Noruegueses condenam show do W.A.S.P.
Por Rafael Duarte
Fonte: Blabbermouth
Postado em 21 de agosto de 2006
No dia 18 de setembro, o W.A.S.P. está escalados para tocar como atração principal em um show no Kvarteret Venue, em Bergen, Noruega. Os políticos locais estão agora lançando um ataque à realização do show da banda de Heavy Metal e estão forçando os promotores a cancelar a apresentação.
De acordo com o site iBergen.no, a apresentação do W.A.S.P. inclui a simulação de uma freira sendo violentada com uma faca, seguido pelo vocalista Blackie Lawless arrancando um feto ensangüentado do abdômen da mulher e o empalando com a arma.
"Isto é totalmente inaceitável", vocifera o conselheiro local Torstein Dahle, representante do partido político RV. "Um show como este não tem espaço numa sociedade civilizada". Dahle contesta fortemente a decisão da organização Aktive Studenters Forening de contratar tal banda para tocar em Bergen.
"Estupro é um grande problema na sociedade que nós precisamos combater com o máximo de nossas habilidades", afirma Dahle. "Contratar uma banda que se diverte encenando isso no palco é completamente errado. Kvarteret não deveria colocar tais coisas no palco e se preocupar com a música".
A conselheira local, Trude Drevland, representante do partido político Højre, está exigindo que o show seja cancelado. "Uma banda como esta permitida de se apresentar na frente dos estudantes nunca se ouviu falar", ela conta no iBergen.no. "Kvarteret deveria ouvir a consciência deles e cancelar o show imediatamente. Tenho mente aberta em relação ao que pode ser visto como entretenimento, mas a linha é cruzada com o estupro – ou até mesmo antes disso".
Johan Aubell, do Aktive Studenters Forening, encerra com as críticas. "Você tem que ver isto como parte de um show", explica. "W.A.S.P. é uma banda teatral e eu não posso entender como uma coisa como estas seria um problema nos dias de hoje".
Ninguém mais olha com desdém do ato da guilhotina de Alice Cooper ou para Gene Simmons, do KISS, cuspindo sangue. Aubell então é questionado se um estupro no palco não seria uma questão diferente. "Sim, talvez isto esteja indo longe demais, mas eu não creio que a banda esteja defendendo o estupro", afirma Aubell.
Johan Aubel não gostaria de censurar a banda que contrataram. "Mas nós provavelmente iremos entrar em contato com o produtor para ver se isto ainda faz parte do show do W.A.S.P. Nós estamos bastante contentes de ser possível trazê-los para tocar no Kvarteret. Se isto acontecer, por ter tanta turbulência sobre o assunto, nós teremos que olhar mais atentamente a apresentação".
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