Videotracks aprofunda problemas básicos de Bonfá
Fonte: Terra Música
Postado em 10 de maio de 2004
Hagamenon Brito
Não deve ser fácil, artisticamente, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá conviverem com a sombra da Legião Urbana e de Renato Russo. Além da solidez da obra, a necrofilia pop não poupa ninguém e o ex-grupo e o ex-parceiro continuam vivíssimos na memória dos fãs e rendendo muito dinheiro para a indústria.
Enquanto isso, eles tentam adquirir identidade própria. Depois de criar o selo Rock It! nos 90, produzir trilhas para o cinema (Bufo e Spallanzani, O Homem do Ano) e acompanhar os brothers dos Paralamas, Dado Villa-Lobos finalmente retomou a produção do seu primeiro disco solo. O CD deve sair este ano.
Marcelo Bonfá estreou solo em 2000 com o irregular O Barco Além do Sol e volta a tentar alçar vôo com Bonfá + Videotracks, que inaugura o seu selo, Giz (distribuído pela EMI). O CD aprofunda os problemas básicos do artista: sua deficiência como cantor e a incapacidade de fugir da sombra de Renato.
A fragilidade vocal poderia ser compensada por composições com luz própria. Mas as colaborações com Gian Fabra (baixista que acompanhava a Legião) e Carlos Trilha (que produziu Renato e hoje trabalha até com o Catedral, um sub-Legião) sugerem que Bonfá não está muito preocupado com a questão.
Harmonias climáticas, melodias melancólicas (às vezes, com tessituras eletrônicas) e letras chorosas lembram o pior do neoexistencialismo de Russo/Legião. O single Intolerância é um bom exemplo: "A vingança é mãe da estupidez/ E a intolerância é a mãe de vidas perdidas/ Ignorância, mãe de guerras sem fim".
Gravado no estúdio caseiro do artista, Bonfá + Videotracks vem com um DVD bônus contendo remixes eletrônicos de sete faixas do CD e imagens (os "videotracks") feitas pelos videomakers Luiz Stein, Jera Calderon, Estevão Ciavatta, Gustavo Caldas, Flavio Bidóia, Manuel Moruzzi e Christoph Goldman.
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