Supla comemorou o Dia Mundial do Rock com pocket show na Galeria do Rock
Resenha - Supla (Galeria do Rock, São Paulo, 13/07/2023)
Por André Garcia
Postado em 14 de julho de 2023
Acompanhado dos Punks de Boutique, Supla comemorou o Dia Mundial do Rock com um pocket show na Galeria do Rock, na loja London Calling. Quem foi ainda pôde comprar seus álbuns autografados.
No centro de São Paulo, entre a rua 24 de maio e o Largo do Paysandu foi inaugurada a Galeria do Rock em 1963. Ao longo de seu mais de meio século de existência, a galeria é até hoje uma das maiores atrações roqueiras do país. Camisas de bandas e vinil são o que mais se vê por lá. A London Calling, por exemplo, que já recebeu a visita de alguns dos maiores nomes do rock internacional, e tem um acervo para lá de invejável de fotos e discos autografados.
Para comemorar o Dia Mundial do Rock, na Galeria foi inaugurada lá perto, a exposição Chorão Eterno - 10 anos, em homenagem ao eterno vocalista do Charlie Brown Jr. Fotos, discos, roupas e prêmios estão em exibição na loja 335 até dia 28. A inauguração aconteceu ao meio-dia, e às 13h foi a vez de Supla.
Apesar da tarde ensolarada, o Papito chegou com um blazer estampado com a bandeira do Reino Unido, no estilo Pete Townshend. Muita gente em São Paulo já deixou de frequentar a Galeria por conta da sensação de insegurança, consequente da situação de abandono do centro antigo. Felizmente, Agora tem policiamento na rua 24 de maio, com um posto na esquina da Galeria e guardas pelo Largo.
O show estava marcado para as 13h, começou às 13h08. Cheguei a contar 70 pessoas na fila. Quando a galera entrou, encheu a loja e ainda ficou gente do lado de fora. A acústica do local não é lá a mais apropriada para um show, mas o ótimo equipamento compensou.
Embora fosse um pocket show, enganou-se quem esperava um set acústico de voz e violão: Supla se apresentou com o trio Punks de Boutique na íntegra, em um repertório recheado de músicas de seu novo álbum, "Supla e Os Punks de Boutique".
Foi uma tarde de sol no centro de São Paulo, quente, mas não escaldante. Palco não existia, era a banda e a galera grudados. Apesar da falta de espaço, Supla não ficou parado: se movimentando, se jogando e agitando — sem perder uma oportunidade de cantar para um dos celulares apontados para ele. Ele não apenas não se incomoda com celulares na sua cara quanto ainda tira proveito disso na música "Ratazana de Iphone": onde toma o celular da mão de fãs como fazem os ladrões. E devolve a seguir, obviamente.
O repertório foi literalmente recheado de músicas do disco novo, que estava à venda autografado na loja. Foi um clássico no começo, um no fim e o resto foi só músicas que, embora sejam novas, já são conhecidas pelos fãs. "Supla Zombie", em particular, agita a galera — parece já ser uma queridinha dos fãs. Em "Eles Querem Que Eu Seja um Político" o coro "Vai tomar no c*" foi dedicado "aos racistas e nazistas". A saideira foi "Garota de Berlim", que fez toda a loja cantar junto.
Mostrando uma pontualidade tão britânica quanto seu blazer, Supla deixou o "palco" após exatos 30 minutos de apresentação.
Setlist:
Charada Brasileiro
Supla Zombie
Não Sou Poeta
As Verdades Vão Dizer
Ratazana de Iphone
As It Was
O tempo Não Vai Curar
Eles Querem Que Eu Seja um Político
Valentine's Day
Garota de Berlim
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