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REM

Postado em 06 de abril de 2006

Biografia originalmente publicada no site Dying Days

Por Alexandre Luzardo

Atualizado por Fabrício Boppré, Natalia Vale Asari e Alexandre Luzardo

O R.E.M. marca o ponto exato na história do rock onde o pós-punk se torna rock alternativo. Desde o primeiro single "Radio Free Europe", lançado em 1981, gerou um movimento "de volta a garagem" no underground americano. Enquanto existiam um número grande de bandas hardcore e punk nos EUA durante o início dos anos 80, o R.E.M. trouxe de volta o pop-rock do fim dos anos 60 de uma maneira tão única que soava ao mesmo tempo tradicional e moderno. Embora não haviam grandes inovações em sua música, o R.E.M. tem uma identidade e uma atitude que transformou o underground americano.

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Ao longo dos anos 80, eles trabalharam incansavelmente, lançando discos todos os anos e turnês constantes em teatros e pequenos clubes. Levaram anos para o R.E.M. alcançar o topo das paradas, mas desde o início, desde o lançamento do EP Chronic Town em 1982, a banda vem conquistando a admiração e o respeito de seu público sempre crescente. Chronic Town estabelecia uma mistura de folk e garage rock que se tornaram a marca registrada da banda e pelos próximos cinco anos, eles continuaram a expandir sua música com uma série de álbuns aclamados pela crítica.

No fim dos anos 80, o público da banda havia crescido o suficiente para garantir grandes vendas, mas o grande sucesso comercial do álbum Document de 1987, puxado pelo single "The One I Love" foi inesperado, especialmente porque o R.E.M. pouco tinha mudado no seu som e na sua atitude diante da mídia. Após Document, a banda lentamente se tornou uma das mais populares do mundo. Após uma exaustiva turnê internacional em suporte ao álbum Green, de 1988, o R.E.M. parou com as turnês e se concentrou no estúdio, quando gravou seus álbuns mais bem sucedidos: Out of Time (1991) e Automatic for the People (1992).

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Depois de retornar as apresentações ao vivo, com a Monster tour em 1995, a banda foi reconhecida como um dos responsáveis pelo movimento do rock alternativo e foram recompensados com a mais lucrativa turnê de sua carreira. Ao final dos anos 90, o R.E.M. é uma verdadeira instituição, uma entidade, assim como sua influência é presente em gerações de bandas.

Embora o R.E.M. tenha sido formado na cidade universitária de Athens, Georgia em 1980, nenhum de seus integrantes nasceu na cidade. Mike Mills e Bill Berry estudaram juntos em Macon, tocando em várias bandas cover antes de se mudarem para Athens com a intenção de ingressar na Universidade da Georgia. Michael Stipe, que era filho de um militar, percorreu todo o país durante sua infância. Durante a adolescência descobriu o punk rock através de Patti Smith, Television e outros e começou a tocar em bandas cover de St. Louis. Em 1978 ele ingressou na Universidade da Georgia em Athens e passou a freqüentar a loja de discos Wuxtry. Peter Buck, nascido na California, era funcionário da Wuxtry e compulsivo consumidor de discos de rock, punk e jazz e na época, estava aprendendo a tocar guitarra. Dentro de pouco tempo, Stipe e Buck se tornaram amigos e passaram a trabalhar juntos, conhecendo casualmente logo depois Berry e Mills através de um amigo em comum. Em abril de 1980 a banda se formou, ensaiando algumas músicas próprias e alguns covers numa igreja abandonada. O primeiro show foi na própria igreja, durante uma festa para um amigo, o nome da banda ainda não era definitivo e eles se apresentaram usando o nome Twisted Kites. Em julho eles trocaram o nome para R.E.M., que surgiu de uma noite de bebedeira - os quatro escreveram todas as idéias possíveis no chão da igreja onde ensaiavam e no outro dia pela manhã eles eliminaram todas as possibilidades, restando duas alternativas: Negro Eyes e R.E.M. Não é necessário dizer que eles fizeram uma boa escolha. Logo em seguida eles conheceram Jefferson Holt, que se tornou manager da banda após testemunhar a primeira apresentação do grupo fora do estado da Georgia, durante um show na Carolina do Norte.

