Soulfly: David Ellefson fala de seu período na banda de Max
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 24 de janeiro de 2014
Em uma passagem de sua autobiografia, "My Life With Deth – Discovering Meaning In A Life of Rock & Roll" – escrito à quatro mãos com a colaboração do autor JOEL MCIVER e prefácio cunhado por ALICE COOPER – o baixista do MEGADETH, DAVID ELLEFSON, fala de seu envolvimento com o SOULFLY, banda do ex-SEPULTURA, MAX CAVALERA, cerca de uma década atrás.
O que segue abaixo é uma tradução para o português do trecho.
[...]
Quando o F5 começou, no início de 2003, meu nome fora sugerido para o SOULFLY como um possível baixista. Eu fui vê-los no Marquee Theatre em Tempe [Arizona], e eles eram muito bons. O guitarrista do PRIMER 55, BOBBY BURNS estava tocando baixo e o guitarrista MARC RIZZO era incrível. Eu conversei com a empresária deles, Gloria Cavalera, e disse a ela que eu ficaria feliz em gravar e sair em turnê com eles se eles um dia precisassem de mim, e ela então decidiu que Bobby e eu ambos tocaríamos no álbum seguinte, ‘Prophecy’. Foi uma sessão muito divertida, e muito criativa.
O vocalista do Soulfly, MAX CAVALERA, era um grande sujeito pra se tocar junto. O álbum era simplesmente a sessão de gravação de um disco de metal mais relaxada que eu já tinha feito parte. Max não me mandava tocar nada no baixo: ele tinha me contratado para fazer o que eu fazia, e então ele me deixou assumir as rédeas de tudo. Eu tinha liberdade total com as partes de baixo e eu fui bastante criativo com elas, o que era muito diferente do Megadeth, onde muitas vezes as partes de baixos eram escritas para mim como parte da composição ou da produção como um todo. Eram duas escolas completamente diferentes de pensamento.
MAX CAVALERA [SOULFLY]:
"David é um grande sujeito, e ele botou pra fuder nas músicas que ele gravou. Fizemos o clipe de ‘Prophecy’ com ele, e tocamos juntos em turnê por umas duas semanas. A plateia gostava muito dele, e por um pequeno período de tempo, havia essa sensação de estarmos em um super grupo. Ele é um baixista e tanto. Eu realmente curto tocar com ele. Você consegue notar quando está tocando com um profissional, e ele sempre foi um profissional – um músico de verdade."
Não era a época certa para me juntar ao Soulfly em tempo integral, apesar de eu ter gostado de fato de minha experiência com eles. Eu ainda estava no começo de meu emprego na Peavey, e aquele era um emprego fixo que eu podia fazer em casa. Se eu tivesse saído em turnê com o Soulfly por longos períodos de tempo, eu duvido muito que conseguisse mantê-lo. O trabalho com a Peavey me dava uma segurança e uma estabilidade para minha família, e também permitia que eu trabalhasse com o [projeto paralelo] F5. Desde que eu cumprisse minhas obrigações, eu poderia sair em turnê, apesar de eu nunca querer sair por mais de duas semanas, por razões éticas. Eu queria estar em casa e ser um bom exemplo para meus filhos. Eu podia ir aos eventos esportivos deles na escola e por aí – o que não teria sido possível caso eu ainda fosse membro integral de uma banda em turnê.
Eu fiz duas semanas de shows com o Soulfly, apesar de Bobby Burns ter sofrido um AVC não muito grave e Gloria ter me ligado e dito, ‘Tem como você estar em São Diego na segunda-feira?’ Ela arrumou Dan Liker para preencher minha vaga. O Soulfly comigo soava muito bem. Era muito pesado, e havia uma ligação musical e uma camaradagem muito fortes entre nós. Tocávamos muito bem juntos. Eu tinha experimentado afinações mais baixas com o F5, então eu estava acostumado com essa abordagem do Soulfly. Na verdade, a maioria das coisas que eu fiz fora do Megadeth fora em afinações diferentes. Eu estava gravando o álbum ‘Prophecy’ com o Soulfly quando, de repente, Dave me telefonou e disse, ‘Hey, estou pronto para tocar de novo’. Não era a primeira vez que conversávamos depois do rompimento: tínhamos conversado umas duas vezes, mas não fora nada amigável, porque quando eu recusei a oferta de Dave para administrar o catálogo do Megadeth, aquilo significou que Dave teria que controlar todos os danos colaterais por si próprio. Contudo, eu fiquei genuinamente animado em ter noticias dele.
[...]
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