Resenha - Split Vision - Maryslim
Por Sílvio Costa
Postado em 14 de agosto de 2004
O Maryslim é mais uma banda sueca que gravou no famosíssimo estúdio The Abyss e contou com o talento de Peter Tägtgren na produção deste que é seu terceiro álbum. Entretanto, não vá pensando que se trata de mais uma banda de metal extremo, como tantas que têm saído daquele estúdio. O som desta banda é um despretensioso poppy punk, acrescido de alguns elementos de hardcore melódico. Para quem precisa de referências mais precisas, dá para situar o som apresentado neste CD como algo entre NOFX e Pennywise, passando pela fase mais recente do Bad Religion. Muito bom de ser ouvido hoje, quando o hype em torno do poppy punk californiano parece estar morto e enterrado e poquíssimas bandas daquela época sobreviveram, como, de resto, acontece com todos os modismos musicais.

São músicas muito simples, com uma pegada bem característica das bandas californianas de poppy punk da década passada, mas que consegue escapar da armadilha que levou muitos dos grupos surgidos naquela época ao esquecimento: o apelo descarado ao pop. Embora seja constante o flerte com sons mais "radiofônicos" estamos bem distantes de uma banda que vai cair nas graças da grade mídia, justamente por ser despretensiosa demais. Não existem discursos politizados nem apelos aos "grandes temas" que aflingem o mundo. A palavra de ordem aqui é diversão sem maiores questionamentos. Se ainda existem pessoas que procuram na música uma válvula de escape, o Maryslim pode vir a ser uma boa opção.
São os refrãos fáceis e as melodias "assobiáveis" que fazem o som desta banda tão interessante. Não existem grandes solos de guitarra nem grandes demonstrações de técnica por parte de nenhum dos integrantes. Riffs simples e bastante eficientes, na maioria das vezes, vocalizações harmoniosas, mas sem grandes pretensões e até teclados discretos podem ser ouvidos nas doze faixas deste CD. Entretanto, não espere nada que vá mudar radicalmente sua concepção do que seja punk rock. Há muita melodia, mas não soa meloso e chato em nenhum momento. É música para se divertir e pular, antes de qualquer outra coisa. Não é à toa que eles conseguiram conquistar o exigente Peter Tägtgren, que fez um excelente trabalho em Split Vision, deixando intactas as principais características da banda, mas também oferecendo um som cristalino, especialmente nas faixas mais pesadas. Esse é um disco para aqueles dias em que você olha a sua coleção de CDs e não consegue achar nada de interessante para ouvir. Para quem está cansado dos novos messias da música e quer apenas se divertir, pois, no fim das contas, é para isso que serve o rock ´n´ roll.
Line up:
Mats Mf Olsson: vocais, guitarras, teclados.
Kent Axén: guitarra, vocais
Urrke T: baixo, vocais
Patrik Jansson: bateria, vocais
Site oficial: www.maryslim.com
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Ingressos para o festival Mad Cool 2026 já estão à venda
O hit do Led Zeppelin que Jimmy Page fez para provocar um Beatle - e citou a canção dele
A categórica opinião de Regis Tadeu sobre quem é o maior cantor de todos os tempos
O histórico compositor de rock que disse que Carlos Santana é "um dos maiores picaretas"
Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
6 álbuns de rock/metal nacional lançados em 2025 que merecem ser conferidos
M3, mais tradicional festival dedicado ao hard rock oitentista, anuncia atrações para 2026
A atitude inocente de John Bush que chocou os integrantes do Anthrax
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
Como foi o último show do Sepultura com Max Cavalera, segundo integrantes da banda
Max Cavalera diz ser o brasileiro mais reconhecido do rock mundial
As cinco músicas dos Beatles que soam muito à frente de seu tempo
Pink Floyd - Roger Waters e David Gilmour concordam sobre a canção que é a obra-prima
Black Sabbath - Perguntas e respostas e curiosidades
Dave Grohl revela quem é, na sua opinião, o maior frontman de todos os tempos
O álbum do Queen considerado "o mais bem gravado da história do rock" por Axl Rose em 87


Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