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Durante os próximos dois anos e meio, o R.E.M. percorreu todo o sul dos EUA em constantes shows onde eles tocavam de quinta a domingo, obrigando seus integrantes a abandonarem a universidade um por um. Durante o verão de 1981, o R.E.M. gravou seu primeiro single, "Radio Free Europe, no estúdio de Mitch Easter. Lançado pelo selo local independente Hib-Tone, "Radio Free Europe" foi prensado em apenas 1000 cópias, mas a maioria delas caíram nas mãos certas, pois a banda começou a ganhar prestígio devido a propaganda boca-a-boca e acabou virando um hit nas rádios universitárias. O single também atraiu o interesse de gravadoras independentes maiores e acabou caindo nas mãos de Jay boberg, presidente da gravadora I.R.S. Ele assistiu a um show da banda em New Orleans e ficou impressionado com a atitude da banda apesar de todos os problemas técnicos e uma certa indiferença do pequeno público presente no local. Em 31 de Maio de 1982 a banda assina contrato com a I.R.S. para lançar o EP Chronic Town que já havia sido gravado. O EP trazia boas músicas como Wolves Lower, Carnival Of Sorts (Boxcars) e Gardening At Night. Assim como o single, Chronic Town foi bem recebido, abrindo caminho para o álbum de estréia, Murmur de 1983.

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Com seu clima mais introspectivo e produção despretensiosa, Murmur logo chamou a atenção da crítica. A revista Rolling Stone escolheu Murmur o melhor álbum de 1983, superando os grandes nomes da época (Thriller de Michael Jackson e Synchronicity do Police). O disco tinha como destaques a própria Radio Free Europe (que ganhou uma batida mais "new wave"), Perfect Circle e Talk About The Passion. Murmur expandiu muito o público da banda, embora tenho recebido pouco destaque das rádios comerciais. Em 1984 o R.E.M. retorna a um som um pouco mais agressivo e direto com Reckoning, que trazia como destaque "So. Central Rain", grande hit nas College Radios. Nessa época a banda passou a ser conhecida por todo o underground americano por suas incansáveis turnês, as obscuras e indecifráveis letras de Michael Stipe e sua postura contida no palco, a guitarra característica de Peter Buck (com influências do punk ao country-rock de bandas como The Byrds) e até pelos enigmáticos encartes e capas de seus discos.

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Embora crescia o sucesso do R.E.M. no underground americano, a banda passou por turbulências durante as gravações do terceiro álbum, Fables of the Reconstruction, gravado em Londres com o produtor Joe Boyd (Fairport Convention, Nick Drake). Surgiram boatos de que a banda fosse acabar e Michael Stipe admitiu que o clima não era bom. Esse período difícil se refletiu no álbum, que tinha músicas com um clima bastante sombrio. O disco dividiu a crítica e até os próprios integrantes da banda (muito tempo depois, Bill admitiu que odeia esse álbum enquanto que Michael considera um dos melhores trabalhos da banda). O fato é que o prestígio do R.E.M. continuava a crescer entre os fãs e Fables atingiu a marca de 300.000 cópias, inédita até então. Os destaques do disco são Driver 8 e Green Grow The Rushes e mais uma vez, a banda não obteve divulgação das rádios comerciais e MTV. Dizia-se o som da banda não era convencional, os vocais ficavam "escondidos" em segundo plano e as letras eram muito desconexas.

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A banda resolve gravar seu próximo álbum com o produtor Don Gehman, que já havia trabalhado com John Mellencamp. Gehman, "limpa" o som da banda e traz o vocal de Stipe para o primeiro plano, fazendo de de Lifes Rich Pageant o disco mais acessível do R.E.M. até então. As críticas foram bastante positivas e os críticos previam que o brilhante single "Fall On Me" era a música mais promissora para que a banda conquistasse o espaço em rádios o sucesso que merecia. o que de certo modo não aconteceu, já que as rádios mais uma vez passaram o single adiante. Mesmo assim, Lifes Rich Page Pageant vendeu mais que o seu antecessor, e abriu o caminho para o sucesso mainstream.

O que não era exatamente o objetivo da banda, e sim o reconhecimento de um grande trabalho realizado ao longo dos anos. Michael disse que a banda poderia muito bem "compor uma música e gravá-la de uma forma que as rádios a aceitassem de braços abertos... mas o rádio ainda não está pronto para nós". Em abril de 1987 foi lançada coletânea de lados b, covers e raridades Dead Letter Office que contém todas as faixas do EP Chronic Town que já não estava em catálogo.

