Destruction fez um show espetacular do início ao fim em São Paulo
Resenha - Destruction (Carioca Club, São Paulo, 06/10/2024)
Por Diego Camara
Postado em 12 de outubro de 2024
São momentos como este que ficamos surpresos com como uma banda pode ser tão potente no palco. O Destruction não está mesmo, como dizem, poupando energias na sua tour especial de 40 anos. Todo o show é um grande estouro do melhor que o thrash metal pode oferecer ao público. Em São Paulo, não foi nada diferente: uma hora e meia do som mais visceral que coloca este como um dos melhores shows de heavy metal do ano. Confira abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
O show sofreu inúmeras mudanças nos últimos dias desde que o Destruction anunciou que faria a gravação de um novo clipe na apresentação de São Paulo. De última hora, a saída da banda Sextrash do line-up mudou novamente o horário do show, o que trouxe mais uma mudança para um domingo complicado, de eleições pelo Brasil. A apresentação, porém, ocorreu em um horário cedo, o que beneficia em muito o público do show.
No final, a apresentação começou com 20 minutos de atraso, para um Carioca Club que recebeu a banda de braços abertos desde a primeira música, com a excelente "Curse the Gods" do "Eternal Devastation". O Carioca Club estava lotado, e o público extremamente animado puxou com vontade a música desde a primeira linha. Os fãs gritam muito e o primeiro moshpit já começa com tudo.
O som estava muito alto, o que fez o público ficar ainda mais doido com os alemães. O show animal continuou com "Invincible Force", com os fãs batendo cabeça adoidado na plateia. Logo em seguida, "Nailed to the Cross" foi uma das melhores da noite, com o público cantando firme e puxando o refrão da música junto com Schmier. O solo de guitarra coroou essa música, extremamente técnica e executada com perfeição.
O Destruction não cansou um instante sequer, o ritmo forte de "Life Without Sense" teve um perfil animado da banda, que puxou o público a erguer os punhos e cantar junto. "Release from Agony" manteve o nível do show, também marcada por outro solo de guitarra excelente e os trabalhos da bateria de Randy Black no ponto certo. Schmier aproveitou o momento para lembrar os fãs o quanto São Paulo significa para o Destruction, elogiando a força do público.
Aproveitou também para revelar que a música seguinte, "Armageddonizer", do "Day of Reckoning", é a canção escolhida para a filmagem do novo clipe ao vivo. Pediu ao público para dar tudo de si para que aparecessem na gravação, e os fãs obedeceram: muita gente se juntou ao pit, em uma correria incessante no centro do palco e os fãs, loucos, gritaram como se não houvesse um amanhã. O clipe está previsto para ser lançado no próximo mês.
Após o solo de guitarra, o show voltou com tudo para sua perna final. "Eternal Ban" foi uma ótima música que chamou os fãs para o bate cabeça, logo em seguida encaixada com "No Kings No Masters", tocada em "homenagem" aos políticos do mundo, e a lembrança de que devemos ser livres e lutar contra o abuso de poder destes que somente lutam por si, e não pelo povo.
Fechando o show, a banda prometeu um clássico e soltou "Antichrist", do "Infernal Overkill" de 1985. Uma pancada insana, muito bem recebida pelo público que gritou muito pela banda. Fechando o show, a banda lançou outra do mesmo álbum: "Death Trap". O público ficou totalmente doido nesta, o moshpit gigantesco no centro da pista cresceu ainda mais, pressionando os públicos para as laterais da casa.
A banda ainda voltaria para mais quatro músicas. O som altíssimo dos auto faltantes puxou a introdução de "Diabolical", que deixou o público apreensivo até que a banda pisou no palco para tocar essa excelente música, novo combustível para os fãs enlouquecidos no pit.
A sequência foi de deixar todos os fãs da banda loucos. Primeiro o moshpit violento para "Thrash Attack", com a velocidade incessante das guitarras e bateria que acelerou demais o público. Diz que o público inteiro conhece essa, e oferece "Bestial Invasion" para Rodrigo Mãozão, um grande fã da banda que faleceu em outubro de 2017 de ataque cardíaco.
Pra finalizar, a banda chamou todos para darem tudo de si na música final "Thrash ‘Til Death", e aqui a coisa ficou ainda mais séria: o maior moshpit da noite se formou no centro da pista quando uma grande quantidade de fãs correram e se empurraram entre si regados a performance magnífica do Destruction, um verdadeiro caos.
O show terminou com um público extremamente feliz e contente com a apresentação dos alemães. A energia dos shows de thrash metal, já bastante comum entre os shows mais animados do gênero, estava em um nível acima na noite do dia 6, com um público totalmente apaixonado pela visceralidade e força do Destruction. A produção da Estética Torta esteve perfeita, como também a qualidade do som do Carioca Club, que conseguiram refletir exatamente o que é a potência da banda.
[an error occurred while processing this directive]Setlist
Curse the Gods
Invincible Force
Nailed to the Cross
Mad Butcher
Life Without Sense
Release From Agony
Armageddonizer
Total Desaster
Guitar Solo
Eternal Ban
No Kings No Masters
Antichrist
Death Trap
Bis
Diabolical
Thrash Attack
Bestial Invasion
Thrash 'Til Death
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