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Peter Frampton

Por Márcio Ribeiro
Postado em 06 de abril de 2006

Em 1976, o inglês Peter Frampton se tornou a maior sensação do ano, vendendo 13 milhões de copias de um disco, em um ano, um récorde sem precedentes até então. Cantor e guitarrista de incrível talento, seu momento de ápice sumiu quase tão rápido quanto apareceu. Mesmo assim, é difícil encontrar alguém que não conheça seu nome.

Peter Frampton nasceu em 22 de Abril de 1950 na cidade de Beckenham, em Kent, na Inglaterra. Aos sete anos, ouvindo um recital de piano pelo rádio com seus pais, ele seguidamente se queixa de que "algo está errado com este piano." Seus pais não compreendem a sua reclamação até que ao final da apresentação, o locutor da estação se desculpa, pois, como ele passou a informar, durante a execução, uma folha de partitura caiu e repousou sobre as cordas do piano. A partir daí, seus pais perceberam que seu filho tinha um ouvido especialmente sensível para música.

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Aos oito anos, Peter ganhou de presente um ukulele, espécie de cavaquinho havaiano, e sozinho aprendeu uma série de músicas infantis, todas de três acordes. Seu gosto musical incluía Cliff Richards, cujas músicas fariam parte de seu repertório em uma apresentação escolar que também incluiria sua primeira composição própria, um instrumental. Aos nove anos ganhou seu primeiro violão, passando a ter aulas de violão clássico, que embora não fosse a música que ele queria tocar, lhe deu a disciplina e moldou a técnica que, mais tarde, Peter iria desenvolver.

Paralelamente ao material clássico, Frampton ouvia e executava material de B. B. King e Buddy Holly. Os resultados desta mistura de influências e técnica mostraram-se frutíferas quando, ainda aos dez, Peter foi aceito como guitarrista convidado na obscura banda The Little Ravens, composta por colegas bem mais velhos de sua escola. Quem passou a cantar com ele foi o então desconhecido David Jones, mas tarde rebatizado David Bowie, que admirava o menino que já tocava bem melhor do que o guitarrista fixo de sua outra banda, George & the Dragons. O pai de Peter era professor de Bowie, então no 2º Grau.

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Aos onze Peter formou sua primeira banda, the Truebeats, compondo então uma serie de instrumentais que formaria o grosso do repertório. Frampton e Bowie tocariam juntos ocasionalmente durante todo o período de ginásio e 2º Grau, até Bowie sair da escola. Ainda conhecido como Davie Jones, Bowie seguiria sua carreira entrando e saindo de bandas até que com os King Bee's, assina com a Vocalion Records. Frampton, três anos mais novo e ainda na escola, igualmente teria ainda em 1964, o inicio de sua carreira profissional.

Perto de completar quatorze anos, o pequeno fenômeno teve moral para ser aceito em uma outra banda, The Preachers, que tocava uma mistura de material entre funk, soul, blues e rock ‘n’ roll. Seu baterista era Tony Chapman que tocara com os Rolling Stones em uma de suas primeiras formações e era amigo antigo de Bill Wyman. Chapman ao apresentar the Preachers a Wyman, é imediatamente contratado para a sua produtora, a Freeway Music. Wyman acaba produzindo o primeiro compacto dos Preachers, como também contratando Chapman e Frampton como músicos de estúdio para outras produções.

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Em 1966, Frampton, então com dezesseis anos, deixaria a escola e entraria no the Herd, obtendo no ano seguinte um contrato com uma gravadora, a Fontana Records. O primeiro compacto do the Herd seria "From the Underworld", um hit que atrai a atenção das revistas teens, que passam a explorar os dotes físicos do guitarrista. O disco de estreia da banda, "From the Underworld" foi seguido em 1968 com "Paradise Lost" e "Lookin' Thru You". Os hits "Paradise Lost" e "I Don't Want Our Loving to Die" garantem mais idolatria teen onde Peter Frampton é declarado "o rosto" (the Face) de 1968.

