Indústria: ouvir MP3 tendo as tecnologias de 2015 é estupidez
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 18 de julho de 2015
Baseado em texto de Joe Cox para a revista What Hi Fi? bretã.
"Estaremos consumindo streaming de áudio em alta resolução como o sendo o modo normal de ter acesso à música em uns dois anos" – pensa Pete Downton, chefe comercial da 7digital.
Downton, que estava palestrando no evento ‘Future Of Music’ da Sony, disse que ele via como ‘inevitável’ que o áudio em alta resolução se tornasse o padrão e ‘insano’ que os consumidores esperassem por uma experiência menos rica do que à lançada em 1983 [uma referência ao surgimento do Compact Disc nos EUA].
O chefe da 7digital vê produtos conectados de áudio como o Sonos na condição de cruciais para prover o catalisador exigido para que as pessoas aprimorem sua experiência com o áudio – e agora que a tecnologia para oferecer streaming de conteúdo em alta resolução está disponível, ele via como inevitável que o salto fosse dado em questão de alguns poucos anos [claro, ele não mora no Brasil nem usa serviços de internet por empresas brasileiras].
"O primeiro e o segundo estágios do áudio digital tratavam de aparelhos pessoais e audição pessoal, ao invés de ouvi-lo em um sistema de áudio conectado", disse Downton. "Estamos no começo de um período onde sistemas conectados se tornam o padrão, ao invés de serem o nicho e a exceção. Então, à medida que as pessoas convertem seu equipamento doméstico para produtos acessíveis com melhores DACs e melhor resolução, então a qualidade do arquivo sendo transferido torna-se mais importante. "
"É inevitável que o áudio em hi-res se torne o padrão em algum momento. Também é inevitável que os preços caiam para torná-lo mais do que uma atividade de nicho. Estaremos fazendo streaming de áudio em alta resolução como um modo normal de acessar música em uns dois anos. "
Downton toma como referência o formato MQA da marca Meridian – na qual a 7digital tem investido – como crucial na transição: "O MQA acelera tremendamente o processo. Ele possibilita que você aprimore a experiência para um catálogo todo em 16 ou 24 bits em questão de meses. E isso é animador demais.
"Por que é que os consumidores esperariam ter uma experiência inferior à que podiam ter em 1983? Isso é insano. Desde que ela possa ser proporcionada de um modo que seja conveniente a um preço que seja acessível, é claro que haverá um upgrade. É estupidez estarmos ouvindo música comprimida, quando a tecnologia aponta que não deveríamos. Daqui a três anos, vamos olhar para trás e dizer, ‘Qual era a graça daquilo? ’ É apenas uma evolução natural. "
O que ele diz às pessoas que dizem que o que elas têm é bom o suficiente? Ou que elas simplesmente não entendem a ciência por trás dos números da alta resolução?
"Do ponto de vista de um fã de música, qualidade superior não se trata de bitratos e ciência, é uma conexão mais profunda com a performance. Mas nós não deveríamos levar a qualidade do som tão a sério, se ela soa bem no YouTube, maravilha então, ela constrói um público… mas é uma experiência fundamentalmente diferente quando você pode de fato ouvir a obra do artista."
Então assim como os produtos compatíveis, preços mais acessíveis e a tecnologia necessária, o que mais o áudio em alta resolução precisa para seguir em frente? Downton, e a Sony, apontam para o envolvimento do artista como crucial. Por quê? "Ninguém nunca acredita no que as gravadoras dizem". Esse é o exato motivo pelo qual a Sony convocou ao FOO FIGHTERS como rosto de sua campanha para disseminar o hi-res áudio desde semana passada.
Até agora, os serviços de streaming por assinatura estão limitados a arquivos com qualidade lossless de CD, graças ao Tidal, Qobuz e Deezer elite [apesar de este só estar disponível nos EUA e no Reino Unido no Sonos]. A Apple Music e o Spotify só oferecem música comprimida.
Contudo, tendo rumado para o serviço de alta resolução Tidal no começo do ano, a Meridian e a Tidal têm desde então demonstrado que a tecnologia funciona, como prova o êxito do áudio em hi-res de arquivos MQA.
Assim, a promessa do streaming de alta resolução tornar-se o padrão [no primeiro mundo, claro] dentro de uns dois anos não parece tão absurda. Veremos.
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