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Bangers Open Air

Tradução - Locus Horrendus - Desire

Por Marcelo Rissi
Postado em 18 de agosto de 2007

"Locus Horrendus" é o segundo álbum de estúdio da banda portuguesa Desire, lançado em 2003. É um álbum forte com letras poéticas e melancólicas, inspiradas nas obras do poeta conterrâneo Fernando Pessoa.

[Chapter VIII: Preludium]

(Instrumental)

[Capítulo VIII: Prelúdio]

(Instrumental)

[Chapter IX:
Frozen Heart... Lonely Soul]

"Since you were born within
In that secretive night
Never haven't withered
Inside my mute soul..."

In a single tear I weep over my entire life
And you angel who remains within
Lay bare my lost happiness
Just for one last moment
As I'm towards the end...

My heart lies numb, frozen
Out of utter bitterness
For the fire of passion burnt
In its sweet grave of loneliness

I'm the still darkness
I'm melancholy's ache
I'm the loneliness which cannot fill the void
I'm a cry of agony

I feel so lonely, so blank
So cold, so deaden
Locus Horrendus in a gloomy world
Flame far down from the deep hell

"Meu ser habita na Noite e no Desejo.
Minha alma é uma lembrança que há em mim."

All I ever wanted was a kiss
All I ever wanted was to draw out
A single teardrop from you
My whole being dwells
On the night and in desire...
My soul lives under the bewitching moon

I'm the still darkness
I'm melancholy's ache
I'm the loneliness which cannot fill the void
I'm a cry of agony

I'm the still darkness
I'm melancholy's ache
I'm the loneliness which cannot fill the void
I'm a cry of agony

My soul is bound to yours
I cannot tear myself away from you!...

[Capítulo IX:
Coração Congelado... Alma Solitária]

"Desde que nascestes por dentro
Naquela noite misteriosa
Não mais murchastes
Dentro de minha alma silenciosa..."

Numa única lágrima eu choro por minha vida inteira
E você anjo, que permanece aí dentro
Desnude minha felicidade perdida
Só por um último momento
Já que estou em direção ao fim...

Meu coração jaz mudo, congelado
Fora da total amargura
Pois o fogo da paixão queimara
Em seu doce túmulo de solidão

Eu sou a escuridão imóvel
Eu sou a dor da melancolia
Eu sou a solidão que não pode preencher o vazio
Eu sou um grito de agonia

Eu me sinto tão só, tão vazio
Tão frio, tão morto
Locus Horrendus é um mundo tenebroso (1)
De chamas que vem das profundezas do inferno

"Meu ser habita na Noite e no Desejo.
Minha alma é uma lembrança que há em mim."

Tudo o que eu sempre quis foi um beijo
Tudo o que eu sempre quis foi extrair
Uma única gota de lágrima de ti
Meu ser habita
Na noite e no desejo...
Minha alma vive sob a lua encantadora

Eu sou a escuridão imóvel
Eu sou a dor da melancolia
Eu sou a solidão que não pode preencher o vazio
Eu sou um grito de agonia

Eu sou a escuridão imóvel
Eu sou a dor da melancolia
Eu sou a solidão que não pode preencher o vazio
Eu sou um grito de agonia

Minha alma está presa à sua
Não consigo me separar de você!...

(1) Locus horrendus = Tópico literário característico do período romântico e que se opõe ao "locus amoenus" clássico. O "locus horrendus" corresponde a uma atmosfera e a uma paisagem ensombradas, lúgubres; a inquietação desta atmosfera encontra correspondência na intuição romântica do mistério do universo e do indivíduo.

Fonte:
http://www.universal.pt/hlp/entrada.htm

[Chapter X: Cries Of Despair]

(Instrumental)

[Capítulo X: Gritos de Desespero]

(Instrumental)

[Chapter XI:]
[The Weep Of A Mournful Dusk]

Life is just a dream
On the way to death... Death... Death...

Mournful dusk
Sea of bitterness
Color of my dreams
Seed of tenderness

Seed of pain...
Seed of anguish...

"Tuas cores intensas
São silêncios... Silêncios de veludo
Tuas lágrimas imensas
São gritos de um mudo"

Mournful dusk
Sea of bitterness
Color of my dreams
Seed of tenderness
Seed of tenderness...

"Tu... Tu que choras sem pranto
Dai ver-te assim sofrer
Tua morte é um desencanto
O céu deixara de arder..."

Don't go away...
Don't fade away...
Don't go away...
Don't fade away...
Don't leave me this way...

Don't leave me this way...