Peter não demora a se cansar da atenção excessiva da mídia para sua boa aparência e pouco reconhecimento quanto a seu trabalho como músico. Embora ele e o tecladista Andy Bown compusessem a maior parte do material da banda, o som do the Herd tinha que primeiro satisfazer o gosto e aspirações comerciais de seus empresários, que cada vez mais, obrigam gravações de baladas com arranjos orquestrais. Frampton, insatisfeito, deixa the Herd no final do ano.

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No Ano Novo de 1969, Steve Marriot se apresenta pela última vez com sua banda Small Faces. Pouco depois, ele e Frampton se reúnem, com mais Greg Ridley (baixo) e Jerry Shirley (bateria), para formar o Humble Pie na primavera de 1969. A banda, que toca uma mistura de blues, folk e rock, acaba se tornando uma das primeiras "guitar bands" da nova era do rock a abrir a década de setenta. Marriot, ainda sob contrato com a Immediate Records, lança pelo selo o álbum de estreia de sua nova banda, "As Safe As Yesterday Is". Com a Immediate Records indo à falência, seguida de uma mudança de empresário, Humble Pie assina com a A&M Records em 1970.

Excursionando pelos Estados Unidos, a banda se torna a primeira a se apresentar no Shea Stadium desde os Beatles, abrindo para o Grand Funk. Seu novo empresário, Dee Anthony, usa como estratégia de marketing, a de botar a banda excursionando continuamente, abrindo shows de diversas bandas, até conseguir um publico cativo.

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É no Humble Pie que Peter Frampton desenvolve muito do que seria o som e estilo que marcaria sua carreira. Pode-se dizer que no início Peter Frampton era um aprendiz de Steve Marriot, que lhe ensinou muito sobre como se comunicar com o publico ao vivo. Mas no que se refere ao repertório, Peter como co-fundador, tinha voz ativa em peso de igualdade dentro da unidade. O empresário Antony passa a aconselhar Marriot a puxar a banda mais para o heavy rock e blues, direção oposta do repertório mais melódico que Frampton gostava de dar à banda. Com "I Don't Need No Doctor", Humble Pie consegue seu primeiro hit nos Estados Unidos, ganhando maior aceitação no mercado americano. Porém três anos e cinco álbuns depois, Peter tinha sido transformado em apenas o guitarrista, toda a criatividade musical estando efetivamente nas mãos de Mariott. Percebendo que suas composições melódicas estão servindo cada vez menos para a banda, Frampton prontamente deixa o grupo. Menos de dois meses depois, sai o lançamento do disco ao vivo "Performance - Rockin' The Filmore", que venderia horrores e transformaria o grupo em um mega sucesso.

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Tarde demais para voltar atras, Peter se casa com sua namorada desde os tempos de escola, Mary Loveitt, e se muda para Nova York, onde trabalha como músico de estúdio para diversos artistas, entre eles George Harrison e Harry Nilsson. Seu contrato com a A&M Records continuava válido e a gravadora ainda tinha interesse nele, o que facilitou muito o lançamento em 1972 de seu primeiro disco solo "Wind of Change". O disco apresenta uma coleção de rocks e baladas que em reflexão, mostra um artista em busca de seu som. Peter volta a excursionar e viver na estrada, o que efetivamente se torna um peso em seu casamento. Sua banda, batizada Frampton's Camel, é também o nome de seu segundo disco, lançado em 1973. Membros incluem o ex-Spooky Tooth Mick Kellie na bateria, além de Mickey Gallagher e Rick Wills, tecladista e baixista respectivamente.