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Depois vários discos elogiadíssimos e constantes turnês, o R.E.M. tinha as portas abertas para o sucesso comercial, embora a banda jamais tenha se envolvido em grandes estratégias de marketing e pouco tinha alterado a sua postura e o seu som nesse meio tempo. De qualquer forma, o público da banda havia crescido muito e não foi tão surpreendente o fato do quinto álbum do grupo, Document de 1987 ter se tornado um hit logo após o seu lançamento. Produzido por Scott Litt - que iria produzir todos os discos da banda ao longo da próxima década - Document atingiu o Top 10 na parada de discos mais vendidos dos EUA e vendeu um milhão de cópias devido ao excelente single "The One I Love". O álbum também tinha como destaque a clássica "It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)". As letras passaram a ter uma importância maior no som da banda, muitas vezes adquirindo caráter político. Michael Stipe exagerou ao admitir que antes de Document, as músicas da banda não "tinham letras". As letras eram compostas muitas vezes de improviso, usando jogos de palavras onde ele dava muito mais importância a melodia do que ao significado. No ano seguinte a banda deixou a I.R.S. Records, assinando com a Warner Bros. por valores especulados em 6 milhões de dólares. A I.R.S. lançou a coletânea Eponymous (que contava com a versão original de Radio Free Europe como maior destaque) ainda naquele ano. O primeiro álbum pelo novo contrato foi Green, lançado também em 1989. Green continuou o sucesso alcançado por Document, vendendo dois milhões de cópias nos EUA e gerando os hits "Stand", Pop Song 89" e "Orange Crush". Nesse disco a banda ironizava com a música pop da época, principalmente com Stand (que Michael apresentava nos shows como sendo "a música mais idiota que já foi composta") e "Pop Song 89" e ao mesmo tempo trazia momentos mais introspectivos como na tocante "The Wrong Child". Após o lançamento de Green, o R.E.M. se lançou em uma exaustiva turnê internacional, a maior e mais desgastante turnê de sua carreira, onde eles tocaram seus primeiros shows em estádios nos Estados Unidos.

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Após o fim da turnê, a banda resolve parar por um tempo em 1990. Durante esse período, os integrantes da banda se dedicaram a projetos paralelos. O álbum Hindu Love Gods, gravado por Buck, Berry e Mills juntamente com Warren Zevon foi lançado. O R.E.M. se reuniu novamente no fim de 1990 para gravar seu sétimo disco, Out of Time, que foi lançado em março de 1991. Out of Time, que entrou direto no primeiro lugar das paradas americana e britânica, era uma mistura de folk e pop, com a incorporação de instrumentos acústicos que "ampliaram os horizontes" do som da banda. "Losing My Religion" foi o maior single do R.E.M. em todos os tempos e músicas como "Shiny Happy People" (uma espécie de Stand parte II, com melodia super alegre e participação de Kate Pierson do B-52's), "Radio Song" e "Near Wild Heaven" também foram destaques. A banda resolve não fazer turnê para esse disco, procurando evitar os efeitos desgastantes da turnê do álbum anterior, optando por fazer apenas apresentações esporádicas, como um acústico para a MTV (do tempo em que o Unplugged era apenas um especial de meia hora e não tinha os objetivos comerciais de hoje em dia). Mesmo sem shows, o álbum atingiu a impressionante marca de 4 milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos. Apenas um ano depois, o R.E.M. já estava de volta com Automatic for the People, lançado em outubro de 1992. Embora a banda tivesse prometido um álbum mais rock após Out of Time, Automatic for the People era calmo e reflexivo, com instrumentos acústicos ainda mais evidentes do que no álbum anterior. Algumas músicas contaram com arranjos orquestrados conduzidos pelo baixista do Led Zeppelin John Paul Jones. O disco também vendeu 4 milhões de cópias nos EUA, puxado pelos singles "Drive", "Man on the Moon" e "Everybody Hurts".

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Para o próximo disco, a banda finalmente retorna ao rock, lançando Monster em 1994. Embora o disco tenha sido concebido para ser uma espécie de volta as raízes, foi um período muito difícil para a banda. Em meio as gravações de Monster, Kurt Cobain mostrou que a sua frase "And I Swear that I don't have a gun" era uma mentira. A morte de Kurt afetou diretamente a banda, principalmente Michael Stipe, que era amigo de Kurt. Michael revelou que os dois tinham planos de gravar juntos (chegaram a trocar correspondências a respeito), o que Kurt pretendia que fosse uma mudança radical no som do Nirvana, experimentando com instrumentos acústicos. Já haviam combinado inclusive datas, mas Kurt desmarcou e desapareceu por uns dias. "Durante dias ninguém saiba onde ele estava. Eu sabia que logo viria um telefonema" conta Michael. Após a morte de Kurt, Courtney Love entregou ao R.E.M. uma guitarra desenhada por Kurt e fabricada pela Fender especialmente para ele. Mike Mills usou a guitarra na música "Let Me In", escrita em homenagem ao vocalista do Nirvana. A letra não deixa dúvidas: "I had a mind to try and stop you/let me in", claramente um apelo por contato com Cobain, marcada pelo sentimento de dor e perda.

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Lançado em outubro, o álbum novamente entrou no primeiro lugar nas paradas e vendeu mais quatro milhões de cópias com os hits "What's The Frequency Kenneth?" e "Bang And Blame". Desta vez, depois de um merecido descanso de seis anos, a banda volta a fazer turnê. Em dois meses de shows, começaram os problemas, o baterista Bill Berry sofreu um aneurisma e teve que se submeter a uma cirurgia onde inclusive correu risco de vida. No entanto, ele se recuperou em um mês e a turnê foi retomada depois de dois meses. Algum tempo depois, Mike Mills fez uma cirurgia para a retirada de um tumor intestinal, e em seguida Michael Stipe foi operado as pressas para remover uma hérnia. Somente Peter Buck escapou ileso da turnê, que apesar dos problemas, foi um enorme sucesso financeiro e rendeu ao grupo quase um álbum completo gravado na estrada durante os intervalos dos shows.