Don't go away...
Don't fade away...
Don't go away...
Don't fade away...
Don't leave me this way...

Don't leave me this way...

Your deep colours
Are velvet moments
Your eternal, perpetual, infinite tears
Are silent cries...

Oh! How I wish!
How I wish I could hide inside you
Lose myself in the sky's immensity
To cast myself into the death I once perceived...

You, who weeps without tears
It hurts to see your enduring
Your death is pure disenchantment
The sky will stop blazing!...

Oh! How I wish!
How I wish I could hide inside you
Fall asleep in your arms
And forget all the pain I have felt... felt...

Mournful dusk
Sea of bitterness
Color of my dreams
Seed of tenderness

You, who weeps without tears
It hurts to see your enduring
Your death is pure disenchantment
The sky will stop blazing!

[Capítulo XI:]
[O Pranto de um Crepúsculo Tristonho]

A vida é só um sonho
A caminho da morte... morte... morte...

Crepúsculo tristonho
Mar de amarguras
Cor dos meus sonhos
Semente da ternura

Semente da dor...
Semente da angústia...

"Tuas cores intensas
São silêncios... Silêncios de veludo
Tuas lágrimas imensas
São gritos de um mudo"

Crepúsculo tristonho
Mar de amargura
Cor do meu sonho
Semente de ternura...
Semente de tortura...

"Tu... Tu que choras sem pranto
Dai ver-te assim sofrer
Tua morte é um desencanto
O céu deixara de arder..."

Não vá embora...
Não desapareça...
Não vá embora...
Não desapareça...
Não me abandone deste modo...

Não me abandone deste modo...

Não vá embora...
Não desapareça...
Não vá embora...
Não desapareça...
Não me abandone deste modo...

Não me abandone deste modo...

Suas cores profundas
São momentos de veludo
Suas eternas, perpétuas, infinitas lágrimas
São gritos silenciosos...

Oh! Como eu desejo!
Como eu quero poder me esconder dentro de você
Perder-me na imensidade do céu
Para me lançar na morte que outrora eu percebia...

Você, que chora sem lágrimas
Machuca ver você suportar
Sua morte é puro desencanto
O céu parará de arder!

Oh! Como eu desejo!
Como eu quero poder me esconder dentro de você
Adormecer nos seus braços
E esquecer toda a dor que tenho sentido... sentido...

Crepúsculo tristonho
Mar de amarguras
Cor dos meus sonhos
Semente da ternura

Você, que chora sem lágrimas
Machuca ver você suportar
Sua morte é puro desencanto
O céu parará de arder!

[Chapter XII:
...An Autumnal Night Passion]
[(Movement I)]

Autumn, wicked sanctuary of devastated
And mysterious landscapes...
My portrait of death framing night passion
A fire with desire...

Oh, this fatal passion condemning me
To love such gracious creature
Come to me, oh night
Mistress of endless mourning
Majestic fade of day
To whom in a blood drenched cry
I confess all my pain, all my agony

You bring shrouded in your dark cloak
Dark from all the grief
From all the weeping...
You bring such an imposing woman...
Such deadly woman...
Came out from a dream
In an autumnal night...
In an autumnal night passion...

How deep, how graceful, how fiery
How vibrant...
Is this devotion I feel for you
Dee inside me...
I lay down wrapped in your body
Your blaze setting me on fire
I lay down wrapped in your body
Your bed my last refuge

Your body... Your nude body...
My temple of love... Temple of love...

"Tens a fragrância,
O perfume de uma flor
Nesse teu corpo despido,
Templo do amor...
Onde meu ser chora
Por teu doce e sensual momento
Eternizado na chama do desejo,
Na lágrima do sofrimento..."

What are you?
Are you the angel who enchants me
Or the demon who seduces me?
Your chant casts a shadow over me...
Your fire reduces me to ashes...

[Capítulo XII:
...Uma Paixão Noturna de Outono]
[(Movimento I)]

Outono, santuário perverso de devastadas
E misteriosas paisagens...
Meu retrato da morte construindo a paixão noturna
Um fogo com desejo...

Oh, essa paixão fatal me condenando
Para amar criatura tão graciosa
Venha até mim, oh noite
Mestra de interminável luto
Majestoso esmorecer do dia
A quem, em um choro ensopado de sangue
Eu confesso toda minha dor, toda minha agonia

Você traz encoberto em seu manto negro
Escuridão de toda aflição
De todo pranto...
Você traz tão imponente mulher...
Tão mortal mulher...
Saída de um sonho...
Em uma noite de outono...
Em uma paixão noturna de outono...

