Amorphis e Children of Bodom: dupla invasão Finlandesa
Resenha - Amorphis e Children of Bodom (Via Funchal, São Paulo, 12/09/2009)
Por Thiago Fuganti
Postado em 22 de setembro de 2009
Após uma "pausa" no inverno, em que os shows internacionais reduziram no Brasil (causado talvez pelos festivais de verão no hemisfério norte), eis que uma nova sequência de bandas está programada para tocar no país neste segundo semestre, a exemplo do que ocorreu na primeira metade do ano.
Fotos: Roberta Forster
No sábado, 12/09, coube aos Finlandeses das bandas Amorphis e Children of Bodom iniciar esta nova "temporada" de shows.
Quem chegou ao Via Funchal antes das 22h00 deve ter estranhado a aparente ausência do público - parecia que o show seria vazio -, e ao adentrar a casa, pelo menos em parte a impressão continuou, pois a pista estava lotada apenas da metade para frente, deixando um bom espaço para andar no meio do público na parte de trás.
Amorphis
Às 22h, a som de uma rápida intro, os músicos do Amorphis entram em cena tocando "Leaves Scar", do ábum "Eclipse", de 2006, primeiro álbum com o excelente vocalista Tomi Joutsen. As próximas foram "Towards and Against" e "On Rich And Poor". A banda estava muito a vontade, e o destaque foi para Tomi Joutsen, que dominou o palco todo, agitando muito e tendo uma ótima interação com o público, que pelo contrário, não estava correspondendo a altura, mostrando-se muito parado durante boa parte do show,. A impressão foi de que a maioria estava ali por causa do Children of Bodom, e que não conheciam muito o som do Amorphis.
"Sampoo" foi a primeira do último CD, o ótimo "Skyforger", seguida por "The Smoke". Tomi então anuncia uma antiga e tocam "The Castaway", do clássico album de 1994, "Tales From the Thousand Lakes"
O som do grupo é um tanto quanto difícil de classificar, pois passeia entre o Death e o Progressivo, norteados por um forte clima Folk, e as músicas ao vivo ficam ainda melhores e mais pesadas. "Against Widows", "Alone" e "Silver Bride" deram continuidade ao ótimo porém curto show. A mágica "My kantele", "House of Sleep" e o clássico absoluto "Black Winter Day " encerraram esta primeira passagem da banda pelo Brasil.
O set list foi equilibrado, porém deixaram de fora músicas dos álbuns 'Tuonela" e "The Karellian Isthmus" e o único revez foi uma banda com o porte e história do Amorphis vir como banda de abertura, pois com certeza mereceria um show próprio, para o público próprio.
Children of Bodom
A bandeira com os dizeres "COBHC" no fundo do palco e os gritos de "OLÊ OLÊ OLÊ OLÊ, BODOM, BODOM" denunciava o início do show do Children of Bodom. A entrada foi triunfal e o público respondeu à altura. "Sixpounder", faixa do álbum "Hate Crew Deathroll", foi a encarregada de abrir o show.
A banda toda agita muito e o som - um misto de death com metal melódico e vocais berrados - é muito pesado ao vivo."Living Dead Beat", "Hellhounds On My Trail" e a primeiras das antigas, "Silent Night, Bodom Night" foram as próximas, tocadas com perfeição. O público estava ganho, e Alexi agradeceu, falando sobre a satisfação de voltar a São Paulo. O frontman foi um show a parte, agitando muito e falando mais ainda nos intervalos das músicas.
A pesadíssima "Hate Me!", do álbum "Follow The Reaper" fez o público agitar ainda mais, e "Needled 24/7", "Lake Bodom" e "Bodom After Midnight" continuaram o massacre. Alexi entao anuncia a faixa título do último álbum, "Blooddrunk", de 2009.
"Follow The Reaper" e a singular "Angels Don't Kill" cointinuaram o show e a sequência de músicas tocadas a seguir foi de arrepiar: "In Your Face", "Children Of Decadence" e "Bodom Beach Terror". A encarregada de fechar a noite antes do Bis foi "Downfall".
Alguns minutos depois, as "Crianças de Bodom" voltam ao palco e dão o tiro de misericordia com "Bed Of Razors" e "Hate Crew Deathroll". Esta última com maciça participação do público no refrão.
O Children of Bodom fez um ótimo show e mesmo sendo uma banda relativamente nova (seu primeiro álbum é de 1997) já agregou um público fanático, e com certeza crescerá ainda mais na cena.
Amorphis
01 - Skyforger Intro
02 - Leaves Scar
03 - Towards and Against
04 - On Rich And Poor
05 - Sampoo
06 - The Smoke
07 - The Castaway
08 - Against Widows
09 - Alone
10 - Silver Bride
11 - My Kantele
12 - House Of Sleep
13 - Black Winter Day
Children of Bodom
01 - Sixpounder
02 - Living Dead Beat
03 - Hellhounds On My Trail
04 - Silent Night, Bodom Night
05 - Hate Me!
06 - Needled 24/7
07 - Lake Bodom
08 - Bodom After Midnight
09 - Blooddrunk
10 - Follow The Reaper
11 - Angels Don't Kill
12 - In Your Face
13 - Children Of Decadence
14 - Bodom Beach Terror
15 - Downfall
Bis:
16 - Bed Of Razors
17 - Hate Crew Deathroll















Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Amorphis lança "Crowned in Crimson", trilha do filme "Son Of Revenge - The Story Of Kalevala"
Os melhores álbuns de 2025, segundo João Renato Alves
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente


