivos abandonados há muito e amores mal resolvidos.
Algum tempo depois do lançamento de "Nighttime Birds", usufruindo de diversos estúdios em Amsterdam, Holanda, e trabalhando com o produtor Attie Bauw, "How to Measure a Planet?" foi concebido de uma maneira inconvencional mas ao mesmo tempo moderna. A liberdade gerada pelo trabalho dentro de um "estúdio virtual" levou a revisões e re-interpretações constantes de cada música, dando a The Gathering a inspiração para lançarem dois álbuns inteiros, o que levou a Century Media a lançar o primeiro verdadeiro álbum duplo de sua história (este foi vendido pelo preço de um CD simples).
A atmosfera de "How to Measure a Planet?" é muito diversa, às vezes muito progressiva e às vezes extremamente pesada. Incorporando mais elementos dramáticos, "How to Measure a Planet?" é um "vácuo musical" que é tão lindo quanto euforicamente destruidor. Das 14 faixas presentes no disco, algumas são totalmente orientadas a dar uma atenção maior às guitarras, enquanto outras são centralizadas mais nos teclados e nos sons computadorizados.
Sem definir o álbum como "conceitual", uma sensação de viagem é rapidamente percebida. Ao ouvir The Gathering, esteja preparado para uma viagem espiritual e psíquica.
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