Patti Smith apresenta trabalho e critica política
Fonte: UOL Música
Postado em 25 de março de 2004
Paris, 25 mar (EFE).- A roqueira e poetisa americana Patti Smith apresentou hoje, quinta-feira, em Paris, "Trampin", seu nono trabalho, o primeiro a ser produzido pela Columbia.
No disco, que começará a ser vendido a partir do dia 26 de abril, Smith ataca a política dos Estados Unidos com relação ao Iraque.
Em um bar popular da capital francesa e diante de vários jornalistas, a roqueira protestou contra a política do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e convidou a população a "esquecer o medo provocado pelo 11 de setembro".
"Me parece mais importante lembrar o dia 10 de setembro", referindo-se aos atentados perpetrados em 2001 nos EUA. Patti Smith pede que as pessoas reflitam sobre "quem elas eram naquele dia, se eram o tipo de pessoa que renunciaria às liberdades civis (...) se se isolariam de aliados e amigos e defenderiam um ataque contra outro país".
Com o título "Trampin'", Smith selecionou canções inspiradas nas manifestações contra a guerra do Iraque, mas também "na longa história de sua vida", disse.
A roqueira acusou o Governo dos Estados Unidos de reduzir as liberdades por causa dos atentados de 11 de setembro de 2001 e apontou que ela mesma se viu obrigada a viajar para Paris e manifestar contra a guerra do Iraque, já que em sua cidade, Nova York, não pôde fazê-lo.
Também qualificou como "tragédia terrível" o assassinato de Ahmed Yassin, líder do Hamas, grupo que "provocará outras tragédias". Ela também mostrou-se crítica em relação à política do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e acerca da influência de Bush no Oriente Médio.
"Sharon não mostrou nenhuma sensibilidade perante seus vizinhos palestinos e acho que países como Estados Unidos e Israel, que têm acesso a muitas armas e tecnologias defensivas, devem mostrar muito mais compaixão e generosidade para com seus irmãos e irmãs, que têm menos instrumentos para se defender", afirmou.
Smith reconheceu que não tem mais "ilusões sobre a política", que qualificou como um "jogo sujo". Para ela, é importante votar para mudar as coisas, em referência às próximas eleições dos Estados Unidos.
Cansada de perguntas políticas, a roqueira falou também de sua música e de seu último trabalho e se mostrou satisfeita por ter mudado de gravadora, o que lhe permitiu realizar um sonho: "Gravar para o mesmo selo que Bob Dylan".
Smith confessou que tem contato com a nova geração de músicos através de seus filhos, já que costuma ouvir principalmente ópera e "clássicos" como John Coltrane ou Jimi Hendrix.
Sua filha, de 16 anos, colaborou no último disco, com as regras musicais e com os acompanhamentos no piano.
Smith explicou que também se apoiou nos clássicos de suas leituras poéticas, entre as quais destacou as do francês Arthur Rimbaud, "um amigo que me acompanha desde que sou jovem", e outros como Charles Baudelaire, Paul Verlaine e o espanhol Federico García Lorca.
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