Exodus: Steve Zetro Souza recusaria se fosse convidado a voltar
Por Daniel Brasil
Fonte: Blabbermouth
Postado em 28 de fevereiro de 2014
David E. Gehlke do DeadRhetoric.com realizou recentemente uma entrevista com Steve "Zetro" Souza, ex-vocalista do Exodus e atual ‘frontman’ do Hatriot. Seguem abaixo alguns trechos do chat.
DeadRhetoric.com: Você tem reconhecimento no meio artístico devido a participação em suas bandas anteriores, porém, por conta disso, promover o Hatriot tem sido mais fácil ou mais difícil do que você pensava?
Souza: Eu sei que não é fácil e sabia desde que me envolvi com a banda. Eu sabia que concentrar todas as atividades não seria fácil. – Você tem que selecionar membros para a banda, tem que viabilizar e promover um nome, compor músicas, fazer shows, todas essas coisas que eu fiz há 30 anos. Acredito que estou apenas conduzindo, eu adoro música, amo metal e amo thrash metal, então eu quero tocá-lo. O que não significa fazer disso um modo de vida; Eu não atuo com esse propósito. Eu sei que há trabalho duro a ser feito. Noite passada e na anterior, nós estávamos ensaiando no estúdio, tocando e formatando novas canções. Tenho certeza que gostaríamos de estar fora curtindo uma festa na sexta-feira ou no sábado, porém é a forma que conseguimos conciliar nossos horários com os demais compromissos. Nós temos experiência e eu estou certo que vamos conseguir. Sei que é um trabalho difícil. Nunca foi fácil, seja agora o no passado. Se você exteriorizar sua musicalidade, ela certamente virá com tudo. Sou um afortunado por ter trabalho com grandes músicos, grandes guitarristas e em cada banda eu participava ativamente, portanto, nesta banda não é diferente. A musicalidade que eu tenho com esses jovens músicos – dois deles são meus filhos – eu os observo crescer como profissionais em cada ensaio, show ou viagem... tudo o que nós fazemos é um aprendizado. Talvez, há 25 anos, quando eu comecei, não fizesse ideia como isso funcionava, não fizesse ideia de nada. As coisas melhoraram e eu sou mais experiente no negócio, porém, não considero nada fácil. É complicado.
DeadRhetoric.com: Você fez alguns comentários há cerca de um ano – ironizando ou não – o fato de Gary Holt (guitarrista do Exodus), demonstrar vontade em incorporar você ao Exodus se tivesse chance.
Souza: (Surpreso) Eu penso que isso é passado e realmente não sei o que pensar. Na verdade, eu li uma entrevista com o Slash um mês atrás em que ele esclareceu muito bem a situação. Ele disse, "o novo Guns N`Roses é uma grande banda, mas esta versão não é a minha do Guns N`Roses," o mesmo se aplica ao atual Exodus que não é a minha versão, ou esta versão não é mesma do Paul Baloff. Ao integrar a banda, eu estaria dando um passo atrás. Eu amo cantar aquelas músicas? Sim, pelos fãs, isto seria genial. Inclusive canto algumas delas com o Hatriot. Tenho feito muita coisa com essa banda e posso realizar tudo do meu jeito... Eu tenho que deixar isso passar (o comentário de Gary Holt) sem vir a tona.
DeadRhetoric.com: Por isso que achei interessante o seguinte fato, desde 2010, você está concentrado em seu trabalho com o Hatriot, diferente do Exodus que sempre será a banda de Gary.
Souza: Obrigado. Boa colocação, meu amigo. É por isso que não estou lá. Eu diria, "Vamos virar à esquerda." (e ele responderia) "Não, vamos virar à direita". "Mas se você virar à direita, você cairá no penhasco! Vamos virar à esquerda galera. Quem se sairá melhor nessa jogada?" Mas Gary afirmaria: "Vamos virar à direita." Ok, tudo bem, vamos cair no penhasco. Com o Hatriot, eu posso virar à esquerda. Eu posso dirigir o Cadillac e está tudo bem para mim.
DeadRhteoric.com: Você tem uma boa relação com os caras do Exodus?
Souza: Duas semanas atrás, Robb Flynn (vocalista e guitarrista do Machine Head) realizou um show beneficente em Oakland para uma pessoa que sofreu um acidente. Eu tenho uma banda tributo ao AC/DC, chamada AC/DZ e eu abri o show. Gary estava presente naquela noite. Nós tivemos uma longa conversa e nos falamos legal, e foi incrível. Foi incrível e é assim que as coisas precisam ser. Acredite-me, eu leio as notícias, então eu sei. Era tarde da noite e nós conversamos sobre um monte de coisas e foi legal. Ele disse, "Eu fiquei sabendo que você estaria aqui e eu fiquei observando você" Eu não tenho problema com ninguém e me dou bem com todos. Deste modo, não tenho nada de ruim para comentar.
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