CNN: África é a última fronteira para Metal; Botsuana ainda choca

Por Willba Dissidente
Fonte: CNN Inside Africa
Postado em 12 de junho de 2014

Em uma série de reportagens intitulada "Dentro da África", Inside Africa, o site da CNN, tem a meta de levar os leitores à exploração da diversidade e da profundidade das culturas, regiões e países que formam o continente africano. O episódio publicado em fevereiro chama-se "A África é a última fronteira para o Metal; os headbangers de Botsuana continua chocando", abordando a emergente cena pesada undeground que está chamando atenção no mundo todo.

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Mark Tutton e Errol Barnett, autores da reportagem, afirmam que Botsuana não é o único país africano associado à bateção de cabeça e solos virtuosos de guitarra, mas recentemente a cena metal local construiu forte reputação; em que os riffs poderosos das bandas só são igualados em intensidade pela paixão dos fãs. "Metal tem a ver com liberdade, independência e poder", afirma Guiseppe Sbrana, vocalista e guitarrista banda local SKINFLINT.

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"Tem havido forte interesse na cena africana de metal", continua Sbrana, cuja banda é considerada atualmente um dos pilares desse movimento. Em relação à sua música, "eu diria que a banda (SKINFLINT) cresceu no gênero Metal Africano ao incorporarmos mais elementos da cultura africana em nossas canções". Já faz quase dois anos que a CNN foi a Botsuana pela primeira vez investigar o Heavy Metal de lá. Na ocasião, o mundo estava em choque pelo desafio aos esteriótipos perpetuados pelos Headbangers vestidos num amalgama de motociclistas "Hell-Angels" com a capa do disco "Ace Of Spades", do MOTÖRHEAD, exibidos na exposição fotográfica "Renegades" do sul-africano Frank Marshall.

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"A diferença é extrema", afirma Marshall comparando a realidade de então e de agora. Tal mudança se deu, notoriamente, pelo sempre crescente interesse do público nas bandas desse país. A internet, considera o fotógrafo, tem sido a disseminadora da mudança. "A última fronteira para o Rock e o Metal está na África, é o que as pessoas tem dito, então elas estão muito interessadas em ver essa cena expandir, digamos, da infância e ver até onde ela consegue chegar", pondera o homem considerado o disseminador de tal realidade, acrescentando que logo essas serão sucesso internacional a ponto de lotar estádios.

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"Em algo como dez anos não será incomum assistir bandas africanas sendo headliners (atrações principais) de festivais internacionais e partilhando palcos com grupos do naipe do METALLICA", prevê Marshall. "Não é falta de bom senso (afirmar isso), que eu gostaria de ver acontecer". Desde 2012, quando da primeira visita o SKINFLINT saiu de um grupo local para um conjunto que já se apresentou na parte Sul do continente africano, no Kenya e fez dois shows como headliner na Suécia ano passado. Sbrana, portanto, corrobora o entusiasmo de Marshall. "De fato, a África já tem bandas boas o suficiente para fazerem tours pela Europa. Se nos dessem a chance, mandaríamos ver", não se intimida o músico.

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"É nisso que eu acredito - lutar pelo que se acredita sem mensurar as consequências. Bater o pé pelas suas crenças demonstrando individualidade", diz o lider da banda que prepara seu quinto disco de estúdio. Levando em consideração o quanto cena metal cresceu no país, Tutton e Barnett só podem compartilhar tal entusiasmo.

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"Dos últimos 20 para 10 anos, que foi se formando visualmente o que temos de aparência agora - os caras vestidos de couro. De início era o look de Classic Rock e então entraram as formas mais extremas do Metal", finaliza Marshall sobre o chocante visual metal em Botsuana. Após ver e viver a expansão desse movimento Metal, os reporteres da CNN fecham o assunto parafraseando um clássico disco do AC/DC: "Aos africanos que que curtem rock, nós os saudamos".

Willba Dissidente, acrescenta: saudamos também todos os rockers interessados no metal feito em África; sejam de onde forem.

SKINFLINT:

Sandra Sbrana - bateria
Guiseppe Sbrana - guitarra e vocais
Kebonye Nkoloso - baixo

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