Resenha - Avril Lavigne (Rock In Rio, Rio de Janeiro, 10/09/2022)
Por Rudson Xaulin
Postado em 15 de setembro de 2022
O show da eterna (e parece ser eterna mesmo) princesinha do "punk" rock, AVRIL LAVIGNE, começou como sempre começou: Nenhum mero mortal podia estar no backstage, um certo ar de mistério e apreensão, algo sempre está errado ou fora do lugar, claro. Mas a tampinha que esquece de envelhecer, subiu ao palco e logo emendou GIRLFRIEND, para já pescar o público, que ficou de cara, ensandecido. Mas, o show teria graves problemas de som, ou falta dele, pois vindo extremamente baixo do Palco Sunset, ninguém mais ao longe podia ouvir AVRIL LAVIGNE. Era tão baixo, que pessoas entre si, podiam conversar de boa e sem problema, e não é isso que você espera em um show ao vivo, nem tãooo ao vivo, mas vamos lá... Imagine você se programar, comprar ingresso, viajar, se hospedar, gastar uma grana mesmo, para ver seu ídolo, e ser nerfado assim, bem na sua frente. É triste, para quem gasta, pagou caro e recebeu um tapa na cara do Rock In Rio. Papelão hein, Medina? Já está com a burra cheia, aí, esses "pequenos detalhes", podem passar? Não, nunca!
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O set seguiu com BITE ME, que tem cara de punk em vídeo, mas ao vivo, parece mais festiva, e tudo bem. WHAT THE HELL soou bem ao vivo também, e ainda deu tempo para AVRIL "ajeitar as calças", que ela quase perdia. Naquele seu look preto com rosa, que era uma mistura de mecânico de condomínio com glamour, e de quem acordou perdido com um pijama em uma roda masoquista. Talvez, aqui, ela já mostrava que o show, por sua parte, não seria tão explosivo, ou tão enérgico, como muitos esperavam. Mais fria, mais parada, AVRIL não se preocupou em usar todo o palco, bem como, trejeitos, pulos e muitas estripulias que ela fazia, não mais aqui aparecem. Talvez o fator idade, talvez o fator de tudo o que ela passou, com a doença e recuperação, pode ser um amontoado de coisas, que só ela é capaz de entender.
COMPLICATED, outro hino dela, e de uma geração inteira, veio e fez muitos irem as lágrimas. A boa música, de uma menina que tem um arsenal de hits, mas que não usou todos, e com o público fervendo, mostra a força que ela e sua música tem, é inegável. Logo, MY HAPPY ENDING, hino? Sim, e para muitos. Outro ponto forte do show, os clássicos radiofônicos da garota que esconde o endereço do covil, são de altíssimo respeito, você gostando ou não, ela fez e é, o que muitas bandas não conseguiram. E não se esqueça que ela é respeitada por outros grandes ícones do rock n’ roll mundial, que falam e defendem a menina-forever, e você briga em rede social que a música dela é isso e aquilo. Os malas-4ever! Saudade de quando a rádio e tudo o que nos cercava, nos empurrava essas músicas "ruins", e hoje, senhor...
SMILE (daquele clipe do cabelo quase verde, tá ligado?) e LOVE YOU HATE marcaram presença, lembrando aquela época de tantas bandas assim, como PARAMORE, que "acabou", mas nunca acabou... Depois, foi a vez do talvez maior hit, SK8ER BOI, que merecia mais energia ao vivo, mais empolgação, foi um erro, um ícone que representa tudo que ela é, ser tocada tão, morna? Talvez o carismático D. BRONSON (ao qual eu já entrevistei) faça mais falta do que ela possa imaginar, mas vida que segue... Calor escaldante, sensação térmica nas alturas, fãs que não arredaram o pé, que colaram na grade como se fosse parte do próprio corpo, mereciam um show mais para cima e alto. Mas, pode ser o efeito Sunset, quem sabe? Mas que AVRIL LAVIGNE merecia o Palco Mundo, não há dúvidas. E tenho minhas incertezas se ela não estava morna, ou em "meia fase", só para cutucar alguém?
Na sequência veio HEAD ABOVE WATER, que teve um mar de luzes dos celulares e um efeito lindo de imagens escolhidas para o telão, que de novo: Mereciam o Palco Mundo. AVALANCHE, foi outra que fez muitas, as que estavam ouvindo bem, claro, chorarem ao ouvirem a cantora. Ao final, já com muitas pessoas frustradas por não ouvirem quase nada, deixavam o entorno mais ao longe do palco, mesmo com I’M WITH YOU, que fechou o show.
Show morno, o público fez sua parte, lindo, até onde eles podiam ouvir. AVRIL tem N motivos, mas que se esperava mais, se esperava. Mas foi um bom show, que deixou hits para trás, que mostrou uma cantora afinada onde cantou e simpática, onde conversou e discursou com o público. A imagem que fica: Que ela volte, e para o Palco Mundo. Você gostando ou não, sim, ela já passa a ser um clássico da última safra que ainda conseguiu enfiar o rock n’ roll em todos os cantos, do rádio, TV e público mais geral. Fim... Claro, lá vem você, levantar nomes e bandeiras de bandas, que só você e seu melhor amigo conhecem, tentando não parecerem noobs nesse velho jogo. Mas tais bandas que você saliva, ou "cena", nunca irão ferver um Rock In Rio, essa é a realidade.
Rudson Xaulin é escritor, autor e produtor
- Mais de 130 livros escritos
- Publicados em Portugal, Brasil, Inglaterra e Argentina
Rock in Rio 2022
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