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Peter acabaria se divorciando e pouco depois passa a testar um novo aparelho, o talk box, que lhe permite fazer sua guitarra falar ou se preferir, ele falar com som de guitarra. Deprimido com a esterilidade de sua carreira solo, ele desmonta Frampton's Camel e tira alguns dias de férias indo para as Bahamas, onde compra uma casa. Estando lá, com sua atual namorada Peggy McCall, em um mesmo dia, acaba por compor duas canções que iriam mudar sua carreira. De manhã ele compos a música para "Show Me The Way" e à tarde, enquanto assistia o sol se por, compôs letra e música de "Baby I Love Your Way".

Ao voltar das ferias, grava praticamente sozinho o álbum "Frampton", tocando órgão, baixo, guitarra, piano, teclados, talk box, e vocais. Seu velho parceiro do the Herd, Andy Bown se responsabiliza pela maior parte dos teclados e do baixo e John Siomos fica com a bateria e percussões. Frampton também assina a produção do disco. Seu empresário Dee Anthony, percebendo que a falta de hits em sua carreira poderia limitar as possibilidades do selo continuar com o artista, revive a mesma estratégia que executou com o Humble Pie em seu inicio; excursionar incansavelmente e depois gravar um disco ao vivo.

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Embora não sendo um hit, o álbum "Frampton" chegaria em 1975 a disco de ouro, muito graças a disposição de Peter de levar o trabalho para uma longa temporada na estrada. Peter Frampton abre shows para toda banda possível e imaginável nos Estados Unidos, desde ZZ Top, Black Sabbath, Rod Stewart e J. Giels Band. Em San Francisco, resolvem gravar a apresentação que seria realizada em Winterland, famoso reduto roqueiro desde os tempos da psicodelia.

Depois de selecionado e mixado, uma audição para Jerry Moss, dono do selo, foi marcada para que ele possa ouvir e aprovar o material. Ao final, Moss pediu para ouvir mais e com isso o disco "Frampton Comes Alive" se tornou um album duplo. Ao ser lançado, se tornou a coqueluche do momento, vendendo a incrível soma de um milhão de cópias na primeira semana. Frampton, que estava ainda em meio a uma excursão, abrindo para outros artistas, passa, da noite para o dia, a ser atração principal. O álbum se tornaria o disco mais vendido na historia do rock até então. "Frampton Comes Alive" continua sendo até o presente, o disco ao vivo sem material inédito mais vendido na história, com cerca de 13 milhões de cópias vendidas, só nos Estados Unidos. Ao final de 1976, Peter Frampton terá levantado entre vendas de discos e ingressos para seus concertos, cerca de 70 milhões de dólares, se tornando o artista de maior sucesso do ano.

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Não querendo nem podendo parar e prestar atenção para detalhes financeiros, Frampton autoriza seu empresário a contratar uma verdadeira equipe de conselheiros financeiros e contadores enquanto Peter, aproveitando ao máximo o sucesso, continua excursionando. Cansado e querendo férias, ele é forçado pela gravadora depois da excursão a entrar direto para o estúdio e gravar às pressas seu proximo disco. Em função do sucesso absurdo de "Frampton Comes Alive", a A&M já tinha contabilizado pedidos de três milhões de cópias para o próximo álbum. Assim, 1977 trouxe o LP "I’m In You", um disco razoável, e que vendeu bem, embora pouco em contraste com seu predecessor.

No mesmo ano, Peter é convidado a participar junto com os Bee Gees em um filme cuja historia seria baseado nas músicas dos Beatles, chamado Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. Frampton recusa a oferta até receber uma ligação de Robert Stigwood confirmando a participação de Paul McCartney no filme. Frampton, acreditando que a participação de Paul daria autenticidade à película, assina o contrato concordando em atuar. Somente durante as filmagens ele descobre que o mais perto que ele chegará a um Beatle, será Billy Preston.

