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Helmet: resenha do show em SP no Roque Reverso

Por Flavio Leonel
Fonte: Roque Reverso
Postado em 07 de agosto de 2011

Se voltássemos no tempo, mais ou menos para a década de 90, quando era apontado como o futuro do rock pesado e bombava na MTV, seria inimaginável ver uma banda como o Helmet tocando numa casa pequena de shows da Rua Augusta em São Paulo. Em 2011, isso foi possível no dia 28 de julho, quando a banda dos EUA comandada pelo vocalista e guitarrista Page Hamilton, fez uma ótima apresentação para uma casa lotada de fãs das antigas, muitos deles com mais de 30 anos de idade.

Com apenas Hamilton da formação original, mas com bons músicos capazes de manter o peso e a qualidade da banda, os norte-americanos fizeram a alegria dos paulistanos sortudos que estiveram presentes no Beco 203, casa noturna acostumada a receber baladas do cenário indie-electro-rocker.

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Depois de assistir ao Helmet no saudoso Olympia, em 1994, este blogueiro confessa que achou estranho a banda aceitar tocar num local que era até bem montado, mas muito pequeno para o sucesso que a banda já fez. Se no Olympia, a lotação costumava ser de mais ou menos 4.500 pessoas e o show de 1994 contou com cerca de 3 mil fãs, no Beco 203, a lotação, segundo os seguranças, era de cerca de 900 pessoas e o assunto era que pouco mais de 500 ingressos haviam sido vendidos.

"O palco é pequeno"; "Vão ficar espremidos lá em cima"; "Não cabe nem a bateria direito", diziam alguns fãs que já conheciam a casa, ainda na fila para entrar. "Não venderam nem o primeiro lote direito", afirmaram outros fãs, com tom de desilusão, mas torcendo para que a banda ao menos lotasse o local, como prova de que ainda poderia possuir um público de respeito ante grupos do rock que costumam encher casas maiores que o Beco 203.

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A abertura do local estava marcada para às 21 horas e o show agendado para às 22 horas, mas a casa abriu ao público por volta das 22 horas e a apresentação só foi acontecer a partir das 23h30, para prejuízo daqueles que foram ao local de ônibus e tiveram que se virar de alguma outra maneira para voltar para casa após o show.

O fato é que, da abertura da casa até o início do show, o local foi enchendo e a coisa começou a ficar interessante. Neste intervalo, uma cena raramente vista para grupos que passaram pelo estrelato: a banda entrando no local e passando no meio do público como se fosse um grupo de principiantes que iriam abrir o show de alguém mais badalado. Se aquela atitude de Halmilton & Cia. já havia surpreendido, o que viria na sequência surpreenderia ainda mais, sempre pelo lado positivo e exemplar, quando o assunto é humildade e ausência de estrelismo…

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O show

Aproveitando-se do local pequeno e do fato de o Helmet não possuir aquele tipo de fã que disputa milímetros para ficar grudado na banda, este blogueiro conseguiu ficar na boca do palco, exatamente do lado direito, por onde o grupo subiu para se apresentar. Como Hamilton ficou também do lado direito, foi possível assistir ao show inteiro com o grande músico a menos de 1 metro de distância, sem seguranças trogloditas para atrapalhar.

Apesar de a banda ter lançado recentemente o novo álbum "Seeing Eye Dog", de 2010, o desejo de todos era ver vários clássicos da banda, especialmente dos discos "Meantime" (1992) e "Betty" (1994), que representaram o auge da carreira do grupo. Como manda o figurino, foi exatamente uma mistura do novo e do clássico que marcou a apresentação do Helmet.

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A banda iniciou o show com a música "Role Model", do "Meantime", já mostrando que aquela apresentação traria, no mínimo, muita energia. Um pequeno ponto negativo, pelo menos para quem estava do lado direito do palco, foi que a guitarra e a voz de Hamilton estavam com um volume um pouco mais baixo do que o recomendado.

