Falta motivação: Rock e a música nacional pedem socorro
Por Bruno Dias Gonçalves
Postado em 28 de novembro de 2019
Ao ver a notícia da separação do Skank e depois a posterior sugestão de Samuel Rosa que ambos Jota Quest e Capital Inicial deveriam fazer o mesmo, comecei a pensar na música nacional como um todo.
Independente de rock ou pop rock, a música Nacional tem sofrido com muitas baixas de artistas muito importantes. A maioria deles com o mesmo motivo: Sem motivação para lançar novas músicas e a falta de espaço para estas.
Ira!
O último álbum lançado pela banda foi em 2007, Invisível DJ. Após um fim conturbado a banda retorna 5 anos depois apenas com Nasi e Edgar da formação original em um projeto chamado Ira! Folk que é apenas uma releitura dos sucessos antigos em uma nova roupagem
Paralamas do Sucesso
A banda com a formação mais estável tendo apenas uma troca (na bateria quando João Barone substituiu Vital) bem nos primórdios da banda. Desde o acidente de Hebert (efeitos de marcação de data) a banda lançou 4 discos apenas e não emplacou nenhum grande novo hit.
Barão Vermelho
Após a saída de 2 vocalistas e de outros integrantes e 15 anos sem lançar um álbum, lançaram o Viva que mantém uma pegada estilo Barão, porém sem grande recepção do público.
Titãs
Assim como o Barão, uma banda Frankstein, que sofreu muito com perdas de integrantes e luta para se manter relevante. Porém mesmo tendo lançados trabalhos mais regularmente, não emplacou nenhum grande hit desde Epitáfio. Lançou em 2014 um álbum que traz as origens da banda e uma boa ópera rock em 2018 mas não conseguiram até o momento emplacar a turne desta.
Engenheiros do Hawaii
Inativo há quase 10 anos e talvez permanentemente, banda que tem seu sucesso com base em seu vocalista e baixista, guitarrista, gaitista e mais algumas coisas Humberto Gessinger que por sua vez se lançou em uma carreira solo que mantém uma base de fãs sólida sem atingir o grande público.
RPM
Deveria ser chamar "Tretas por Minuto", em mais um capitulo da eterna treta Paulo Ricardo x Banda, este saiu e a banda chamou um novo baixista/ vocalista. Somando o fato o falecimento de PA
Raimundos
Chover no molhado falar deles, depois das inúmeras tretas envolvendo os integrantes, se firmaram numa nova formação em 2009. Porém, desde entao lançaram três álbuns ao vivo e apenas um de inéditas, mesmo sendo um bom álbum, este quase não é aproveitado em seus shows.
Charlie Brown Jr.
Antes do fim da banda em 2013 devido a morte de Chorão, a banda passou por várias formações e algumas tretas internas.
O Rappa
Recentemente "chegou ao fim" devido a Falcão se lançar em carreira solo, segundo noticiado que houve um desgaste na relação da banda. Lançou um novo álbum em 2019 após 8 anos sem lançar nada.
Kid Abelha
A banda pop da lista mas que tem sim uma importância na música nacional. Lançou seu último álbum em 2005 e desmotivados pela falta de espaço para novos lançamentos, encerraram as atividades em 2013.
Capital Inicial
Talvez a única junto aos Titãs que possui uma agenda de shows mais cheia e está sempre presente nos festivais. Mesmo com alterações na formação está com esta estável há quase 20 anos.
A falta de apoio do público em renovar também as bandas, pois sim, há muitas bandas de qualidade esperando apenas uma chance de aparecer para o grande público somado a não entrada de novas músicas que impactam como as clássicas, dificulta e muito o trabalho das bandas. Samuel Rosa foi muito feliz ao dizer que é chato entrar em campo com o jogo ganho.
Se pegarmos álbuns novos das bandas clássicas, encontra-se sim músicas tão boas quanto as clássicas, mas o pensamento tacanho de não sair de uma zona de conforte que assola boa parte do público impede não só a renovação de bandas, mas também de repertório.
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