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Depois das filmagens, Peter resolve aproveitar o verão e descansar, indo para sua casa de praia em Nassau, nas Bahamas, onde encontraria com sua namorada Peggy McCall. Ele então descobre que enquanto ele estava trabalhando, ela, vivendo às suas custas, estava dando inúmeras festas, regadas a whiskey e cocaína, e morando com outro rapaz em sua casa. Peter, abalado emocionalmente, pega o seu carro e começa a correr pelas estradas estreitas da ilha. Pelo caminho, ele acerta um muro, cruza a pista e encontra uma arvore do outro lado.

Do hospital em Nassau ele foi transferido para um hospital em Nova York. Desacordado o tempo todo, Peter Frampton em estado grave, havia quebrado quase todas as costelas, as mãos e os pés; exibia uma fratura exposta no braço direito, com o osso perfurando a pele na altura perto do ombro; tinha um corte profundo que ia da testa do músico até quase o centro da cabeça, e perdeu alguns dentes da frente. Ainda se recuperando no hospital, o filme Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band é lançado e se torna criticamente aclamado como o pior filme de todos os tempos. As carreiras dos Bee Gees como também de Peter Frampton sofreriam imensamente com a publicidade ruim deste filme. Seu empresário tentou manter Frampton nos olhos do publico, tendo sua foto seguidamente aparecendo em artigos de revistas diversas porém a tática acabou não funcionando como planejado. O publico ficou cansado de vê-lo.

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Depois que saiu do hospital, se recuperando em casa, na companhia dos pais, Frampton, agora estando com tempo de sobra, descobre que tem perto de $800 mil dólares a receber que nunca chegaram às suas mãos. Aos poucos, quanto mais ele vai escavando, mais vai descobrindo que apesar de ter contratado uma equipe para cuidar devidamente de suas finanças, ele fora traído. A revelação acabou com o ótimo relacionamento entre Peter e Dee Anthony. Peter contempla processar seu antigo empresário e amigo, mas desiste, em parte por reconhecimento de que dificilmente ele teria chegado ao sucesso sem sua ajuda. Peter também percebe que Anthony estava ainda mais quebrado do que ele. Anthony foi inteligente e correto em praticamente tudo relacionado à carreira do guitarrista, mas foi incompetente em assuntos financeiros.

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Agora, cuidando pessoalmente de suas finanças, o dinheiro que Frampton conseguiu levantar, ele resolveu aplicar na bolsa de valores. Depois de passar um período deprimido, parte para tentar recuperar sua carreira em 1982 com o disco "The Art of Control". Aceitando o conselho da gravadora, grava um disco puxando para new wave, o que parecia ser o caminho da música moderna. O resultado final foi um disco ruim e despersonalizado que só ajuda a sepultar ainda mais o seu nome no mercado. Pouco depois a gravadora dispensa o artista.

Sem gravadora pela primeira vez em sua vida desde a década passada, Frampton aceita seu destino com relativa serenidade. Sai de cena, casando com sua nova namorada Barbara Goldburg, em '83, que logo daria a luz a sua primeira filha, Jade. O casal se muda para o campo relativamente perto de Los Angeles e vivem uma vida bem modesta. Com a chegada da criança, a vida noturna de Peter acaba e ele passa a viver uma vida mais diurna de acordo com os horários de sua filha.

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Em 1986 Frampton consegue negociar um contrato com a Virgin Records, onde grava e lança o disco "Premonition". Monta uma banda e um show para ajudar a divulgar o disco, excursionando os Estados Unidos abrindo para Steve Nicks. No dia 19 de Outubro de 1987, a Bolsa de Valores tem queda recorde e o dia é lembrado como "Segunda-feira Negra". Peter Frampton perde tudo. Suas diversas residências, seus carros, até algumas peças de seu equipamento, incluindo algumas de suas guitarras, tiveram que ser vendidas. Peter passa então a buscar trabalho em Los Angeles como sessionman, trabalhando para outros artistas.

