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Chickenfoot: "a química é a mesma do início do Van Halen"

Por Nathália Plá
Fonte: Blabbermouth.net
Postado em 02 de outubro de 2011

Joe Daly, do The Nervous Breakdown, entrevistou o baixista do CHICKENFOOT/ex-VAN HALEN Michael Anthony. Seguem alguns trechos da conversa.

The Nervous Breakdown: As primeiras resenhas para o "Chickenfoot III" foram extremamente positivas, para dizer o mínimo. Eu sei que o Sammy «Hagar, vocalista do CHICKENFOOT/ex-VAN HALEN» disse que esse é o melhor disco de que ele já fez parte. Como foi para você?

Michael Anthony: Sabe de uma coisa? Eu tenho de concordar com o Sammy. De vez em quando você acerta em alguma coisa. Quero dizer, a química nessa banda, logo de cara, é algo que experimentei no princípio no VAN HALEN e novamente quando o Sammy entrou para o VAN HALEN. Quando um álbum termina, você não acha que vai acontecer de novo, e com o CHICKENFOOT, foi algo do tipo, "Oh, meu Deus…" Nós nos encontramos como quatro amigos e dissemos "Cara, isso é ótimo. Vamos sair e tocar música." Quem ia saber que ia dar em um álbum, e muito menos em uma turnê? Eu tenho de dizer que em todos aspectos desse álbum ele é uma das melhores coisas em que já estive envolvido. E posso dizer com orgulho que estive envolvido nele.

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The Nervous Breakdown: Para você, qual a maior diferença de tocar com o Joe Satriani e com o Eddie Van Halen?

Michael Anthony: (pausa) Sabe, eu não sei. Não consigo. Tocar com esses dois, eu na verdade apenas tento entrosar com o baterista. Porque aqui estão dois caras que podem viajar no espaço do jeito que tocam, e se o que acontece por trás deles não é sólido... o CREAM foi a única banda que conheço que podia fazer algo que meio que soa como tipo três caras tocando três músicas diferentes e conseguirem voltar ao que eles deviam estar fazendo e tocar a mesma coisa de novo. Você não quer que tudo fique desarticulado quando chega a hora do solo. Eles são músicos diferentes, obviamente, mas os dois estão no mesmo nível, então eu trato a coisa da mesma forma.

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The Nervous Breakdown: Você escreveu o prefácio da biografia do Sammy ("Red: My Uncensored Life In Rock").

Michael Anthony: Nunca haviam me pedido para fazer algo assim na minha vida eu disse, "Quer saber, Sammy, eu vou falar de coração, e vou ser direto sem tentar ficar embromando". E o co-escritor do livro, Joel Selvin, estava tentando… obviamente as pessoas vão tentar fazer com que você solte alguns podres e coisas assim, e eu fiz com que ele re-escrevesse umas três ou quarto vezes. Eu disse, "Não, eu não vou falar esse tipo de merda, eu não vou falar disso, eu não sou esse tipo de cara. Eu não vou desapontar nossos fãs. Você vai escrever isso do jeito que eu quero que seja escrito". Todos costumavam me chamar de "Sr. Suíça". Eu não sou o tipo de cara que fica falando mal dos outros ou coisas assim. Sempre que dou uma entrevista e as pessoas me fazem perguntas sobre o VAN HALEN eu digo, "Quer saber, se você quer os podres, pergunte aos outros caras. Eles podem estar prontos para falar das merdas". Eu sempre quero harmonia na banda. Eu quero que dê certo. Eu quero que todos se deem bem musical e socialmente e no lado pessoal, porque é aí que as merdas acontecem. Houve um longo tempo no VAN HALEN quando o Roth estava na banda e nós tinhamos aquela camaradagem. E quando o Sammy estava na banda teve uma época em que nós nos chamávamos de "monstro de quatro cabeças" porque era tipo, "ninguém vai parar essa banda". Era desse jeito que eu queria que as coisas corressem. Quando você vê algo começando a escorregar… esse tipo de merda realmente me arrebenta.

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Sobre Nathália Plá

Mineira de Belo Horizonte, nasceu e cresceu ouvindo Rock por causa de seu pai. O som de Pink Floyd e Yes marcou sua infância tanto quanto a boneca Barbie, mas de uma forma tão intensa que hoje escutar essas bandas lhe causa arrepios. Ao longo dos anos foi se adaptando às incisivas influências e acabou adquirindo gosto próprio, criando afinidade pelo Hard Rock e Heavy Metal. Louca e incondicionalmente apaixonada por Bon Jovi, não está nem aí pras críticas insistentes dirigidas à banda. Deixando a emoção de lado e dando ouvidos à técnica e qualidade musical, tem por melhores bandas, nessa ordem, BlackSabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Metallica e Dream Theater. De resto, é apenas mais uma apreciadora do bom e velho Rock'n'roll.
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