Oasis: "Se banda começasse hoje não teria o mesmo impacto"
Por Abraão Rodrigues
Fonte: Mundo Do Rock
Postado em 11 de janeiro de 2015
O mundo mudou muito em 20 anos. Quando o Oasis estreou em 1994 – praticamente jogando uma pá de cal no grunge norte-americano –, a força das canções dos irmãos Gallagher foi massivamente (e rapidamente) assimilada pelos jovens britânicos e, posteriormente, do mundo inteiro. Se surgisse nos dias de hoje, possivelmente, a banda não teria a mesma contundência. É nisso que Noel Gallagher acredita.
"Se o Oasis começasse amanhã, não chegaríamos nem perto de ter o mesmo impacto, porque seríamos julgados instantaneamente no primeiro show e, então, a Radio 1 nos julgaria baseados em quantos seguidores temos no Facebook", disparou o ex-guitarrista da banda de Manchester, em entrevista ao semanário britânico NME.
Ele acrescentou: "O Oasis nunca teve um A&R funcionário responsável por descobrir novos artistas, cuidar de contratos, agendar estúdios, entre outros na gravadora Creation – nos davam as chaves e diziam: ‘Pronto, vejo vocês em breve’. Agora, o empresário é submetido ao cara do A&R, que é submetido ao cara acima dele, que vai perder o emprego."
Gallagher ainda comparou o funcionamento da indústria musical de hoje com a dos anos 1990, da qual ele fez parte. "O artista costumava direcionar a indústria, mas a indústria reagiu ao britpop, ou o que quer que tenha sido", seguiu. "Agora, as bandas vão à indústria e dizem: ‘O que é mesmo que vocês querem agora? Ok, posso fazer isso’". "Mas quando todos nós chegamos lá – e não foi algo programado, foi completamente acidental – a indústria tentou nos barrar: ‘O que é isso? Essas pessoas são maníacas viciadas em drogas, eles vão acabar com as nossas ações! Temos que nos livrar deles!".
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