King Diamond: sou espiritual, acredito que reencontrarei meus pais depois de morrer
Por Bruce William
Fonte: A Ilha do Metal
Postado em 14 de abril de 2017
King Diamond, que se apresenta no Liberation Festival em São Paulo no dia 25 de junho, foi entrevistado pelo site A Ilha do Metal, confira abaixo um trecho:
Eu já li isso de você em outras entrevistas, sobre religião, e você é contra todas, pois não acredita que uma pode ser boa matando pessoas de outras religões em nome de Deus. E você é referência por suas letras, o começo corpse paint, e agora que pessoas matam mais, com essa propagação de ódio e guerra pelo mundo.
King Diamond: Eu continuo sustentando a mesma opinião de sempre. Eu penso que de modo geral, as pessoas tem pouco respeito umas pelas outras. Sua religião, aquilo que você acredita, não deveria importar, todos deveriam ser aliados. Não consigo entender porque alguém mataria outra pessoa só por ter religiões diferentes, não faz sentido. Ninguém neste mundo pode provar que acredita no Deus certo. Se alguém pudesse provar isso, nós todos acreditaríamos no mesmo Deus. Mas não há provas, e é por isso que existem tantas religiões diferentes(...) Eu, particularmente, não sigo nenhuma religião. Algumas pessoas dizem "Oh, mas você é satanista…" . Não é uma religião! Eu apenas vivo minha vida do jeito que a vida é. O tipo de vida que você pode encontrar e descrever na Bíblia Satânica de Anton Szandor LaVey. Esta é a filosofia que vida que eu ainda tenho. Quando eu viajo em turnê, carrego comigo uma carta que ele escreveu de próprio punho, eu ainda tenho uma conexão muito forte com estas coisas. Já encontrei muitas vezes com a filha dele, Karla LaVey. Em dezembro de 2015, durante uma turnê nos EUA, nos encontramos em São Francisco, e saímos para jantar depois do show, era 02 ou 03 h da manhã, e ela me levou para o restaurante favorito dele. Foi uma experiência incrível. Então pra mim tudo isso é muito real, é um estilo de vida mais do que uma religião. Mas eu certamente sou espiritual. Eu acredito em certas coisas, mas não como em uma religião. Eu acredito que vou encontrar meus pais novamente quando eu morrer. Mas não sei como, eu apenas acho que vou reconhecê-los em alguma forma ou silhueta. E tem outras coisas nas quais eu acredito, mas não como uma religião. Não existe nenhum livro ou Bíblia que eu conseguiria viveria para. E tudo bem. Também está tudo bem se outras pessoas vivem desta maneira, elas não deveriam mudar, eu tenho amigos com diferentes crenças. Mas isso não é importante, o que realmente importa é o seu caráter como pessoa".
Leia a conversa na íntegra no link abaixo:
http://www.ailhadometal.com/entrevistas/king-diamond-nao-consigo-entender-porque-alguem-mataria-outra-pessoa-por-ter-religioes-diferentes/
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