Quão profundo, quão gracioso, quão flamejante
Quão vibrante...
É esta devoção que eu sinto por você
Profundamente em mim...
Eu me deito no abrigo do seu corpo
Suas chamas me incendiando
Eu me deito no abrigo do seu corpo
Sua cama, meu último refúgio

Seu corpo... seu corpo nu...
Meu templo de amor... templo de amor...

"Tens a fragrância,
O perfume de uma flor
Nesse teu corpo despido,
Templo do amor...
Onde meu ser chora
Por teu doce e sensual momento
Eternizado na chama do desejo,
Na lágrima do sofrimento..."

O que é você?
É o anjo que me encanta
O ou demônio que me seduz?
Seu canto lança uma sombra sobre mim...
Seu fogo me reduz as cinzas...

[Chapter XII:
...An Autumnal Night Passion]
[(Movement II)]

Tell me... What are you?
Are your flesh?... Or are you spirit?...
I'm sorrow...
I am the demon... The demon...

You... You are the graceful light
Amidst the darkness
You... You are the life
For this empty soul of mine
Which feels useless and ugly
Inside my heart

Light of my life...
Fire of my loins...
My sin...
My soul... My soul...

The taste of your mouth
The echo of your moaning
Such love has driven my soul raving mad
My eyes, my grievous eyes
Lost in yours... Yours... Yours...

Your voluptuous breasts
Made of pure honey
Laid bare by the silken veil
Where I shed silent kisses
Only heard by the moon
Up above there in the sky...

You have a scent, the perfume of a flower
Trail of your nude body, temple of love...
Where my being weeps
For such a delightful and sensual moment
The one immortalized by the flame of desire
By a tear of pain...
Light of my life...
Fire of my loins...
My sin...
My soul...

[Capítulo XII:
...Uma Paixão Noturna de Outono]
[(Movimento II)]

Diga-me... o que é você?
Você é carne?... Ou espírito?...
Eu sou tristeza...
Eu sou o demônio... o demônio...

Você... você é a luz graciosa
Misturada à escuridão
Você... você é a vida
Para esta minha alma vazia
Que se sente inútil e feia
Dentro do meu coração

Luz da minha vida...
Fogo dos meus quadris...
Meu pecado...
Minha alma... Minha alma...

O gosto de sua boca
O eco de seu gemido
Tal amor levou minha alma ao delírio da loucura...
Meus olhos... meus olhos dolorosos
Perdidos nos seus... nos seus... nos seus...

Seus peitos voluptuosos
Feitos de puro mel
Deixados nus pelo véu de seda
Por onde eu espalhei beijos silenciosos
Só ouvidos pela lua
Lá de cima no céu...

Tens a fragrância, o perfume de uma flor
Nesse teu corpo despido, templo do amor...
Onde meu ser chora
Por teu doce e sensual momento
Eternizado na chama do desejo
Por uma lágrima de dor...
Luz da minha vida...
Fogo dos meus quadris...
Meu pecado...
Minha alma...

[Chapter XIII: Drama]

(Instrumental)

[Capítulo XIII: Drama]

(Instrumental)

[Chapter XIV: Dark Angel Bird]
[(A Poet Of Tragedies)]

Through the night... All night long...
A tragic croaking can be heard...
The voice of an angel keeps calling...
An angel with a bleeding soul is falling...

Dark angel of melancholy
I am a cold tear of misanthropy
Dark angel of suffering
I'm an angstfull whining

You rant poems of pain
In a biting elegy
Deep red is the color
Of your boundless agony

Dark angel of melancholy
I am a cold tear of misanthropy
Dark angel of suffering
I'm an angstfull whining
An angstfull... An angstfull whinning...

Dark angel bird...

The sadness in your chant
Is my own grief
A mournful melt of tears
Which arises as nightfall

In your eyes...
I behold the eyes of a soul
A soul with a bleeding heart
And nobody's love

My existence depends on yours
My... My soul is as yours
For... For you I cry
In the cold bare night

Take me beyond infinity
In your moonlight wings
I want to cry out a last scream
I want to fall asleep and dream

I am... I am the Dark Angel Bird...
A poet of tragedies...

I am the Dark Angel Bird...
I am the Dark Angel Bird...

I am the Dark Angel Bird...

Scratch with your deadly claws
Pounce well on, on my chest
Burial ground for autumnal invocations
Sanctuary for a broken love

Selfless I call for you
My soul bleeds for yours
For you I die...
For you I die...
In the cold...
In the cold...
In the cold bare night

In the cold bare night...
In the cold bare night...

