AcllA: Não é apenas "batuque para gringo ver"
Por Ricardo Batalha
Fonte: ASE
Postado em 22 de agosto de 2014
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Encerrar as atividades ou alterar a formação para seguir em frente era a dúvida que pairava sobre o AcllA quando ocorreu a saída do baterista Eloy Casagrande, hoje brilhando no Sepultura. Na realidade, o grupo passou por um período inativo e em agosto de 2012 ainda perdeu seu produtor e conselheiro Ricardo Nagata.
Agora, com nova formação, o objetivo do fundador Tato Deluca (vocal) é ir além e mostrar que a mescla do Heavy Metal com a música indígena, a exploração de ritmos e das percussões não é apenas "batuque para gringo ver". "Antes de 'Roots' do Sepultura e 'Holy Land' do Angra, essa mistura de ritmos brasileiros já era absorvida no Rock pela turma do Tropicalismo. Hoje em dia, diversas bandas estão incorporando novamente as manifestações tradicionais da cultura brasileira e fazendo um som que traz elementos da música indígena e que exaltam a Terra, como Arandu Arakuaa, Armahda, Cangaço e VoodooPriest. O AcllA está inserido nessa 'Nova Onda do Metal Brasileiro' e estamos conscientes de nosso papel e do que queremos com nossa assinatura musical", explica Tato Deluca, agora acompanhado por Attílio Negri e Igor Busquets (guitarras), Pedro Carvalho (baixo) e Victor Busquets (bateria).
"Pindorama", sucessor de "Landscape Revolution" (2009), manterá as características da banda no Metal, especialmente as referências a Iron Maiden e Judas Priest, mas vem recheado de novos elementos. "Ritmos como cururu, cateretê e a forte presença da herança indígena na cultura brasileira vão ser incorporados ao som do AcllA para que 'Pindorama' seja um álbum de Heavy Metal inegavelmente brasileiro", conclui Deluca.
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