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O novo álbum New Adventures in Hi-Fi foi lançado em Setembro de 1996, logo após o anúncio da renovação do contrato da banda com a Warner pela quantia récorde de 80 milhões de dólares. A grande ironia foi que o álbum foi um fracasso comercial, não gerando nenhum grande hit (apesar da qualidade de músicas como "E-Bow the Letter" e "Bittersweet Me") e vendendo "apenas" um milhão de cópias enquanto que os três álbuns anteriores venderam quatro milhões.

Após New Adventures, a banda deu uma nova parada, com seus integrantes partindo para os projetos paralelos. Peter Buck era o mais ocupado deles, participando da banda de Seattle Minus 5, com conhecidos músicos da região e montando a banda free-jazz instrumental Tuatara com o baterista do Screaming Trees Barrett Martin. Michael Stipe montou a produtora de cinema Single Cell Pictures.

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Em outubro de 1997, o R.E.M. chocou seus fãs e a imprensa com o anúncio da saída do baterista Bill Berry. Embora os motivos não tenham sido revelados, especula-se que Berry saiu da banda amigavelmente levar uma vida mais tranqüila em sua fazenda, preservando sua saúde. O R.E.M. decide não substituir Bill e inicia as gravações do novo disco com a ajuda de bateria eletrônica e alguns bateristas convidados , como Barrett Martin e Joey Waronker (da banda de apoio do Beck). O resultado dessas seções é Up, um dos discos mais experimentais do R.E.M. O disco tem uma sonoridade bastante moderna, com uso de elementos eletrônicos. O disco foi bastante elogiado mas o público o recebeu com frieza, com Up vendendo apenas 500.000 cópias, o primeiro álbum da banda a não atingir um milhão de cópias logo após o lançamento desde Lifes Rich Pageant, de 1986.

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Em 2000, o R.E.M. participou do trilha sonora e ajudou a escrever o roteiro do filme "Man on the Moon" (O Mundo de Andy, no Brasil), sobre a vida do comediante Andy Kauffman, estrelado por Jim Carey e Courtney Love. A música "Man on the Moon", do álbum Automatic for the People, também escrita em homenagem a Andy Kauffman, foi incluída na trilha do filme.

Em janeiro de 2001 a banda apresenta-se no Rio de Janeiro, no RiR III. Neste primeiro show diante do público brasileiro, a banda apresenta duas novas músicas e o show é antológico. Ainda em 2001 é lançado o novo álbum, chamado "Reveal". O disco é muito bem aceito por crítica e público, e pode ser visto como uma mistura de tudo que a banda fez anteriormente, juntamente com os toques experimentais eletrônicos do disco anterior. Destacam-se faixas como "Imitation of Life" e "The Lifting".

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Após o lançamento de "Reveal", o R.E.M. grava o seu segundo acústico para a MTV americana, participa de um episódio dos Simpsons, contribui com duas músicas para a trilha do filme Vanilla Sky e embarca numa pequena turnê promocional. Numa das viagens, o guitarrista Peter Buck se involveu num incidente durante um vôo de Seattle para Londres e teve que responder processo judicial por comportamento inadequado. Já em 2002 começa a pensar em novas composições para o próximo disco. Mas o sucessor de "Reveal" ainda iria demorar muito para ser lançado, o álbum é esperado apenas para 2004.

No final de 2003, é lançada a coletânea "In Time: 1988-2003" com os maiores sucessos do R.E.M. na era Warner. O disco traz duas faixas inéditas: "Bad Day" e "Animal" e ainda inclui um encarte de 40 páginas com textos de Peter Buck e uma edição limitada com um CD extra com músicas raras e versões alternativas. Para divulgar o novo lançamento, a banda embarca numa grande turnê pela Europa e Estados Unidos, onde resgatou divesas músicas de seu repertório que há muito tempo não eram apresentadas ao vivo. O grande momento da turnê ocorreu em outubro em Raleigh, Carolina do Norte, que contou com um convidado muito especial: Bill Berry. O ex-baterista do grupo acompanhou Stipe fazendo backing vocal em "Radio Free Europe" e tocou bateria durante "Permanet Vacation", outtake do primeiro álbum "Murmur". Foi a primeira participação de Berry no R.E.M. desde sua saída em 1997.

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"In Time" vendeu bem, especialmente fora dos Estados Unidos, e oferece uma introdução ao trabalho da banda para quem ainda não a conhece, além de alimentar as expectativas dos fãs na espera pelo próximo álbum.

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