"Anjo de coração ferido
Como é triste o fim...
Sentir-me perdido
Morrer dentro de mim..."

[Capítulo XIV: Pássaro Anjo Negro]
[(Um Poeta de Tragédias)]

Durante a noite...a noite toda...
Um trágico grasnido pode ser ouvido...
A voz de um anjo que fica chamando...
Um anjo com uma alma sangrando está caindo...

Anjo negro da melancolia
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou um lamentador cheio de angústia

Seus violentos poemas de dor
Numa elegia mordaz
Vermelho escuro é a cor
De sua agonia ilimitada

Anjo negro da melancolia
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou um lamentador cheio de angústia
Cheio de angústia... lamentador cheio de angústia...

Pássaro anjo negro...

A tristeza em seu canto
É a minha própria melancolia
Um lutuoso derretimento de lágrimas
Que emergem como o cair da noite

Nos seus olhos...
Eu contemplo os olhos de uma alma
Uma alma com um coração sangrando
E sem o amor de ninguém

Minha existência depende da sua
Minha... minha alma é como a sua
Por... por você eu choro
Na fria noite nua

Leve-me além da infinidade
Em suas asas de luz lunar
Eu quero soltar um último grito
Eu quero adormecer e sonhar

Eu sou... Eu sou o pássaro anjo negro...
Um poeta de tragédias...

Eu sou o pássaro anjo negro...
Eu sou o pássaro anjo negro...

Eu sou o pássaro anjo negro...

Arranhe com suas garras mortais
Agarre bem... no meu peito
Chão do cemitério para as invocações de outono
Santuário para um amor despedaçado

Abnegado, eu clamo por você
Minha alma sangra pela sua
Por você eu morro...
Por você eu morro...
No frio...
No frio...
Na fria noite nua...

Na fria noite nua...
Na fria noite nua...

"Anjo de coração ferido
Como é triste o fim...
Sentir-me perdido
Morrer dentro de mim..."

[Chapter XV: Torn Apart]

My eyes shed tears
When I recall the saddest moment
Which filled me with sorrow
When I watched your going away...
Gone with the wind... Going away...

You parted, no word spoken
Without a tender beckoning
You left me sore
Handed over to grief's embrace...

My heart... My frozen heart
Is bleeding and crying
With our torn apart

You took in your hand
The autumn's tear
Spilt on the emotion
You caused by forsaking me

You were the last scrap of life
Within my being
You tore up an eternal wound
You left me dying...

And I told you...
That I felt this love was killing me
And pain was tearing me apart...
Forever I will long for you
In my silence... Silence... In my solitude...
Solitude...

My silence... my solitude...

I will never forget that look of yours
Pierced through my heart...

[Capítulo XV: Separados à Força]

Meus olhos derramam lágrimas
Quando eu re-invoco o mais triste momento
Que me encheu com melancolia
Quando eu assisti a sua partida...
Com o vento... indo embora...

Você partiu... nenhuma palavra dita
Sem nenhum aceno carinhoso
Você me deixou em chagas
Cedeu-me ao abraço da melancolia

Meu coração... meu congelado coração
Está chorando e sangrando
Com a nossa forçada separação

Você pegou em sua mão
A lágrima do outono
Derramou a emoção
Que causastes por ter me abandonado

Você foi o último recado da vida
Dentro do meu ser
Você provocou uma ferida eterna
Você me deixou morrendo...

E eu te contei...
Que eu senti que este amor estava me matando
E a dor estava me dividindo...
Eternamente eu vou te cobiçar
Em meu silêncio... silêncio... em minha solidão...
Solidão...

Meu silêncio... minha solidão...

Jamais vou me esquecer daquele seu olhar
Penetrado no meu coração...

[Chapter XVI: (Love Is) Suicide...]

You were the last scrap of life within my being
You tore up and eternal wound
You left me dying...
My heart burning in flames, for you
For all eternity...

I can't live without my life...
I can't live without my soul...

Love is suicide

[Capítulo XVI: (Amor é) Suicídio]

Você foi o último recado da vida dentro do meu ser
Você provocou uma ferida eterna
Você me deixou morrendo...
Meu coração queimando em chamas, por você
Por toda a eternidade...

Não posso viver sem minha vida...
Não posso viver sem minha alma...

Amor é suicídio

[Chapter XVII: Postludium]

(Instrumental)

[Capítulo XVII: Poslúdio]

(Instrumental)

Contato: Marcelo Rissi - [email protected]

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