Lindemann: Skills In Pills é o seu novo remédio
Por Joel Mclver
Fonte: Press-Release
Postado em 16 de julho de 2015
Abaixo, o making-of da faixa "Praise Abort".
Segue press-release do álbum Skills In Pills.
Como todas as melhores histórias de morte e destruição, o conto de Lindemann – a nova banda de Till Lindemann com Peter Tägtren – começa com a noite da devassidão total.
"Em 2000 eu estava na Suécia, onde estávamos fazendo a mixagem do disco Mutter," diz Lindemann, conhecido por milhões no mundo inteiro como vocalista da maior banda de rock da Alemanha, Rammstein. "Uma noite, o nosso tecladista e eu saímos para um bar de motoqueiros com algumas garotas, mas um dos motoqueiros que estava lá era o ex-namorado de uma das garotas e queria me espancar. Ele tinha muitos amigos com ele, então pensamos que estávamos perdidos - mas então quem poderia entrar no bar? Ninguém menos que Peter Tägtgren. Ele disse aos motoqueiros que éramos caras maneiros e para não dar uma porrada na gente..."
Tägtgren e Lindemann logo ficaram amigos – e na próxima vez que o vocalista da Rammstein voltou à Suécia, os dois intensificaram suas festas. Lindemann lembra: "Na seguinte vez que eu encontrei Peter, comemos um prato chinês juntos. Tivemos um jantar muito bom e ficamos muito cheios. Então eu disse, ‘Vamos beber um Jägermeister’..."
"Till me fudeu!" Tägtgren lembra. "Ele continuou me dizendo, "Só mais uma dose..." até que eu vomitei no bar sobre a máquina de gelo. Então eles me expulsaram, ainda vomitando por toda parte."
"Depois disso, fizemos uma competição de velas", diz Lindemann com um sorriso maligno. "Fizemos uma aposta sobre até quando a gente ousaria manter os nossos braços em cima da chama de uma vela. Eu disse a mim mesmo, ‘Eu vou te vencer, babaca!’ Acendi um cigarro e fumei enquanto o meu braço queimava. Eu sentia o cheiro. Fiquei com uma cicatriz por dois meses...’
E então Lindemann, a banda, nasceu. Com uma gênese tão vívida como essa, não é de espantar que o primeiro disco Skills In Pills seja um dos lançamentos do ano que mais chama a atenção – e o mais sombrio. Graças às letras frequentemente hilárias e às vezes completamente obscenas do cantor do Rammstein, somadas à instrumentação e habilidades de estúdio super-modernas de Tägtgren, o álbum é um conjunto de 10 músicas como nada igual.
Desde o início, não há hesitações. A música "Skills In Pills" é uma reflexão de nosso mundo glorioso, no qual Lindemann saúda com imenso sarcasmo a gama de medicação moderna a qual a sociedade depende. "Esta música foi inspirada por "Breaking Bad!" ele ri. "Esta série é toda sobre a metanfetamina, e eu achei que ele merecia uma trilha sonora, ha ha! Hoje em dia, você vê pessoas tomando comprimidos todo dia por toda merda de motivo imaginável. Elas odeiam drogas ilegais, é claro, mas tomam comprimidos todos os dias Depois reclamam de pessoas fumando maconha, mas bebem toda noite. Onde está o equilíbrio? Isso é tão ridículo..."
‘Ladyboy’ tem um enfoque contrário, elogiando a facilidade com que um homem gay consegue satisfazer-se no sexo sem nenhuma complicação. É humor com um sentido, diz Lindemann: "Se você faz parte deste tipo de coisa, provavelmente você é um cara feliz. Apenas paus e buracos, sem drama! Homossexuais são descontraídos em relação ao sexo: não tem nada dessa merda de morar junto e ser responsável pela família."
‘Fat’ é outra celebração da carne – e quanto mais carne melhor. Aqui Lindemann declara sua admiração por mulheres com curvas em termos simples, explicando: "A gordura é erótica! O problema é que mulheres gordas não sabem que são sensuais: alguém tem que contar a elas que elas são atraentes. Se as pessoas não concordam, então – como diz a música – ‘Vamos fudê-las nas suas batatas-fritas!’
‘Fish On’ continua com o tema sobre sexo, com Lindemann comparando o ato de pescar com o de pegar uma garota. Ouça a menção do ‘pau de Moby... ’ "O que eu posso dizer? Ele sorri. "Sexo é um assunto vasto, então essas palavras vêm facilmente até mim. As pessoas pensam em fuder o tempo inteiro – e eu também..."
Mas Skills In Pills é mais do que os pensamentos de Lindemann sobre o ato sexual. Inspirado pela passagem inexorável do tempo, ele também inclui uma música chamada ‘Children Of The Sun’, na qual ele pondera a natureza efêmera de nossas vidas. "Imagine você bêbado, fodido, se divertindo muito, até você lembrar que o momento vai passar rápido. A vida é uma coisa bonita e triste."
Os pensamentos de Lindemann sobre a natureza fugaz da existência humana continua com "Home Sweet Home", a evocação penosa da morte de um ente querido de alguém, devido ao câncer. "Você poderia interpretar isso de formas diferentes," ele diz. "Lamentavelmente, Peter estava lendo a letra e ele me contou que ele passou por uma experiência similar a essa situação." A fragilidade física também é explorada em ‘Cowboy’, onde um pioneiro acaba fraco e velho depois de uma vida fingindo. "O cara durão não se torna o cara durão", ri Lindemann. "Você vê homens assim todo dia."
Segure a sua respiração para ‘Golden Shower’, que é sobre exatamente o que você pensa que é. "Tenho tanto orgulho dessa música", diz Lindemann. "Nós usamos a palavra ‘linda’ antes da palavra ‘boceta’, então estamos usando a língua com significados opostos. Claro, que eles não devem gostar disso nos Estados Unidos – nós vamos censurar essa parte!"
O humor é suavizado para ‘Yukon’, inspirado pela viagem de Lindemann em agosto de 2014 para o rio norte-americano de mesmo nome. "Eu passei três dias fazendo canoagem com um amigo meu," ele lembra. "Foi tão bom estar bem no coração da natureza." Mas no fim das contas Skills In Pills foi feito para chocar ("Nós queremos provocar!" Afirma o cantor), e o disco faz exatamente isso com o seu floreio final, ‘Praise Abort[ion]’, na qual um pai de muitos filhos lamenta que a grande família custe tanto dinheiro para ele manter. "É engraçado e chocante ao mesmo tempo", diz Lindemann. "Um amigo meu tem sete filhos, e ele ouviu isso e disse, ‘Esta é a minha música! Toque de novo!"
Álbuns como esse não surgem com frequência: violento, visceral e corajoso, Skills in Pills é uma experiência auditiva como nenhuma outra. A revelação final é que este disco era para nunca ter acontecido: era apenas para ser uma colaboração descartada entre dois amigos. Como
Tägtgren explica: "Este é o resultado de um ano fodendo por aí com sons! A gente não tinha ideia que iríamos tão longe quanto o disco inteiro, mas essa coisa só foi ficando maior e maior."
O produto entrelaçado de duas mentes criativas únicas, Skills In Pills é o seu novo remédio.
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