Certa noite David Bowie o procura para parabenizá-lo pelo seu disco. Na conversa com o velho amigo, Bowie pergunta a Frampton se ele pode reservar um tempo para gravar e fazer parte de sua banda. Frampton sabe o significado deste convite e tem seguidamente agradecido publicamente a David Bowie por esta tremenda e necessária oportunidade. Assim, em final de 1987, Bowie lança o disco Never Let Me Down com Frampton como seu guitarrista, passando o proximo ano participando do Glass Spider Tour. Frampton neste período está feliz, de volta a sua posição preferida, a de guitarrista principal, se apresentando novamente para um grande publico. E pela primeira vez em muito tempo, passa a ser reconhecido pela critica como um guitarrista talentoso.

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Depois deste trabalho, em 1990, Frampton e Steve Marriot se juntam novamente e começam a trabalhar em um material que deixa os dois artistas bastante empolgados. Infelizmente antes das gravações serem encerradas, em Abril de 1991, Steve Marriot morre durante um incêndio em sua residência. O material continua inédito até o momento. Frampton novamente entra em uma fase de depressão que culmina com a separação e divorcio de Barbara, sua segunda mulher.

Em 1992, Frampton acaba por montar uma banda nova e leva o grupo para a estrada. Durante a excursão, reencontra com uma velha amiga, Tina Elfers, com quem cassaria em janeiro de 1996, e com quem teria outra filha, Mia. Lança esporadicamente alguns Lp's, entre eles o "Frampton Comes Alive II" que passou quase despercebido e agora o mais recente, "Live in Detroit" tirado do seu show ao vivo no Pine Knob Music Theatre em Detroit, 17 de Julho, 1999. A banda nova é na verdade um conglomerado de velhos amigos. Bob Mayo nos teclados, Chad Cromwell na bateria, e John Regan no baixo, todos tendo tocado com Frampton em algum ponto de sua já extensa carreira.

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Com a virada do milênio, a fábrica de guitarras Gibson, lançou o modelo Frampton de guitarras, com ajuda e especificações vindas do próprio Peter Frampton. O modelo não foi ainda produzido em série e trata-se de um item para colecionador. Seu valor no mercado está no momento calculado em $6 mil dólares.

Peter é hoje pai de quatro crianças, e aparentemente aprendeu a dizer não quando precisa, colocando seus filhos em primeiro lugar na sua vida, antes mesmo de sua carreira. Continua gravando e ocasionalmente levando uma banda para a estrada, mas seu repertório está claramente mais para baladas do que um rock visceral. Mas ele será sempre lembrado como o primeiro guitarrista a vender mais de 13 milhões de cópias de seu álbum em um ano e, no processo, mudado a indústria fonográfica.

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Discografia:

The Herd

1967 From the Underworld
1968 Paradise Lost
1968 Lookin' Thru You

Humble Pie

1969 As Safe as Yesterday Is
1969 Town and Country
1970 Humble Pie
1971 Rock On
1971 Shine On
1971 Performance: Rockin' the Fillmore

Peter Frampton solo

1972 Wind of Change
1973 Frampton's Camel
1974 Something's Happening
1974 Frampton
1976 Frampton Comes Alive
1977 I'm in You
1979 Where I Should Be
1981 Breaking All the Rules
1982 The Art of Control
1986 Premonition
1989 When All the Pieces Fit
1994 Peter Frampton
1995 Frampton Comes Alive II
1995 Love Taker
2000 Live in Detroit

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Sobre Márcio Ribeiro

Nascido no ano do rato. Era o inicio dos anos sessenta e quem tirou jovens como ele do eixo samba e bossa nova foi Roberto Carlos. O nosso Elvis levou o rock nacional à televisão abrindo as portas para um estilo musical estrangeiro em um país ufanista, prepotente e que acabaria tomado por um golpe militar. Com oito anos, já era maluco por Monkees, Beatles, Archies e temas de desenhos animados em geral. Hoje evita açúcar no seu rock embora clássicos sempre sejam clássicos.
Mais matérias de Márcio Ribeiro.

 
 
 
 

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