Kerry King: o surreal dia em que Jeff Hanneman morreu
Por Bruce William
Fonte: Blabbermouth
Postado em 08 de outubro de 2015
Kerry King conversou recentemente com o Spotify Metal Talks. Na pauta, dentre outros assuntos, o dia da morte de Jeff Hanneman, confira a seguir o relato do guitarrista:
"O dia que Jeff morreu foi estranho e muito surreal. Sabia que ele estava no hospital, sabia que ele estava mal, mas ninguém esperava que ele partisse tão rapidamente. E naquele dia fui ensaiar. Chegando ao estúdio o telefone tocou, era meu gerente de turnê me chamando. Atendi e ele disse 'Jeff se foi'. Compreendi imediatamente, pois não era uma pergunta, entendi exatamente o que ele quis dizer. E fiquei passado, me pegou de surpresa - fiquei horrivelmente chocado. Mas no fim das contas eu sabia que aquilo aconteceria; só não sabia que seria tão rápido. Larguei o telefone e entrei pra sala de ensaios. Estávamos eu e Paul Bostaph ensaiando naquele dia. Eu disse 'hey cara, tenho que te contar uma coisa. Jeff não está mais conosco. Disse de um jeito que ele nem entendeu, e perguntou 'o que você quer dizer com isto?'. Respondi, 'Jeff partiu'. Foi assim que tudo aconteceu. E ensaiamos, pois levamos isto a sério, tínhamos que ensaiar algumas coisas".
"Naquela noite eu tinha que ir para o Revolver Golden Gods Awards em Hollywood. Eu estava escalado para apresentar uma premiação junto com Zakk Wylde. E eu não sabia o que fazer. 'Devo ir ou não?', pensava. Daí me decidi 'Não posso falhar com Zakk. Jeff iria querer que eu estivesse lá'. Então eu fui. Estive lá com Zakk, sei que existe um registro do que fizemos no YouTube (vídeo abaixo). Pensei sobre o assunto enquanto ia de minha casa até Hollywood, coisa de uma hora de viagem. 'O que vou dizer?'. Não queria tornar a coisa depressiva, a tendência já era de tristeza pelo acontecido. Eu queria passar a ideia de algo que agradasse a Jeff. Eu sabia que ele não iria querer um minuto de silêncio ou coisa assim, não era o estilo dele. Então pensei... 'Jeff gostaria de um minuto de barulho'. E foi por isto que pedi que fizessem aquilo. Alguns amaram, outros odiaram. No fim das contas, acho que foi a melhor coisa que poderia ter feito. Não me arrependo. E pedi para erguerem um brinde, não importa se você bebe ou não. Não lembro exatamente o que falei, mas foi algo tipo 'levante suas mãos e saúdem nosso irmão que partiu'. Não fez com que aquele se tornasse um bom dia, mas ao menos contribuiu para que ficasse um pouquinho melhor'.
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