Na sequência, foram executadas as músicas "So Long", do mais novo álbum, "Exactly What You Wanted", do "Afterstate", de 1997, e "Welcome to Algiers", também do "Seeing Eye Dog". Para não deixar esfriar o show, o Helmet trouxe com grande técnica dois grandes sucessos do "Meantime": "Give It" e "Ironhead", que levaram o público a uma enorme empolgação.

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Page Hamilton foi sempre muito simpático com todos durante o show e parecia curtir bastante aquele momento. Para demonstrar sua admiração ao País, lembrou que a munhequeira que usava era "da cor do time dele", verde e amarela, para mais respostas positivas da plateia.

Naquele momento, também já merecia destaque a apresentação do baterista Kyle Stevenson. Com uma energia impressionante, ele arrancava olhares de admiração do público e fazia a ausência do ótimo batera original John Stanier ser um pouco menos sentida que de costume.

Depois de trazer mais uma música ("White City") do mais novo álbum, o Helmet tocou a mais antiga da noite. Para alegria dos fãs mais velhos, as batidas contagiantes de "Blacktop", do primeiro disco "Strap It On", de 1990, foram executadas com categoria pelos músicos norte-americanos. Na sequência, o grupo trouxe "Enemies", do álbum "Size Matters", de 2004, e "In Person", também do disco novo.

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Hamilton tem a fama de elaborar o set list de cada show praticamente em cima da hora. Mas, em São Paulo, além de ter dado sequência à velha prática, surpreendeu quem já estava com a lista de músicas em mãos. Se você comparar abaixo, vai ver que o público saiu ganhando, já que, em vez de emendar mais uma do disco mais recente, a banda optou por uma trinca do ótimo álbum "Betty", para alegria geral. Numa tacada só, foi possível matar a saudade das músicas "Tic", "Wilma’s Rainbow" e "Milquetoast".

Com a euforia estampada na cara do público e a clara demonstração de alegria de Hamilton em cima do palco, o grupo deu uma rápida pausa para o descanso. Para surpresa deste blogueiro, os músicos não saíram para algum camarim, mas ficaram exatamente do lado do palco, em frente a um grupo de fãs, conversando, tomando água ou cerveja e recarregando as energias para o bis. Era só mais uma das coisas pouco imagináveis para um conjunto que chegou ao topo das paradas nos anos 90 e que até tinha o direito de ser mais exigente.

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Se o show até "Milquetoast" já valia a noite, o bis foi o ponto máximo da apresentação. Tudo porque o grupo mais uma vez alterou o set list e trouxe uma combinação de músicas que agradou a todos. Para começar, nada menos que "Unsung", o maior hit da banda e que levou o "Meantime" ao topo das paradas. Na sequência, para delírio total, o clássico "Just Another Victim", que o grupo gravou com o House of Pain para a poderosa trilha sonora do filme "Judgment Night".

Após a grande música, o Helmet tocou ainda "Birth Defect", do "Aftertaste" e "I Know", do "Beth". Para fechar, todos sabiam que viria a pesadíssima "In the Meantime", que mostrou que o grupo ainda tem muita lenha a queimar e pode, sem a menor dúvida, voltar para o lugar de sucesso que já conquistou no passado.

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Terminado o show, todos os músicos se despediram do público, agradeceram o apoio e ficaram atendendo todos, conversando ou tirando fotos. O mais procurado, é claro, foi Page Hamilton, que, numa gentileza impressionante e comovente, atendia um a um, ainda em cima do palco. Era foto atrás de foto, com o líder da banda claramente curtindo aquele momento, sem estrelismos, com simpatia e muita humildade. Um verdadeiro exemplo a algumas bandinhas brasileiras que se acham só porque têm clipe na MTV ou tocam no Studio SP, na mesma Rua Augusta…

É claro que não dá para comparar o show de 2011 em São Paulo com o de 1994 no Olympia. Eram outros tempos, a banda estava no auge e estava detonando tudo. Mas não faltou qualidade, energia e tampouco aquilo que marcou o Helmet durante toda a carreira: o peso, a voz marcante de Hamilton e as batidas secas de bateria.

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Veja no Roque Reverso o texto original, com direito à comparação entre o set list divulgado e o set list executado, além de vídeos selecionados no YouTube.

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